26 novembro 2017

1970/71, A Marinha em Angola - Estação Radionaval Cabinda Zaire

Angola, de Luanda a Cabinda - Postos do rio Zaire

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 5 de Novembro de 2010)


No pequeno resumo filmado, no final desta publicação, o navio-patrulha «Mandovi» - P 1142, larga das Instalações Navais das Ilha do Cabo (INIC) em Luanda, rumo ao norte, a Cabinda.




É aproveitada a ocasião para efectuar uma visita virtual à Estação Radionaval de Luanda, salientando a importância daquela Estação na rede de comunicações do Comando Naval de Angola.

O rio Zaire, fronteira natural daquele território, com fortes correntes de 4 a 8 nós, foi sempre utilizado pelos terroristas para as infiltrações no território. Ao longo das 90 milhas de margem fronteiriça, coube à Marinha e aos Fuzileiros a fiscalização de margens e múltiplos canais com postos fixos na Quissanga, Pedra do Feitiço, Puelo, Makala, Tridente e Noqui.

Em Cabinda, uma outra unidade naval, de menor porte, a LFP «Rigel» – P 378, depois de embarcar uma força de fuzileiros e os respectivos botes de transporte, navega para montante daquele rio apoiando acções de fiscalização e patrulha dos fuzileiros nas “muilas”.

Mais tarde, no posto da Pedra do Feitiço, é efectuado o “rendez-vous” com outras unidades, as LDP 209 e LDP 213. Faz-se a habitual troca de correspondência, informações actualizadas e mensagens pessoais entre pessoal que é rendido por outros camaradas.

Depois visualiza-se o regresso do navio-patrulha «Mandovi» a Luanda, há um esclarecimento da importante missão de fiscalização e controlo da navegação mercante naquela zona, seguindo-se a faina de atracar ao cais das INIC – Instalações Navais da Ilha do Cabo.

São visíveis e identificáveis, entre outras unidades navais fundeadas ou acostadas, o navio-patrulha «Cunene» - P 1141 e a fragata «Comandante Roberto Ivens» - F 482.




A presença deste último navio permite balizar a realização desta peça filmada entre 07Dez70 e 29Out71, correspondente a uma, de três comissões, daquela unidade naval em Angola. A segunda comissão teve lugar de 12Jan74 a 02Mai74 e a terceira de 03Set75 a 10Nov75, parecendo fora de causa a credibilidade destes dois últimos espaços de tempo para a rodagem do filme.

Todas as outras unidades navais referidas e visualizadas, ali permaneciam no decorrer naquele período.

Foram muitos os oficiais da Reserva Naval que ali cumpriram as suas missões nessas e noutras Unidades Navais, Destacamentos ou Companhias de Fuzileiros de que a própria fragata «Comandante Roberto Ivens» poderia ser tomada como exemplo de presença naval. Era nessa altura comandada pelo CFR José Manuel Torres Grincho.

No decorrer do mesmo período, integrou a guarnição do navio-patrulha «Mandovi» comandado pelo 1TEN António Augusto Catarino Salgado, o 2TEN RN Álvaro Jaime Neves da Silva do 17.º CFORN.

Da mesma forma, pertenceram também à guarnição do navio-patrulha «Cunene» comandado pelos 1TEN Alexandre Daniel Cunha Reis Rodrigues, de 06Jun69/09Ago71 e 1TEN Francisco Isidoro Montes de Oliveira Monteiro, de 09Ago71/09Ago73, os 2TEN RN João Luis Gomes Durão do 14.º CFORN, 2TEN RN Rui Alberto Antunes Pais dos Santos do 17.º CFORN, e 2TEN RN José dos Remédios Dias Gonçalves do 18.º CFORN.

Comandaram a LFP «Rigel» de 10Mai69/05Mai71, o 2TEN RN João Crisóstomo Matos Alves Antunes do 13.º CFORN e, de 05Mai71/15Mai73, o 2TEN RN António Manuel Cordeiro Sevinate Pinto do 17.º CFORN.






Fontes:
Cópia de filme editado pelo autor ao blogue a partir de retalhos gentilmente cedidos pela Escola de Fuzileiros, a partir de película rodada, ao tempo, com a colaboração da Marinha; Fuzileiros-Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Angola, Luis Sanches de Baêna, Comissão Cultural de Marinha, 2006; Anuário da Reserva Naval, 1958-1975, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Setenta e Cinco Anos no Mar, Vols 10 e 16, Comissão Cultural de Marinha; Arquivo da Marinha; fotos de arquivo do autor cedidas pela Revista da Armada;


mls

03 novembro 2017

Guiné, 1966 - Exercícios de Fuzileiros II


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 28 de Julho de 2010, com imagens do filme legendadas)


O pequeno documentário filmado final ilustra um modelo de exercício de fuzileiros que quase se identifica com os de tantas operações efectuadas com os DFE-Destacamentos de Fuzileiros Especiais e LFG–Lanchas de Fiscalização Grandes.

Tinham lugar acções conjuntas em que à unidade naval cabia normalmente a missão de transporte até próximo do local da operação. Efectuado o transbordo para as LDM locais que procediam ao desembarque dos fuzileiros nos locais previstos, garantiam ainda escolta e apoio no local da operação quando e sempre que necessário.

Complementarmente, desempenhavam quase sempre as tarefas de centro de coordenação operacional ou mesmo de CTU (dependendo da antiguidade dos oficiais presentes). No final de cada operação, o regresso a Bissau à base naval fazia-se de modo idêntico, muitas vezes incluindo uma refeição quente ao pessoal envolvido na operação, confeccionada a bordo da LFG participante.






A preparação da operação no INAB – Instalações Navais de Bissau. A faina de carga dos botes de borracha e do equipamento no transporte que conduziria o Destacamento ao cais de embarque.






Passagem pela Avenida Marginal e cais do Pijiguiti






Chegada à ponte-cais da “Scania” transportando pessoal e equipamento






Na ponte-cais em T, várias LDM-Lanchas de Desembarque Médias amarradas de proa para o cais






No cais principal está atracada a fragata «Nuno Tristão»






Depois do embarque efectuado, a LFG «Cassiopeia» realiza a manobra de desacostagem do cais lateral, passando pela frente do cais principal






O Comandante da LFG “Cassiopeia”, 1TEN Pedro Manuel Barreira Pessoa Lopes, cumprimenta regulamentarmente o navio mais antigo, a fragata «Nuno Tristão»






Na ponte, aos comandos da máquinas, o 2Sarg ACM Feliz Santos Serra executa as instruções recebidas do comando






O 2Sarg A Vitor Clemente da Silva, também fiel de bordo, efectua uma rotina de verificação das peças Bofors de 40 mm com o pessoal artilheiro






Preparando os cunhetes de munições de 40 mm






Os helicópteros da FAP que participam da operação, em voo de apoio próximo






A LDM efectua a manobra de atracação à LFG para ser efectuado o transbordo






O Destacamento de Fuzileiros Especiais efectua o transbordo de pessoal, armamento e equipamento para a LDM





A LFG «Cassiopeia» mantém-se a pairar na zona onde decorre a operação






Início do desembarque






Depois do desembarque a acção dos fuzileiros já em terra





Fontes:
Filme editado e montado pelo autor do blogue a partir de cópia de filme gentilmente cedida pela Escola de Fuzileiros, originalmente filmada com a colaboração da Marinha; texto do autor;


mls