Sentinelas do Rio – Fuzileiros no rio Zaire
(Post reformulado a partir de outro já publicado em 23 de Setembro de 2009)
O rio Zaire, fronteira natural de Angola, com fortes correntes de 4 a 8 nós, foi sempre utilizado pelos terroristas para as infiltrações no território. Ao longo das 90 milhas de margem fronteiriça, cabia à Marinha, com um dispositivo naval de Lanchas e Fuzileiros a fiscalização de margens e múltiplos canais.
No pequeno trecho filmado que se apresenta, os fuzileiros embarcam na fragata «Vasco da Gama» que larga das Instalações Navais das Ilha do Cabo (INIC) em Luanda, com armas e bagagens, rumo ao norte, numa viagem que os levará aos diferentes postos de vigilância do rio Zaire.
Depois do transbordo para uma LDM – Lancha de Desembarque Média, esta unidade continuará para montante do rio, rendendo nos diferentes postos os camaradas que completaram as suas missões: Quissanga, Pedra do Feitiço, Puelo, Macala e Tridente.
Ao longo do percurso são visíveis os vestígios gravados no tempo pelas guarnições que ali passaram: “Cais construído pelo Destacamento n.º 11 FZE – os Rangers, Maio de 1965”.
Mais a montante “Homenagem dos que partem aos que ficam na defesa das fronteiras de Portugal eterno – Destacamento n.º 6 FZE”, num obelisco ali construído. No posto do Tridente também os sinais da passagem do DFE 13.
Foram dezenas os oficiais da Reserva Naval que ali cumpriram as suas missões em Unidades Navais, quer em Fragatas, LFG ou LFP, quer em Destacamentos ou Companhias de Fuzileiros. A própria fragata «Vasco da Gama» é também disso um testemunho com a passagem do 2TEN RN Luis Lourenço Soares de Albergaria Ambar, 5.º CEORN que, desde 27.10.63 pertenceu à guarnição daquela unidade naval que, mais tarde, cumpriu uma comissão em Angola de Agosto de 1964 a Abril de 1966. O navio era comandado pelo então CFR Rui Ferreira Molarinho do Carmo.
O filme dirá respeito a uma outra comissão da fragata «Vasco da Gama» em Angola, de Maio de 1970 a Agosto de 1970, sob o comando do CFR António de J.B.B. de Carvalho. Haverá certamente testemunhos que o confirmem ou rectifiquem em caso de lapso.
Locução de Júlio Isidro.
Fontes:
Cópia de filme editado pelo autor ao blogue a partir de retalhos gentilmente cedidos pela Escola de Fuzileiros, a partir de película rodada, ao tempo, com a colaboração da Marinha; Fuzileiros-Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Angola, Luis Sanches de Baêna, Comissão Cultural de Marinha, 2006; fotos de arquivo do autor;
Cópia de filme editado pelo autor ao blogue a partir de retalhos gentilmente cedidos pela Escola de Fuzileiros, a partir de película rodada, ao tempo, com a colaboração da Marinha; Fuzileiros-Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Angola, Luis Sanches de Baêna, Comissão Cultural de Marinha, 2006; fotos de arquivo do autor;
mls