06 outubro 2019

Exposição “A Medalha Militar 150 Anos (1863-2013)”




(Post reformulado a partir de outro já publicado em 2 de Novembro de 2013)

Os 150 Anos da Medalha Militar(1863-2013)
2 de Outubro a 8 de Novembro de 2013



De 2 de Outubro a 8 de Novembro de 2013, teve lugar na Fábrica Nacional da Cordoaria, Torreão Central, Rua da Junqueira - Lisboa, teve lugar uma Exposição Temporária, com a colaboração e apoio da Academia Falerística de Portugal




Sou um bom exemplo do que se pode apelidar de um quase total ignorante da ciência «falerística», quer na invulgar utilização e significado do étimo quer ainda, com maior relevância, no estudo das insígnias das ordens de cavalaria ou de mérito, das medalhas e das condecorações que esteve durante muitos anos englobado na Numismática.

A exposição sobre o tema que, no período referido, decorreu sob a égide da Academia Falerística e do Museu de Marinha, levou-me a procurar o significado da palavra num dicionário da língua portuguesa que se resume a um escasso descritivo de um “feminino substantivado de falerístico” – substantivo feminino correspondente ao estudo das ordens honoríficas e condecorações.

Aos mais interessados no tema, aconselho uma visita ao portal da Academia Falerística onde certamente encontrarão vastos motivos de satisfação nos resultados obtidos nas pesquisas que vierem a efectuar.

Não sendo esse o meu caso, nunca deixo de aproveitar uma boa ocasião para registar fotograficamente visitas que faço, eventos ou encontros em que participo, acontecimentos e retalhos de um dia-a-dia casual, ainda que aborde temas e locais específicos.

Há largos anos que pratico fotografia, mais exactamente desde a adolescência, e incluo nesse percurso a tradução de dois livros sobre o assunto, mas rejeito qualquer associação à ideia de profissionalismo. Tenho algumas máquinas familiares guardadas mas limito-me ao gosto pelo prazer de fotografar, melhor ou pior, temas que para mim representam outros tantos impulsos e apenas quando, em determinado momento, pelo motivo, me sinto cativado para isso porque sinto existir o enquadramento adequado.

Assim sucedeu na abordagem que efectuei, num dia em que passei aleatoriamente pela Fábrica Nacional de Cordoaria e deparei com a «Exposição da Medalha Militar 150 Anos, 1863-2013». Na perspectiva daquele evento, então em curso, classificaria o átrio de entrada daquele estabelecimento, local escolhido para a mostra, como pouco adequado para uma realização daquele teor.

Insuficientes condições de segurança dos espólios exibidos e acesso ao público num local soturno e de acesso muito remoto, transmitiram-me a ideia de pouca visibilidade, deixando simultaneamente a dúvida da dignidade da exposição relativamente às personalidades representadas pelas Medalhas, Condecorações e Títulos Honoríficos que lhes foram atribuídos ao tempo e ali estavam expostas.

Não me compete, e eximo-me a fazê-lo, qualquer apreciação de índole militar ou falerística, para as quais me não sinto habilitado. Cabe-me, no entanto, por direito de simples exercício de cidadania apreciar e, se o entender, emitir um parecer pessoal, nessa simples qualidade de visitante.

Provavelmente, o facto de ter sido oficial da Reserva Naval da Marinha de Guerra Portuguesa, integrando a Instituição de 1965 a 1972, poderá representar uma mais-valia neste contexto. Acrescente-se que, no decorrer deste percurso fui, durante dois anos ajudante de ordens do Comandante Naval do Continente e da Base Naval de Lisboa, Vice-Almirante Francisco Ferrer Caeiro.

Aquele oficial general era uma das personalidades de que figurava o espólio pessoal na "Exposição da Medalha Militar - 150 Anos, 1863-2013".

Na qualidade de antigo ajudante de ordens e vogal da Direcção da AORN – Associação dos Oficiais da Reserva Naval, participei na altura, pessoal e empenhadamente, num processo que culminou na cedência por parte do Almirante Ferrer Caeiro, àquela Associação, de todas as suas Medalhas e Condecorações, incluindo as Asas de Prata da Aviação Naval, constituindo-a como fiel depositária daquele espólio medalhístico e honorífico.




Estranhei na altura a ausência da placa gravada, acima publicada, testemunhando o simbolismo de uma entrega ratificada pelo próprio punho do Vice-Almirante Ferrer Caeiro. Eu próprio o acompanhei na elaboração, antecedendo uma singela cerimónia de cedência daquele valioso espólio à Associação que teve lugar na sua residência pessoal em 31 de Agosto de 1999.

Não deveria aquela placa, com tão expressiva dedicatória, figurar permanentemente junto do restante espólio exibido, símbolo da vontade manifesta, ainda em vida, daquele ilustre oficial general?

Talvez que agora já figure no lugar a que, com dedicatória pessoal, ganhou direito.




Galeria de Fotos:




Nota do autor:
Para visualizar a galeria em pormenor utilize a lente passando ao modo de ecran inteiro




Fontes:
Museu de Marinha; In http://www.acd-faleristica.com/archives/3607


mls

2 comentários:

José V. de Bragança disse...

Bem-haja pelo seu Post e comentário.
José V. de Bragança

José V. de Bragança disse...

Bem-haja pelo seu Post e comentário.
José V. de Bragança