29 agosto 2021

Guiné, voo 1390...Alouette III


Reserva Naval e Voo 1390...como é bom recordar!

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 9 de Janeiro de 2010/14 de Julho de 2017)


Guine, 1973 - No ar, a bordo de Alouette III

Quem navega no espaço cibernauta está sempre sujeito a ser colhido por surpresas, algumas vezes gratificantes.

Afinal, com um “click” certeiro, aí está um estímulo para continuar a defender e participar nesse grande espaço de liberdade onde, à distância desse “click” podemos avançar ou recuar no tempo.

Recuar mais de meio século no nosso volátil tempo de vida só é acessível, como plena vivência, se conseguirmos associar esse recuo, em sincronia, à recordação dos episódios vividos e às emoções sentidas nesse momento passado.

Aconteceu comigo há dois dias ao visitar um blogue de companheiros e camaradas da antiga Base Aérea n.º 12, em Bissalanca, na Guiné, como todos certamente se recordam. Um antigo camarada e companheiro enviou-me uma mensagem para ver o post «VOO 1390 COMO É BOM RECORDAR...» com um vídeo publicado no YouTube nesse mesmo dia, da autoria do Alferes Pilav Jorge Félix dos “Canibais” Guiné – Alouette III, e de que, com a devida referenciação, abaixo transcrevo integralmente o texto:



“VOO 1390 COMO É BOM RECORDAR...

Caro Victor,

Acabei de colocar no Youtube umas imagens que recebi do Sr. Pierre Fargeas e editei à minha moda. É uma viagem de BS até Binta, rio Geba e rio Cacheu. Da nossa Bissalanca só o emblema dos Canibais.
Mons Pierre Fargeas era o Técnico da fábrica dos Heli Alouette destacado em Bissalanca salvo erro entre 68 e 74. No ano passado, por magia, encontrámo-nos no ciberespaço da Net.
Aerograma para lá, aerograma para cá, recebi em dada altura um vídeo, gravado por ele durante a sua estadia em Bissau, com imagens minhas que depois "montei" e coloquei no YouTube com o título "BAFATA".
Nesse vídeo vêm mais documentos fotográficos que tenho andado a "trabalhar", com a devida autorização do Mons Pierre, e desta vez fiz uma pequena homenagem à Marinha. É uma viagem de Bissau a Binta. Tem momentos encantadores.
A chegada a Binta e o ambiente no cais foram para mim uma surpresa. Mas o que destaco e chamo a atenção é para o minuto 4 e 30 seg, a similitude que tem com imagens que o Francis Ford Copola empregou no "Apocalypse Now" em 1979. Ainda lá coloquei o "Satisfation" dos Stones mas depois decidi-me pela música do Mangione. São sete minutos, muito para a vossa paciência, pouco para o que os homens da Marinha fizeram por todos nós.
Se me permites, por ter lidado com eles o bastante para lhes saber os nomes, gostaria de os recordar nesta modesta homenagem: Fuzileiros, Rebordão de Brito, Benjamim Abreu (ambos já falecidos) e Alpoim Calvão.
Se escrevermos no Youtube, Binta Rio Cacheu, vamos ao endereço deste pequeno vídeo. Gostaria de ter a tua opinião quando o visses e se achares bem dá-lhe o destaque no nosso Blog, se ele tanto merecer.

Abraço, desta feita, do tamanho do Cacheu.

Jorge Félix
Alferes Pilav dos “Canibais” Guiné – Aloutte III







Aqui o deixo pregado como me deixou a mim, em nome da Marinha, dos Fuzileiros e dos locais evocados.

Guilherme Almor Alpoim Calvão, pertenceu aos Quadros Permanentes da Marinha de Guerra, comandou na Guiné, de 1963/65, como 1.º Tenente, o DFE 8, regressou àquele território em 1969 e comandou o CTG3 que incluía o rio Cacheu entre a foz do rio Canjaja, a montante, e a foz do rio Armada, a juzante, incluindo uma faixa terrestre a sul. Mais tarde, em acumulação, dirigiria o COP 3 que passou a contar com 3 Destacamentos de Fuzileiros. Em 1970 planeou, montou e dirigiu, a bordo da LFG «Orion» a Operação “Mar Verde” a Guiné Conakry. Ascendeu ao posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra. Falecido.

Os 2TEN FZ RN Alberto Rebordão de Brito e 2TEN FZ RN Benjamim Lopes de Abreu, ainda ambos como Sub-Tenentes da Reserva Naval, o primeiro ingressando da Reserva Marítima e o segundo pertencendo ao 10º CFORN, integraram ambos o DFE 12 como terceiro e quarto oficiais, na Guiné, de 1967/69. Mais tarde, de 1971/74, estiveram novamente na Guiné, no DFE 22, o primeiro como Comandante do destacamento e o segundo como seu Oficial Imediato. Ingressaram nos Quadros Permanentes ascendendo ao posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra e são ambos falecidos.



2 comentários:

Desconhecido disse...
Recordar é estarmos vivos. Naquele tempo, tal como hoje, o poder abrigava-nos a ser heróis. O poder, hoje, obriga-nos a ser mártires numa sociedade pôdre, de valores fúteis, que obrigam as pessoas a ter outra luta contínua para sobreviverem com dignidade. Porquê?
5 de junho de 2010 às 14:17

Rui Ferrão disse...
São de facto falecidos esses dois grandes Fuzileiros Benjamim e Rebordão de Brito, eu tive o prazer de privar com esses dois oficiais tanto na guerra da Guiné como depois na Metrópole, na formação de novos Fuzileiros. Embora não tivesse pertencido ao seu Destacamento (DFE12) mas sim ao DFE10 Comandado pelo Sr Comandante Pecorelli. Estes dois Destacamentos operaram juntos por diversas vezes inclusive nas operações "ALPHERATZ" E "ANTARES" das quais não tenho boas recordações. Hoje apenas e temos o dever os relembrar e prestar as nossas homenagens, como grandes Fuzileiros e patriotas que foram.
3 de maio de 2011 às 22:59


Fontes:
Texto do autor do blogue redigido a partir de mensagem enviada por Victor Barata, especialista da FAP/DO e autor do blogue http://especialistasdaba12.blogspot.com/2010/01/voo-1390-como-e-bom-recordar.html; Fuzileiros - Factos e Feitos na Guerra de África,1961/1974, Luis Sanches de Baêna, 2006; Imagem inicial cedência de Abel de Melo e Sousa, DFE 1, 1973;

mls

25 agosto 2021

Guiné, 1990 - Lanchas de Fiscalização Pequenas (LFP) abandonadas no rio Cacheu

Guiné, 1990 - Quais seriam as três LFP - Lanchas de Fiscalização Pequenas abandonadas na margem do rio Cacheu?

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 8 de Abril de 2011)






Fontes:
Filme de Emídio Aragão Teixeira, 8.º CEORN, compilado e editado por mls; texto e fotos de arquivo do autor do blogue e texto étnico compilado de http://leoesnegros.com.sapo/BolamaFelupes.html; Setenta e Cinco Anos no Mar, Lanchas de Fiscalização Pequenas (LFP’s), 16º VOL, 2005;



Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

21 agosto 2021

Guiné, 1969 - Navegabilidade dos portos do rio Grande de Buba


Rio Grande de Buba, Guiné - Navegabilidade dos portos em 1969





Fontes:
Texto do autor compilado e adaptado a partir de Arquivo de Marinha, Coloredo, CDMG185, Portos Guiné, 1969; Carta da Província da Guiné, Ministério do Ultramar, Centro de Geografia do Ultramar, 1961;

mls

20 agosto 2021

Guiné, 1969 - Navegabilidade dos portos do rio Geba


Rio Geba, Guiné - Navegabilidade dos portos em 1969





Fontes:
Texto do autor compilado e adaptado a partir de Arquivo de Marinha, Coloredo, CDMG185, Portos Guiné, 1969; Carta da Província da Guiné, Ministério do Ultramar, Centro de Geografia do Ultramar, 1961;

mls

19 agosto 2021

Angola - LFGs da classe «Argos» e Reserva Naval


Fotos que me marcaram, esta provavelmente da LFG «Argos»!



Angola, 1985 (?) - LFG «Argos» já desmantelada, algures numa baía a sul de Luanda

Certamente uma das 10 LFG - Lanchas de Fiscalização Grandes que fizeram a Guerra do Ultramar, 8 das quais estiveram na Guiné e, entre elas, a LFG «Orion», o nosso apartamento pessoal durante 2 anos.

Nosso porque, melhor dito, foi partilhado por uma guarnição de 27 homens, incluindo 2 Oficiais, 4 Sargentos e 21 Praças.

Na imagem, o triste final de uma lancha daquelas numa praia a sul da baía de Luanda. A blindagem na ponte, bem visível, que também existia na casa das máquinas e dos motores auxiliares, retira a possibilidade de ser qualquer uma das LFG «Pégaso», «Centauro» e «Escorpião» que nunca foram equipadas com aquela protecção.

As duas primeiras foram directamente para Angola depois de aumentadas ao efectivo dos navios da Armada e a Escorpião, em 1964, depois de um curto periodo na Guiné, também foi para aquele teatro. Ali se mantiveram as três até ao final do tempo de vida operacional antes de serem abatidas ao efectivo em 1975.

A sombra do número de costado, já ténue, permite ainda adivinhar P37? Entre o 2 e o 3 a opção seria sempre pelo 2, e portanto P372 que corresponde à própria LFG «Argos».

O número de costado P373 correspondia à LFG «Cassiopeia» que depois de ir para a Guiné, nunca deixou aquele teatro operacional a não ser para as idas aos estaleiros navais do Mindelo em S. Vicente de Cabo Verde, para obras de manutenção e fabricos.

No final de 1974, juntamente com a LFG «Sagitário», foi considerado que ambas não tinham condições para navegar para Angola, mesmo a reboque.

Foram afundadas 104 milhas a Oeste de Bissau em cerca de 1.000 metros de profundidade e com o apoio do navio-balizador “Schultz Xavier”.

Curiosamente, hoje a Marinha tem no dispositivo naval uma nova geração de 10 lanchas rápidas com os mesmos nomes de constelações. Apenas o nome da LFG «Lira» não está repetido como todos os outros.

Porque será?



Fontes: Foto de autor desconhecido cedida gentilmente cedida por Bernardino Sena;

mls

18 agosto 2021

Guiné, 1969 - Navegabilidade dos portos do rio Mansoa


Rio Mansoa, Guiné - Navegabilidade dos portos em 1969





Fontes:
Texto do autor compilado e adaptado a partir de Arquivo de Marinha, Coloredo, CDMG185, Portos Guiné, 1969; Carta da Província da Guiné, Ministério do Ultramar, Centro de Geografia do Ultramar, 1961;

mls

16 agosto 2021

Guiné, 1969 - Navegabilidade dos portos do rio Cacheu


Rio Cacheu, Guiné - Navegabilidade dos portos em 1969





Fontes:
Texto do autor compilado e adaptado a partir de Arquivo de Marinha, Coloredo, CDMG185, Portos Guiné, 1969; Carta da Província da Guiné, Ministério do Ultramar, Centro de Geografia do Ultramar, 1961;

mls

13 agosto 2021

Guiné, 1968 - LFG «Sagitário»


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 24 de Janeiro de 2012)


LFG «Sagitário», 1968 - Memórias fotográficas de uma guarnição



A LFG "Sagitário" no rio Cacheu, máquinas a vante toda a força.



Guiné, 1968 - Algures, a bordo da LFG «Sagitário»,
com elementos do Conjunto Académico João Paulo, em missão de entretenimento militar




Ganturé, rio Cacheu - Elementos da guarnição da LFG «Sagitário» jogam futebol




Guiné - No início de 1968, na ponte-cais de Bissau, a equipa de futebol da LFG «Sagitário»;
integrando a equipa, o último em pé do lado direito,
STEN RN José Horácio Miranda, 9.º CFORN, oficial Imediato da LFG





Guarnição e equipa de comunicações da LFG "Sagitário" com o oficial Imediato

Nota:
Não são referenciados outros nomes por não terem sido fornecidos



Fontes: Fotos gentilmente cedidas pelo então Marinheiro C (telegrafista) 243/64, da LFG «Sagitário»;

mls

12 agosto 2021

LFG «Sagitário» - Protocolo de entrega ao Governo Português pelos Estaleiros Navais do Alfeite


4 de Setembro de 1965 - Protocolo de Entrega da LFG «Sagitário»



Em cima, a primeira folha do Auto de Entrega e, em baixo, a respectiva continuação;



Em 4 de Setembro de 1965 foi assinado o "Auto de Entrega" da sexta e última lancha-patrulha, a LFG «Sagitário», entre os Estaleiros Navais do Alfeite e o Governo Português, com representantes de ambas as partes, num contrato que visava a construção de seis unidades navais idênticas às já construídas anteriormente nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo: LFG «Argos», LFG «Dragão», LFG «Escorpião» e LFG «Pégaso».

De um total de 10 LFG - Lanchas de Fiscalização Grandes, idênticas às anteriores, viriam a ser construídas nos Estaleiros Navais do Alfeite as últimas seis (6), a saber:

LFG «Cassiopeia», LFG «Hidra», LFG «Lira», LFG «Orion», LFG «Centauro» e LFG «Sagitário».

Depois de entregue esta última em 4 de Setembro de 1965, será de salientar a notável capacidade revelada da construção naval nacional, com capacidade para construir 10 unidades navais deste tipo em apenas 2 anos e 3 meses


Em cima, o jornal de caserna "O Lord" da LFG «Sagitário» e, em baixo, atracada no rio Cacheu, em Ganturé



Fontes:
Texto redigido pelo autor do blogue compilado e coligido a partir de Setenta e Cinco Anos no Mar, 15.º Volume, Comissão Cultural de Marinha, 2004; imagens de arquivo do autor do blogue cedidas pelo então Comandante da LFG «Sagitário», 1TEN Adelino Rodrigues da Costa; original do protocolo para digitalização cedido, por empréstimo, pelo 2TEN RN José Pires de Lima-4.º CEORN;

mls

10 agosto 2021

LFG «Sagitário» e Reserva Naval


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 5 de Novembro de 2006)

Lancha de Fiscalização Grande - LFG «Sagitário» e Reserva Naval





Cresta e Características Gerais da LFG «Sagitário»


A LFG «Sagitário» - P 1131, foi a sexta LFG - Lanchas de Fiscalização Grandes, a ser construída nos Estaleiros Navais do Alfeite e a última de 10 unidades navais idênticas, pertencentes à mesma classe «Argos».


Guiné, 1971 - A LFG «Sagitário» a navegar no rio Cacheu

Aumentada ao efectivo dos navios da Armada em 4 de Setembro de 1965.

Foi a única a dispor, na origem, de chapa balística de protecção de 1/4 de polegada, na ponte e no costado, na zona da casa das máquinas e motores auxiliares. Tal característica proporcionava-lhe um acréscimo de velocidade superior em dois nós às dos restantes navios da mesma classe, nos quais essa protecção só foi montada após a sua construção.

A LFG «Sagitário» deixou Lisboa em 3 de Dezembro com destino a Bissau onde chegou a 14 do mesmo mês, depois de ter escalado os portos do Funchal e S. Vicente de Cabo Verde.

Desempenhou missões de simples cruzeiro, patrulha, fiscalização, transporte de fuzileiros e de militares de outros ramos das FA, incluindo feridos e prisioneiros, tendo participado em diversas operações naquele teatro de guerra.

Igualmente empenhada em escoltas à navegação comercial e transportes de tropas, apoio à oceanografia com colocação de bóias e reparação de marcas.

Foi alvo de diversas flagelações e ataques.



A LFG «Sagitário» navega no rio Cacheu com as peças Bofors, de vante e de ré, guarnecidas



A LFG «Sagitário» participou muito activamente em operações com datas, locais e outras unidades navais, fuzileiros ou forças de terra que integraram as forças em diversos cenários:

1966

- 03/04Jan66, Operação Safari, Cantanhês, Rio Cumbijã, com LFG «Cassiopeia» e LFG «Hidra», FF «Nuno Tristão», DFE 3, DFE 4, DFE 9 e DFE 10, CF 7, Paras, Relab 01/66;

– 19Fev66, Operação Cordão, Buba Tombó, Rio Buba, com LFG «Cassiopeia», DFE 4 e DFE 10, LDP 303 e LDP 304, FAP, Relab 13/66;

– 01Mar66, Operação Patacho, Faja, Rio Cacheu, com LDM 302, Relab 15/66;

– 06Mar66, Operação Junco, Canja, Rio Cacheu, com DFE 3, LDM 305, Relab 17/66;

– 20Abr66, Operação Caravela, Cadique, Rio Cumbijã, com LFG «Hidra» e LFG «Lira», DFE 3, DFE 4 e DFE 6, LDM 203 e LDM 301, FAP, Relab 24/66;

– 10Mai66, Operação Sagitário, Amidara, Rio Cacine, com DFE 4, LDM 295, FAP, Relab 32/66;

– 29Mai66, Operação Pesquisa Um, Baboque, Rio Mansoa, com DFE 4, LDP 301, Relab 41/66;

– 27Jun66, Operação Prumo, Apilho, Rio Cacheu, com DFE 3, LDM 201, Relab 52/66;

– 11Jul66, Operação Bergantim, Gã João, Rio Corubal, com LFG«Cassiopeia», DFE 4, DFE 6 e DFE 7, LDM 205 e LDM 203, FAP, Relab 55/66;

– 09/10Set66, Operação Chalupa, Cubisseco, Rio Buba, com LFG «Hidra», DFE 3, DFE 4 e DFE 7, LDM 301, LDM 302 e LDM 303, FAP, Relab 65/66;

– 11Out66, Operação Brigue, Jagali, Rio Cacheu, com LFG «Cassiopeia» DFE 3 e DFE 7, LDM 201 e LDM 204, FAP, Relab 72/66;

– 16Out66, Operação Pollux, Bará, Rio Geba, DFE 6, LDM 203, Relab 73/66;

– 22Out66, Operação Iate, Tancroal, Rio cacheu, DFE 3, botes, Relab 74/66;

– 09Nov66, Acção Cassumba, Rio Cacine, Relab 79/66;

– 24Nov66, Operação Corveta, Canjaja, Rio Cacheu, com LFG «Lira», DFE 3 e DFE 4, LDM 302 e LDM 305, FAP, Relab 80/66;

– 01 e 07Dez66, Operações conjuntas Saionara I e II, Cassumba, Rio Cacine, com LFG «Cassiopeia», LFP «Deneb» e LFP «Canopus», Relab 60/66;

– 10Dez66, Operação Corgo, Bianga, Rio Cacheu, com CF 7, LDM 204, Relab 4B/66;

– 16Dez66, Operação Argos, Gampará, Rio Geba, com LDG «Alfange», DFE 3 e DFE 6, LDM 301 e LDM 303, FAP, Relab 84/66;

Nota:

Terá ainda participado noutras operações a saber, ainda que sem descrição pormenorizada: "Escuna", "Cordão", "Patacho", "Junco", "Caravela", "Sagitário", "Sputnik I", "Apilho", "Traquete", "Iate" e Caíque".



Mindelo, Porto Grande de S. Vicente - A LFG «Sagitário» em fabricos

1967

- 20Jan67, Operação Aldebaran, Bantasso, Rio Cacheu, com DFE 6, Relab 04r/67;

– 04Mar67, Operação Falua, Madina Mandinga, Rio Cacheu, com LFG «Cassiopeia», DFE 3 e DFE 6, FAP, Relab 10/67;

– 09Mar67, Operação Touro, Matar, Iarã, com LFG «Cassiopeia», DFE 4 e DFE 7, LDM 302, FAP, Relab 11/67;

– 17Mai67, Operação Ursa Menor, Mangai, Rio Corubal, com LFG «Hidra», DFE 4 e DFE 7, FAP, Relab 22/67;

– 08Jun67, Operação Mirfak, Concolim, Rio Cacheu, com DFE 4 e DFE 10, LDM 204 e LDM 305, Relab 23/67;

– 21Jun67, Operação Achernar, Tancroal, Rio Cacheu, com DFE 4 e DFE 10, LDM 302 e LDM 305, Relab 26/67;

– 01Ago67, Operação Pavão, Leto/Tancroal, Rio Cacheu, com LFG «Cassiopeia», DFE 7 e DFE 10, LDM 201 e LDM 312, FAP, Relab 34/67;

– Operação Elnath, (?????), Tombali, Rio Tombali, DFE 10, LDM 304, FAP, Relab 64/67;

Nota:

Terá ainda participado noutras operações a saber, ainda que sem descrição pormenorizada: "Sabugal", "Aldebaran", "Campus" e Regulus".


Ganturé, rio Cacheu - Em cima, a LFG «Sagitário» atracada de braço dado com a LDG «Montante» e,
em baixo, a mesma LFG fundeada, sendo visíveis na asa de bombordo uma MG 42 e, logo trás, montado um dispositivo lança-granadas (ALG ou Dilagrama)



1968

– 21Jun68/(com final indeterminado), Operação Via Láctea, Ganturé/Cacheu, rio Cacheu, com uma LFG (com substituição prevista de 12 em 12 dias) e uma LFP (Operação Andrómeda), no apoio ao dispositivo com base em Ganturé;

Nota:

Terá ainda participado noutras operações a saber, ainda que sem descrição pormenorizada: "Castor", "Deneb", "Alnibam" e "Dragão".


1969

Terá continuado a desempenhar missões na Operação "Via Láctea" e participado na operação "Caliga".

1970

Participou na operação "Jade Precioso".

Em 11 de Agosto, no rio Cacheu/Iador, sofreu violenta emboscada inimiga da margem sul com morteiro, RPG7, MP e armamento ligeiro.


Guiné, 1971 - Visíveis os danos provocados pelos rebentamentos na peça Bofors de ré da LFG «Sagitário»

A LFG «Sagitário» sofreu dois feridos um deles atingido com estilhaços nas pernas e braços e o outro com problemas auditivos provocados pelos rebentamentos. Outras duas praças sofreram ferimentos muito superficiais resultado pelos resíduos do explosivo.


Bissau, 1971 - A complexa operação de retirar a peça de vante da LFG «Sagitário»



Em Bissau, durante as operações de desmontagem da peça da vante e respectivo transbordo para o cais, a grua que procedia a esta última acção desequilibou-se, voltando-se fragorosamente já depois de a deixar colocada na ponte-cais.



Do ataque resultaram ainda diversos danos no navio, imobilizando as peças Bofors de vante e de ré que ficaram inoperativas. Convés e costado com furos em vários locais.

O rebentamento de uma granada de morteiro na esteira do navio danificou temporariamente a máquina do leme e o empeno do veio do hélice de estibordo, provocaram perda momentânea de governo daquela unidade naval. O navio regressou a Ganturé.

1971

Tomou parte nas Operações "Maré Cheia", "Lua Nova", "Satélite Dourado", "Mar Chão" e "Guarda Patrão".

1972

Tomou parte nas Operações "Guarda Patrão", "Maré Viva", "Sol Nascente", "Verga Latina", "Sabichão", "Vela Grande" e "Mastro Grande".


NM «Amélia de Melo» em Bissau, enquadrado pela LFG «Sagitário» aquando de uma viagem como Transporte de Tropas



Comandaram a LFG "Sagitário" os seguintes oficiais dos QP:

1TEN Joaquim Manuel Vaz Chaves Ubach, 04Set65/12Jan68;
1TEN Américo Camacho de Campos, 12Jan68/20Dez69;
1º TEN Luis Fernando Camós de Oliveira Rego, 20Dez69/11Ago71;
1TEN Adelino Brás Rodrigues da Costa, 11Ago71/14Mai73;
1TEN Zenóbio José Roque Cavaco, 14Mai73/07Set74;

Foram seus Oficiais Imediatos os seguintes oficiais da Reserva Naval:

2TEN RN Francisco José Orey e Cunha, 7.º CEORN, 04Set65/10Mai67;
2TEN RN José Horácio Gomes de Miranda, 9.º CFORN, 10Mai67/07Dez68 (desde 25Jun);
2TEN RN Maximiano José Guerra de Almeida Martins, 11.º CFORN, 07Dez68/31Jul69;
2TEN RN João Manuel Nunes Vaz, 13.º CFORN, 31Jul69/14Mai71;
2TEN RN Luis Manuel de Melo Pinto Pereira, 17.º CFORN, 14Mai71/19Mai72;
2TEN RN Alfredo Augusto Cunhal Gonçalves Ferreira, 19.º CFORN, 19Mai72/10Fev73*;
2TEN RN José Manuel Soares Dionísio, 19.º CFORN, 10Mai73/27Set73**;
STEN RN Carlos Alberto Figueiredo dos Santos, 23.º CFORN, 27Set73/??Set74;

* Passou a agrónomo no Governo Geral da Guiné;
** Esteve na LFG «Dragão» de 18Mai72/10mai73 e na LFG «Lira» de 27Set73/02Mar74;



Eram atribuídas "Placas de Honra" às unidades navais e respectivas guarnições que, pelo seu comportamento nas flagelações e emboscadas sofridas ou ainda pelos combates travados, se distinguissem pela forma corajosa, abnegada e determinada no comportamento colectivo da unidade.




Como exemplo, também visível em outras unidades, na ponte da LFG «Sagitário» figurava, a bombordo, uma placa em latão com base em madeira, gravada com "Rio Cumbijã", com data de leitura inconclusiva.

Igualmente registava o número de ataques e emboscadas à data, bem como o número de impactes e baixas sofridas, registo que era actualizado em Bissau, sempre que houvesse lugar a tal, quando atracada e no decorrer de uma manhã de serviços.

Em 21 de Setembro de 1975, 104 milhas a Oeste de Bissau e devido ao mau estado do navio, foi afundada juntamente com a LFG «Cassiopeia», com o apoio do navio-balizador «Schultz Xavier».

Foi abatida ao efectivo dos navios da Armada em 7 de Setembro de 1974.

Na totalidade, efectuou entre 1964 e 1975, cerca de 4.816 horas de navegação registadas.



Fontes:
Texto redigido, compilado e adaptado pelo autor do blogue; Setenta e Cinco Anos no Mar, 15.º Volume, Comissão Cultural de Marinha, 2004; Comissão Coloredo "G"; Núcleo 236A, CDMG; Anuário da Reserva Naval 1958-1975, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Imagens de arquivo do espólio pessoal do autor, a maioria delas gentilmente cedidas pelo então Comandante da LFG «Sagitário», 1TEN Adelino Rodrigues da Costa; as imagens de Agosto de 1970 da emboscada no Cacheu/Iador foram cedidas pelo 2TEN RN João Manuel Nunes Vaz, 13.º CFORN, então oficial Imediato da LFG «Sagitário»;

mls

09 agosto 2021

LFG «Centauro» - Protocolo de entrega ao Governo Português pelos Estaleiros Navais do Alfeite


26 de Abril de 1965 - Protocolo de Entrega da LFG «Centauro»



Em cima, a primeira folha do Auto de Entrega e, em baixo, a respectiva continuação;



Em 26 de Abril de 1965 foi assinado o "Auto de Entrega" da quinta lancha-patrulha, a LFG «Centauro», entre os Estaleiros Navais do Alfeite e o Governo Português, com representantes de ambas as partes, num contrato que visava a construção de seis unidades navais idênticas às já construídas anteriormente nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo: LFG «Argos», LFG «Dragão», LFG «Escorpião» e LFG «Pégaso».

De um total de 10 LFG - Lanchas de Fiscalização Grandes, idênticas às anteriores, viriam a ser construídas nos Estaleiros Navais do Alfeite as últimas seis (6), a saber:

LFG «Cassiopeia», LFG «Hidra», LFG «Lira», LFG «Orion», LFG «Centauro» e LFG «Sagitário».

Esta última foi entregue em 4 de Setembro de 1965, sendo de salientar a notável capacidade revelada da construção naval nacional, com capacidade para construir 10 unidades navais deste tipo em apenas 2 anos e 3 meses



Em cima, a LFG «Centauro» atracada em Angola, no cais de Cabinda e,
em baixo, fundeada ao largo da Ilha de S. Tomé



Fontes:
Texto redigido pelo autor do blogue compilado e coligido a partir de Setenta e Cinco Anos no Mar, 15.º Volume, Comissão Cultural de Marinha, 2004; imagens de arquivo do autor do blogue cedidas e publicadas na Revista da Armada, n.º 267; original do protocolo para digitalização cedido, por empréstimo, pelo 2TEN RN José Pires de Lima-4.º CEORN;

mls

07 agosto 2021

LFG «Centauro» e Reserva Naval


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 23 de Outubro de 2006)

Lancha de Fiscalização Grande - LFG «Centauro» e Reserva Naval




A LFG «Centauro» - P 1130, foi a quinta de seis LFG - Lanchas de Fiscalização Grandes, a ser construída nos Estaleiros Navais do Alfeite e a nona de 10 idênticas, pertencentes à mesma classe «Argos».

Aumentada ao efectivo dos navios da Armada em 25 de Abril de 1965.


A LFG «Centauro» deixou Lisboa em 28 de Junho do mesmo ano, com destino a S. Tomé e Príncipe onde chegou a 16 de Julho, depois de ter escalado os portos do Funchal e S. Vicente de Cabo Verde.

Depois de ter efectuado diversas missões de fiscalização e patrulha naquele arquipélago escoltou a LFP «Altair» na viagem para Cabinda e regressou a S. Tomé onde voltou às missões de rotina.

Atribuída ao Comando Naval de Angola, no tempo de vida operacional até 1975 e enquanto esteve ao serviço da Marinha, desempenhou múltiplas missões, de fiscalização da pesca, patrulha, escolta e apoio a operações, alternando permanentemente entre Angola e S. Tomé e Príncipe.

Em Novembro sofreu um rombo ao colidir com um obstáculo submerso, o que a obrigou a interromper a actividade operacional, tendo aportado a Luanda para efectuar a reparação que veio a ser concluída no Lobito já no ano seguinte, no final de Janeiro de 1966.

Comandaram a LFG «Centauro» os seguintes oficiais dos QP:

1TEN Vasco Proença de Oliveira, 26Abr65/17Fev66;
1TEN Pedro Manuel de Vasconcelos Caeiro, 17Fev66/06Jun68;
1TEN Carlos de Almada Contreiras, 06Jun68/23Mai70;
1TEN Carlos António David da Silva Cardoso, 23Mai70/24Mai72;
1TEN João Nuno Ribeiro Ferreira Barbosa, 24Mai73/05Jun74;
1TEN Joaquim Francisco de Almeida Pais de Villas Boas, 05Jun74/09Mar75;
1TENJoão Furtado de Azevedo Coutinho, 28Jun75(?)/30Set75;

Foram seus Imediatos os seguintes oficiais da Reserva Naval:

2TEN RN Luis Fernandes Frutuoso da Costa, 7.º CEORN, 30Abr65/28Mar66;
2TEN RN João do Carmo Lourenço, 7.º CEORN, 28Mar66/16Mai67;
2TEN RN Gabriel Marcelino Barbosa de Almeida, 9.º CEORN, 25Abr67(?)/21Out70;
2TEN RN Nuno Pizarro de Campos Magalhâes, 16.º CFORN, 21Out70/06Nov72;

E ainda o seguinte oficial dos QP:

2TEN Luis Carlos Vieira Ferreira, 06Nov72/??????;



A LFG «Centauro» navega nas águas de Cabinda

Em 30 de Setembro de 1975, em Luanda, foi abatida ao efectivo dos navios da Armada.

Efectuou na totalidade, entre 1964 e 1975, cerca de 7.154 horas de navegação registadas.

Nota:
Apesar de acurada pesquisa não foi possível encontrar informação concreta/datas de 3 Imediatos em falta da LFG «Centauro», um dos quais foi o 2TEN RN Rui Fernando Real Miravent Tavares, 12.º CFORN;



Fontes:
Texto redigido, compilado e adaptado pelo autor do blogue; Arquivo de Marinha; Anuário da Reserva Naval 1958-1975, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; imagens de arquivo do autor cedidas pela Revista da Armada e por Joaquim Francisco Villas Boas, então 1TEN e Comandante daquela unidade naval (CMG);

mls

05 agosto 2021

LFG «Orion» - Protocolo de entrega ao Governo Português pelos Estaleiros Navais do Alfeite


24 de Outubro de 1964 - Protocolo de Entrega da LFG «Orion»


Em cima, a primeira folha do Auto de Entrega e, em baixo, a respectiva continuação;



Em 24 de Outubro de 1964 foi assinado o "Auto de Entrega" da quarta lancha-patrulha, a LFG «Orion», entre os Estaleiros Navais do Alfeite e o Governo Português, com representantes de ambas as partes, num contrato que visava a construção de seis unidades navais idênticas às já construídas anteriormente nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo: LFG «Argos», LFG «Dragão», LFG «Escorpião» e LFG «Pégaso».

De um total de 10 LFG - Lanchas de Fiscalização Grandes, idênticas às anteriores, viriam a ser construídas nos Estaleiros Navais do Alfeite as últimas seis (6), a saber:

LFG «Cassiopeia», LFG «Hidra», LFG «Lira», LFG «Orion», LFG «Centauro» e LFG «Sagitário».

Esta última foi entregue em 4 de Setembro de 1965, sendo de salientar a notável capacidade revelada da construção naval nacional, com capacidade para construir 10 unidades navais deste tipo em apenas 2 anos e 3 meses


Em cima: Lisboa, 1964 - A LFG «Orion» fotografada frente ao Terreiro do Paço antes de partir para a Guiné;
Em baixo: Rio Cacheu, 21Fev1967 - A LFG «Orion» navega para montante em escolta à LDG «Alfange»;


Fontes:
Texto redigido pelo autor do blogue compilado e coligido a partir de Setenta e Cinco Anos no Mar, 15.º Volume, Comissão Cultural de Marinha, 2004; imagens de arquivo do autor do blogue cedidas pelo Arquivo de Marinha e Museu de Marinha; original do protocolo para digitalização cedido, por empréstimo, pelo 2TEN RN José Pires de Lima-4.º CEORN;

mls

04 agosto 2021

LFG «Orion» e Reserva Naval


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 9 de Outubro de 2006)

Lancha de Fiscalização Grande - LFG «Orion» e Reserva Naval



Cresta e Caracteristicas Gerais da LFG «Orion»


A LFG «Orion» - P 362, foi a quarta de seis LFG - Lanchas de Fiscalização Grandes, a ser construída nos Estaleiros Navais do Alfeite e a oitava de 10 idênticas, pertencentes à mesma classe «Argos».



A LFG «Orion» a navegar no rio frente ao Terreiro do Paço

Aumentada ao efectivo dos navios da Armada em 24 de Outubro de 1964. Montou chapa balística de protecção, de 1/4 de polegada, na ponte e costado, na zona da casa das máquinas e motores auxiliares.

A LFG «Orion» deixou Lisboa em 1 de Dezembro com destino a Bissau onde chegou a 13 do mesmo mês, depois de ter escalado os portos do Funchal, S. Vicente de Cabo Verde e Praia.

Desempenhou missões de simples cruzeiro, patrulha, fiscalização, transporte de fuzileiros e de militares de outros ramos das FA, incluindo feridos e prisioneiros, tendo participado em diversas operações naquele teatro de guerra.

Igualmente empenhada em escoltas à navegação comercial e transportes de tropas, apoio à oceanografia com colocação de bóias e reparação de marcas.

Foi alvo de diversas flagelações e ataques ao longo da vida operacional, a maioria sem consequências graves ou baixas pessoais, mas em 11 de Abril de 1965 foi violentamente emboscada no rio Cacheu, Porto de Côco -Tancroal, tendo sofrido um ferido grave.

Em 8 de Maio de 1966, foi de novo atacada com violência em Cafine - Cantanhês quando escoltava, no regresso, um combóio naval de abastecimento a Bedanda. A rapidez e eficácia de resposta com o apoio das LDM, LFP «Canopus» e FAP com dois aviões Harvard T6, calou rapidamente o inimigo.

Houve grande participação da LFG «Orion» em operações com datas, locais e outras unidades navais, fuzileiros ou forças de terra que integraram as forças participantes:

1964

Não constam operações em que tenha participado, tendo passado o final do ano em patrulha e fiscalização no rio Cacheu.



A LFG «Orion» fundeada no rio Cacheu, na enseada frente a Farim

1965

- 05Jan65, Operação Panóplia, Olossato, Rio Talicó, Rio Cacheu com BCAV 490;

- 12/13Fev65, Operação Corisco, Cantanhês, Rio Cumbijã, com LFG «Cassiopeia» e FF «Nuno Tristão», DFE 8 e DFE 10, LDM 203 e LDM 303;

- 03/15Abr65, Operação Mongua, Porto Coco, Rio Cacheu, com DFE 8, LDM 201, BCAV 490 (1 GR Comb CCAÇ 675);

- 27/28Jun65, Operação Coco, Cantanhês/Cafine, Rio Cumbijã, com FF «Nuno Tristão», DFE7 e DFE9, LDM 202, LDM 304 e LDM 306, Relab 09/65;

- 08/10Jul65, Operação Trinca, Cantanhês, Rio Cumbijã, com LFG «Lira» e FF «Nunu Tristão», DFE 7, DFE 9 e DFE 10, LDM 202, LDM 203 e LDM 306, Relab 10/65;

- 31Jul/01Ago65, Operação Matilha, Enxalé/Jugudul, Rio Geba, com DFE 7 e DFE 10 , LDP 101, LDP 104 e LDP 106, LDM 303, Relab 19/65;

- 09/10Ago65, Operação Rapa, Pta do Inglês/Pta João da Silva, Rio Geba, com DFE10, LDP 106, Relab 22/65;

- 03Ago65, Operação Cuter, Rio Cacheu, com LFG «Cassiopeia», DFE 3 e DFE 7, LDM 204 e LDM 305, FAP;

- 08Set65, Operação Chicuelina, Tiligi, Rio Cacheu, com LFG «Hidra», DFE 3 e DFE 8, LDM 201 e LDM 302, Relab 26/65;

- 10Set65, Operação Saltitera, Tiligi, Rio Cacheu, com LFG «Hidra», DFE 3 e DFE 8, LDM 201 e LDM 302, Relab 27/65;

- 13Set65, Operação Gaonera, Tiligi, Rio Cacheu, com LFG «Hidra», DFE 8, LDM 201 e LDM 302, Relab 29/65;

- 16Set65, Operação Rebolera, Concolim, Rio Cacheu, com LFG «Hidra», LDM 201 e LDM 302;

- 29Set65, Operação Marca, Gã João, Rio Corubal, com DFE 3, Relab 35/65;

- 21Dez65, Operação Orion, Cafine, Rio Cumbijã, com LFG «Hidra», FF «Nuno Tristão», DFE 4, DFE 9 e DFE 10, CF 7, 4 LDM, FAP com P2V5, Paras, Relab 65/65;

Nota:
Consta ainda ter participado em outras operações a saber sem descrição pormenorizada: "Sem Nome", "Corisco", "Ferrão", "Coco", "Tentativa".



Cabo Verde, Porto Grande de S. Vicente - A LFG «Orion» em fabricos

1966

- 01Mai66, Operação Galeão, Ilha Caiar, Rio Tombali, com LFG «Cassiopeia», DFE 6 e DFE 10, LDP 301 e LDP 303, FAP, Relab 27/66;

- 08Mai66, Acção Orion, Rio Cumbijã, Relab 33/66;

- 16Jun66, Operação Sonda Oito, Bianga, Rio Cacheu, com LDG «Alfange» e DFE 3, Relab 49/66;

- 03Ago66, Operação Cuter, com LFG «Cassiopeia», DFE 3 e DFE 7, LDM 204 e LDM 305, FAP, Relab 58/66;

- 09Ago66, Operação Nau, Gampará, Rio Geba, com LFG «Cassioppeia», DFE 6 e DFE 7, LDM 203 e LDM 307, FAP, Relab 61/66;

- 29Ago66, Operação Bruma, Bará, Rio Geba, com DFE 6 e botes, Relab 64/66;

- 04Nov66, Operação Coura, Baboque, Rio Mansoa, com CF 9, LDM 303, Relab 2B/66;

- 25Nov66, Operação Dão, Bará, Rio Geba, com CF 9, LDM 201, Relab 3B/66;

Nota:
Consta ainda ter participado em outras operações a saber, sem descrição pormenorizada: "Escuna", "Grau", "Galera", "Sagitário", "Mezena", "Pesquisa 7", "Cliper","Pesquisa" e "Dão".



Rio Cacheu - A LFG «Orion» navega para montante

1967

- 24/25Jan67, Operação Centauro, Forol/Concolim, Rio Cacheu, com LFG «Hidra», DFE4/???, FAP, Relab 05/67;

- 17Mar67, Operação Escorpião, Ponta Nhaga, Rio Cacheu, com LFG «Lira», DFE 3 e DFE 6, FAP, Relab 12/67;

- 30/31Mar67, Operação Balança, Cumule Caiar, Ilha de Caiar, com LFG «Cassiopeia», DFE 4 e DFE 7, CF ?, FAP, Paras, Relab 13/67;

- 05Abr67, Operação Tâmega, Baboque, Rio Mansoa, com Pelotão CF 9, LDM 203, Relab 2B/67;

- 21Abr67, Operação Lobo, Tancroal/Leto, Rio Cacheu, com LFG «Lira», DFE 3 e DFE 7, FAP, Relab 17/67;

- 28Abr67, Operação Alkaid, Leto, Rio Cacheu, com DFE 7, LDM 302, FAP, Relab 18/67;

- 19Ago67, Operação Markab, DFE 7, LDM 201, FAP, Relab 37/67;

- 11Out67, Operação Vega II, Jagali, Rio Cacheu, com DFE 3, LDM 204, FAP, Relab 47/67;

- 18Out67, Operação Rigel, Tiligi, Rio Cacheu, com DFE 10, LDM 302, FAP, Relab 50/67;

- 07/08Dez67, Operação Gienah II, Pobreza, Rio Tombali, com DFE 10, LDM 304, FAP, Relab 59/67;

Nota:
Consta ainda ter participado em outras operações a saber: "Centauro", "Cruzeiro do Sul", "Águia","Hércules", "Rigel", "Gienah I" e "Eridanus".

1968

Em 2 de Fevereiro, juntamente com a LFG «Lira» e a FF «Almirante Pereira da Silva», escoltaram o N/M «Funchal», entre a ponta Caió e Bissau, por ocasião da visita presidencial do Almirante Américo Tomás à Guiné. No dia 7 efectuaram a mesma escolta em sentido inverso.


Bissau, 1968 - Em cima a LFG «Lira» em continência ao N/M «Funchal»,
sobrevoada por uma esquadrilha de helicópteros Alouette da FAP e, em baixo, durante os dias de permanência em Bissau, o navio presidencial com iluminação de gala


- Operação Fomalhaut, 24Mai68, Tiligi, Rio Cacheu, DFE’s 10 e 13, LFG ORION, LDM 201, FAP, Relab 23/68;

- Operação Sirius, 12Jun68, Jagali, Rio Cacheu, com DFE 13, LDM 302, FAP, Relab 27/68;

– 21Jun68/(com final indeterminado), Operação Via Láctea, Ganturé/Cacheu, rio Cacheu, com uma LFG (com substituição prevista de 12 em 12 dias) e uma LFP (Operação Andrómeda), no apoio ao dispositivo com base em Ganturé;

Nota:
Consta ainda ter participado em outras operações a saber: "Alpheca", "Arcturus", "Orion","Alnair I", "Alnair II" e "Soberania I".

1970

De 17 a 27 Novembro de 1970, como unidade naval OTC onde embarcou o CTEN Alpoim Calvão, comandante da operação, participou na operação "Mar Verde", conjuntamente com as LFG «Dragão», LFG «Cassiopeia», LFG «Hidra», LDG «Montante», LDG «Bombarda», DFE 21 e ainda uma Companhia de Comandos Africanos.

1971

Tomou parte nas Operações "Maré Cheia", "Lua Nova", "Guarda Patrão", "Mar Chão" e "Sol Nascente".

1972

Tomou parte nas Operações "Sol Nascente", "Vicking Furioso", "Guarda Patrão", "Verga Latina" e "Mastro Grande".

1973

Tomou parte nas Operações "Vela Grande", "Mastro Grande", "Volta Brandal", "Crepúsculo Vespertino" e "Estrela Cadente".



Fotos de proa e de popa da LFG «Orion» a navegar no rio Cacheu em postos de combate (as 2 peças Bofors guarnecidas), com captura de imagens do alto do mastro



Comandaram a LFG «Orion» os seguintes oficiais do QP:

1TEN Rui Vasco de Vasconcelos e Sá Vaz, 24Out64/03Dez66;
1TEN Luis Joel Alves de Azevedo Pascoal, 03Dez66/06Dez68;
1TEN Alberto Augusto Faria dos Santos, 06Dez68/07Dez79;
1TEN José Manuel Baptista Coelho Rita, 07Dez79/15Out72;
1TEN Luis Saraiva Pereira Vale, 15Out72/12Jun74;
1TEN João Furtado de Azevedo Coutinho, 12Jun74/27Jun75;
1TEN Vitor Manuel Henriques Gonçalo, 27Jun75/30Set75;

Foram seus oficiais Imediatos os seguintes oficiais da Reserva Naval:

2TEN RN Virgílio Cabrita da Silva, 6.º CEORN, 24Out64/02Jun66;
2TEN RN Manuel Lema Pires dos Santos, 8.º CEORN, 02Jun66/25Abr68;
2TEN RN Luis Mendes do Nascimento, 11.º CFORN, 25Abr68/29Jan70;
2TEN RN António Manuel Souto Lopes da Graça, 21.º CFORN, 21Jul73/21Nov74;
STEN RN (graduado) José Zulmiro da Silva Barbosa, 24.º CFORN, 21Nov74/25Fev75;
STEN RN (graduado) António Fernando de Brito Castilho Dias, 22.º CFORN, 08Abr75/30Set75;

E ainda os seguintes oficiais dos QP:

2TEN Mário Manuel da Fonseca Alvarenga Rua, 29Jan70/29Out71;
2TEN Pedro Manuel da Cunha Lauret, 29Out71/21Jul73;

Eram atribuídas "Placas de Honra" às unidades navais e respectivas guarnições que, pelo seu comportamento nas flagelações e emboscadas sofridas ou ainda pelos combates travados, se distinguissem pela forma corajosa, abnegada e determinada no comportamento colectivo da unidade.

Como exemplo, também visível em outras unidades, na ponte da LFG «Orion» figurava, a bombordo, uma placa em latão com base em madeira, gravada com "Rio Cumbijã - 8 de Maio de 1966".

Igualmente registava 18 ataques/emboscadas, 32 impactes e um ferido (grave) que sofriam actualizações em Bissau, sempre que houvesse lugar a tal, quando atracada e no decorrer de uma manhã de serviços.


Em cima, o registo no final de Abril de 1968;
Em baixo, Cabo Verde, Porto Grande de S. Vicente, Mindelo - Pormenor da ponte fotografado aquando da alagem da LFG «Orion» em Setembro de 1967


No final de 1974, com a LFG «Lira», ambas com condições para navegarem pelos próprios meios e na companhia das LFG «Argos», LFG «Dragão» e LFG «Hidra», estas três últimas rebocadas pelo navio-balizador "Schultz Xavier”, todas escoltadas pela corveta "António Enes", efectuaram uma viagem de cerca de 3.000 milhas até Luanda.

Foi abatida ao efectivo dos navios da Armada em 30 de Setembro de 1975.

Na totalidade, efectuou entre 1964 e 1975, cerca de 6.906 horas de navegação registadas.

Fontes:
Texto redigido, compilado e adaptado pelo autor do blogue; Setenta e Cinco Anos no Mar, 15.º Volume, Comissão Cultural de Marinha, 2004; Comissão Coloredo "G"; Núcleo 236A, CDMG; Anuário da Reserva Naval 1958-1975, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Imagens de arquivo do espólio pessoal do autor, algumas delas cedidas pelo Arquivo de Marinha, Museu de Marinha, Revista da Armada e Carlos Dias Souto (CMG Ref);

mls