29 junho 2020

23.º CFORN - Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval, Ago1973


Post reformulado a partir de outro já publicado em 2010.11.14




Fontes:
Texto do autor do blogue, compilado a partir de: Anuário da Reserva Naval, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Dicionário de Navios & Relação de Efemérides, Adelino Rodrigues da Costa, Comissão Cultural de Marinha, 2006; Fuzileiros – Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Luis Sanches de Baêna, Comissão Cultural de Marinha, 2006; apontamentos e fotografia de curso cedidos pelo CMG FZE José da Conceição Gois, do 23º CFORN, que mais tarde ingressou nos Quadros Permanentes; Arquivo de Marinha, Revista da Armada e cedências pessoais de origens diversas;


mls

26 junho 2020

Marinha condecora «AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval» com Medalha Naval de Vasco da Gama

Esta publicação respeita integralmente no texto a cerimónia levada a cabo em 20 de Maio de 2001, incluindo a data de realização.






Fontes:
Texto compilado da revista n.º 13 da AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval, publicada em Dezembro de 2001 no artigo «Condecoração da AORN»; fotos do espólio pessoal do autor do blogue;


mls

23 junho 2020

22.º CFORN - Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval, Fev1973


Post reformulado a partir de outro já publicado em 2010.10.20




Fontes:
Texto do autor do blogue, compilado a partir de: Anuário da Reserva Naval 1958-1975, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Dicionário de Navios e Outras Efemérides, Adelino Rodrigues da Costa, 2006; Fuzileiros – Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Luis Sanches de Baêna, 2006; Fotos do Arquivo de Marinha, Revista da Armada e cedências pessoais de origens diversas;


mls

20 junho 2020

Marinha, Reserva Naval e Escola Naval - Sala «Reserva Naval»


Esta publicação respeita integralmente no texto a cerimónia levada a cabo em 25 de Maio de 2000, incluindo a data de realização.





Fontes:
Texto compilado da revista n.º 12 da AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval, publicada em Dezembro de 2000 no artigo »Sala Reserva Naval»; fotos do espólio pessoal do autor do blogue com arranjo pessoal da imagem que encima este "post";


mls

18 junho 2020

O Almirante Sarmento Rodrigues e a Reserva Naval






Fontes:
Texto de autor do Eng.º Rogério Canas de Sousa Ferreira, Cadete decano da Reserva Naval do 1.º CEORN - Curso Especial de Oficiais da Reserva Naval, publicado na Revista n.º 12 da AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval de Dezembro de 2000;


mls

17 junho 2020

Almirante Sarmento Rodrigues


Recordando...

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 9 de Outubro de 2016)





Fonte:
Opinião DN
9 de Setembro de 2014
Miguel Félix António
Jurista/Gestor



Nos tempos conturbados que vivemos é com gosto que evoco a vida de um português de têmpera, do género de "antes quebrar que torcer", a quem o nosso país muito deve, designadamente, pelo papel central que teve, como político e militar mas também como doutrinador, na antiga África portuguesa.

Manoel Maria Sarmento Rodrigues nasceu em Freixo de Espada à Cinta em Junho de 1899 e morreu em Lisboa a 1 de Agosto de 1979, passaram agora 35 anos.

Uma das suas primeiras missões como Oficial de Marinha foi no República, acompanhando em 1922 a viagem aérea de Gago Coutinho e Sacadura Cabral.

Em 1925-1926 é ajudante de campo do governador-geral do Estado Português da Índia e em 1928 secretário do ministro dos Negócios Estrangeiros.

Entre 1931 e 1935, já primeiro-tenente, em Moçambique - terra à qual ficaria indelevelmente ligado -, foi comandante dos portos de Chinde e de Quelimane. Entre 1941 e 1945, comanda o Lima, navio que teve papel central na busca e no salvamento de largas dezenas de passageiros de navios estrangeiros atacados pela marinha alemã, ao largo dos Açores, e que lhe valeu os maiores encómios dos governos inglês e norte-americano, o que muito contribuiu para densificar o seu prestígio nacional e internacional.

A 26 de Junho de 1945 é nomeado governador da Guiné, onde em 1947 realizou as comemorações do V Centenário do Descobrimento Marítimo daquele território, que tanto ajudou a desenvolver.

Regressado a Lisboa a seu pedido em 1948, desempenha funções no Estado-Maior Naval e é eleito em 1949 deputado à Assembleia Nacional pelo círculo de Moçambique.

Entre 2 de Agosto de 1950 e 7 de Julho de 1955, integrou o Governo de Portugal como ministro do Ultramar, tendo nesse âmbito adoptado uma ampla reforma da administração colonial portuguesa.

Em 1957 é promovido a comodoro (actual contra-almirante) e designado comandante da Escola Naval, funções que desempenha até 1961, tendo presidido à Comissão das Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique, no âmbito das quais foi edificado o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.

Por convite do novo ministro do Ultramar, é nomeado em 1961, já com o posto de contra-almirante (actual vice-almirante), governador-geral de Moçambique, cargo que desempenha até 1964 e do qual se demite por algumas propostas que considerava vitais para a consolidação do espaço lusíada não terem tido acolhimento no Governo.

Em Março de 1969 é um dos fundadores do Grupo de Estudos de História Marítima que esteve na génese da Academia de Marinha, de que seria o seu primeiro presidente quando da sua criação em Dezembro de 1978.

Foi autor de uma vasta obra sobre assuntos navais, de defesa e de administração colonial, nas quais mostrou que, a par da espada, era também um exímio manejador das letras.

Casado com uma sobrinha de Guerra Junqueiro, deixou um expressivo lote de descendentes, em quantidade e qualidade, como é o caso do actual presidente da Direcção Nacional da Liga Portuguesa contra o Cancro, o seu neto Francisco Cavaleiro de Ferreira.

Como escreveu Adriano Moreira, tratou-se de alguém "com uma firmeza de princípios que não dobram às conveniências", "sem a menção do qual não é possível escrever a história portuguesa, designadamente dos estados de língua portuguesa que ajudou a definir", e a quem bem se terá aplicado a célebre frase: "Mal com el-rei por amor-dos-homens, mal com os homens por amor de el-rei."




mls

16 junho 2020

21.º CFORN - Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval, Ago1972


Post reformulado a partir de outro já publicado em 2010.09.14





Fontes:
Texto do autor do blogue com a colaboração do CMG José António Ruivo do 21.º CFORN, compilado a partir do Anuário da Reserva Naval, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Dicionário de Navios & Efemérides, Adelino Rodrigues da Costa, 2006; Fuzileiros – Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Luis Sanches de Baêna, 2006; Arquivo de Marinha; Revista da Armada; fotos do 21.º CFORN por cedência da revista da Armada; outras fotos de arquivo do autor do blogue com cedências de origens diversas;


mls

11 junho 2020

São Turras, Sr. Tenente, são Turras!...




Rio Cacheu ao pôr-do-sol (Abel Melo e Sousa -CFR Ref)


Havia já dois dias que as Lanchas fundeavam a meio do rio a jusante da Passagem de S. Vicente, concluído o Comboio de Farim. Aguardavam os batelões para Bissun, que chegavam e amarravam ao Tarrafo à espera da trasfega da carga para as LDM.

Dois dias sem mais preocupações que as que decorriam das tarefas diárias agendadas, as escutas do telegrafista, os banhos divertidos da marujada, a confecção das refeições e os momentos passados com as letras dirigidas às namoradas.

O dia, esse, esvaía-se com os últimos fulgores do sol a perderem-se por entre os galhos do arvoredo e as risadas do pessoal, as LDM à espera do momento para se abrigarem, furtivamente, já a coberto da noite, nos “amarradouros” conhecidos e reconhecidos da margem direita, a montante da Passagem de S. Vicente. E tudo sossegava.

À medida que a noite avançava sobravam as palmadas nos moscos – nome carinhoso com que se designavam os mosquitos – e, à medida que a noite avançava, os sussurros do sentinela e dos mais resistentes ao sono e aos sonhos, como que conversando com a gritaria da passarada noctívaga.

Nada faria crer que aquela noite iria ser diferente. O Tenente acendera atempadamente a malcheirosa espira verde “anti-mosquitagem” em cima do rádio e enchera os canudos do colchão pneumático que fazia de cama no chão da cabine de pilotagem.

Imaginava que, sendo ainda periquito, sempre era melhor respirar o ar impregnado dos cheiros oleosos do que o ar puro ao relento no tombadilho da lancha. Estava mais protegido…

Mas não era verdade, que ainda não tinha pregado olho quando, lá pelas 3 horas da madrugada, uma vozearia ensurdecedora lhe pôs no coração um sufoco e nas pernas um terramoto. Era a voz do Xixas a mais exaltada, estaria no seu turno de guarda, a gritar “são turras, são turras, trás a MG, vão já com uma rajada!!!”…

O Tenente, entretanto, perguntava a si próprio “o que é que se passa ali?”, todo num abanico. Recuperado o sangue frio concordou, ainda consigo próprio “porra!, eu sou o comandante, tenho de ir ver do que se trata”, sempre com a vozearia a crescer, a crescer por entre rajadas à espera.




LDM abicada no porto de Bissum - Rio Armada
Abastecimento e transporte de militares e populações


Fez das tripas coração e subiu ao convés com um enérgico:

– O que é que se passa aqui?

Respondeu o Xixas, já com uma G3 quase engatilhada:

– São turras, Sr Tenente, são Turras, vão já numa rajada!

– Onde é que estão os Turras?

– Ali, na canoa.

Era verdade; encostada ao tanque da água de estibordo encontrava-se uma canoa com cinco homens, pretos, tão pretos como a noite, vergados, completamente vergados ao sabor da sua sorte, dobrados pela cintura sobre as suas pernas.

O Tenente avaliou a situação, ou não avaliou, mas ocorreu-lhe, a ele sim, numa rajada, acalmar os ânimos com uma ordem:

– Ninguém dispara nada. O comandante sou eu. Tudo o que se fizer só pode ser feito com minha autorização! E não faremos nada com jeito se não nos acalmarmos todos!

Toda a gente estremeceu, porque a resposta foi um longo silêncio de poucos segundos que soprou ao Tenente “estás a tomar o pulso aos acontecimentos” e, com isto, saltou para o tanque da água. Percorreu o comprimento da canoa espiolhando o seu interior.

Apenas cinco homens ajoujados, cobertos por um fraco pano da mesma cor, preta, que talvez os abrigasse da esbatida frescura da madrugada. Nada de armas, que fosse de seus vestígios,
nada de nada, apenas medo, porventura, e silêncio. Falou aos homens ainda do tanque da água, também flutuador, acha o Tenente:

–Podem ser turras, sim, podem ser turras, mas nada o denuncia, que na canoa apenas estas cinco pobres criaturas!

– Mas... são turras, Sr Tenente, são Turras!,… insistia o Xixas

– Podem ser, sim, mas não há evidências nenhumas.




Refeição partilhada a bordo duma Lancha de Desembarque Média

Silêncio. Novamente a resposta foi o silêncio. Então o Tenente, sentado nos calcanhares, à proa da canoa, atreveu-se a perguntar:

– Alguém fala português? Silêncio, silêncio quebrado pelo Xixas:

– São Turras, Sr. Tenente, são Turras!

Uma rajada...

O Tenente subiu ao tombadilho e falou

– Podem ser turras, sim, mas do que me estou a lembrar agora, neste momento, é da minha terra, lá longe, do outro lado; e das laranjeiras e das parreiras; e de amigos…

O silêncio, o silêncio tinha tomado definitivamente conta dos acontecimentos.

O Tenente voltou a saltar para o depósito da água, cada vez mais confiante, e novamente sentado nos calcanhares, perguntou

– De onde vêm vocês?

Aconteceu, então, inesperadamente, um:

– De Bissum…




2 LDM abicadas
Abastecimento de combustível e víveres


Soltado pelo homem sentado a meio da canoa, que se desdobrou, lentamente, talvez com o pressentimento de “já me lixei, já nos lixámos” e, por uns segundos que foram uma eternidade, em silêncio, permitiu que os olhares, dele e do Tenente, se fixassem. E voltou a dobrar-se sobre si. O Tenente, como que impulsionado por uma mola, de pé, atirou:

– Ah! Afinal sempre há alguém que fala português!... E vão para onde?

– Para Bula!, respondeu, dobrado, o mesmo homem…

Com calma e uma paz imensa, juntou-se aos seus homens, junto da Oerlikon, – que todos se tinham levantado, todos sem excepção –, e voltou a falar ao pessoal:

– Eu não vos dizia?! Estes homens vão à cidade como também eu, nas segundas-feiras. Um vai renovar o BI, aquele vai tirar uma certidão de nascimento, o terceiro vai à Praça, o…

Lembrou-se de que, com Spínola, tinha havido uma inflexão na política de aproximação às populações designada, oficialmente, por “A PSICO”. Toda a gente aproveitava e reduzia, às tantas, tudo à “PSICO” – olh’á Psico!…

E voltou a saltar para o tanque da água para, num gesto inesperado para todos, – ou talvez não –, com um toque no ombro do homem a vante, ordenar:

– Sigam, amigos, vão à vossa vida…

E ficou só o silêncio, um longo silêncio, a morrer nos olhos ao ritmo lento das remadas, a canoa a cruzar o Cacheu para a curva à esquerda, lá longe, no vagar de quem espera, a todo o instante, o troar de uma rajada.
Ah! Como eu gostaria de saber o que se terão dito ao mergulharem na imensidão da noite, sós, na companhia fagueira do seu rio…


Marinheiro E*
*O Marinheiro “E”, de todos já conhecido, é o Sócio Originário n.º 1542, Oficial FZ RN que integrou os efectivos da CF 11 e que cumpriu uma comissão de serviço na Guiné nos anos 1971/1972.


Fontes:
Com a devida vénia, texto compilado a partir de artigo já publicado na Revista "O Desembarque" n.º 30 da Associação de Fuzileiros em http://www.associacaofuzileiros.pt/


mls

06 junho 2020

Guiné, 1968 - Campanha de promoção da época...


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 20 de Janeiro de 2011)

Campanha de promoção na forma de postais do SPEME
(Serviços Postais do Estado-Maior do Exército)




Juntos?... e houve vencedores?



sem comentários... a própria imagem os sugere!



Fontes:
Texto e fotos de arquivo do autor do blogue com original cedido por Carlos Fernando Carlos Dias Souto (CMG);


mls