31 março 2021

Angola, LFP "Régulus" - P 369


(Post reformulado a partir de outro anteriormente publicado em 2 de Novembro de 2010)





Fontes:
"Dicionário de Navios", Adelino Rodrigues da Costa, Edições Culturais da Marinha – 2006; Setenta e Cinco Anos no Mar, Lanchas de Fiscalização Pequenas (LFP), 16º VOL, 2005; "Anuário da Reserva Naval 1958-1975", Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Texto e fotos de arquivo do autor do blogue, com fotos da Revista da Armada n.º 258, Setembro/Outubro 1993;


mls

27 março 2021

Guiné, 1968 - Brigadeiro António de Spínola


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 11 de Novembro de 2011/22 de Outubro de 2018)


Uma visão satírica do Brigadeiro António de Spínola




(clique na imagem para ampliar)


O BCaç 1933 embarcou para a Guiné em 27Set67 (CCaç 1792 em 28Out67) e regressou em 20Ago69.

Esta Unidade foi comandada pelo TCor Inf Armando Campos Saraiva/TCor Inf Renato Nunes Xavier, constituída pelas CCaç 1790 (Cap Inf José Ponces de Carvalho Aparício) CCaç 1791 (Cap Inf António Maia Correia) e CCaç 1792 (Cap Mil Art António Manuel Conceição Henriques/Cap Art Ricardo António Tavares Antunes Rei/Cap Inf Rui Manuel Gomes Mendonça) e ainda pela CCS (Cap Inf José Bento Guimarâes Figueiral/Cap Inf Carlos Alberto Cardoso.
O Estado-Maior era constituído pelo 2.º Comte, Maj Inf Américo Correia e o OInfOp/Adj Maj Inf Graciano Antunes Henriques.

Tinha como divisa “O que fizermos vos dirá quem somos”.

Veio a assumir a responsabilidade do sector de Nova Lamego abrangendo locais como Bajocunda, Buruntuma, Beli, Canquelifá, Piche, Pirada, Madina do Boé e Nova Lamego.

Integrado neste batalhão, seguiu também para aquele território o Alf Médico Alberto Lema Santos, Desempenhou funções de clínico em quase todos aqueles subsectores vindo a ser destacado mais tarde, em final de Abril de 1968, para a CCaç 1801 (Cap Inf José Daniel Barros Adão/Cap Inf António Manuel Pacheco Rosa) responsável pelo subsector do Ingoré, com um pelotão no Sedengal e outras forças igualmente destacadas nos reordenamentos de Antotinha e Apilho, ainda que se mantendo integrada no BCaç 1933.

Num percurso de muitas localidades, consultas, tratamentos, conselhos e confidências, ficou também o insubstituível humor militar de caserna na forma de missivas, descrições, relatos, poesias e sátiras.

Neste caso particular, estes versos humorísticos, policopiados no papel da época, já envelhecido pelo tempo, visando o “Homem Grande de Bissau” ou “Caco Baldé”, como ficou conhecido o então Brigadeiro António de Spínola.




Fontes:
Texto e arranjo gráfico do autor do blogue; documento original cedido por Alberto Lema Santos (Alf. Miliciano médico do BCaç 1933 e irmão do autor do blogue); resumo histórico do BCaç 1933 da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), EME, 2002.


mls

22 março 2021

Moçambique - Marinha em Porto Amélia (II)


Reserva Naval em Porto Amélia - Pemba

Post reformulado a partir de outro já publicado em 20090615

Em 23 de Julho de 2005, por ocasião do 10.º Aniversário da AORN – Associação dos Oficiais da Reserva Naval, na sessão comemorativa havida na Academia de Marinha, o Comandante Adelino Rodrigues da Costa proferiu uma intervenção intitulada “A Marinha e a Reserva Naval, uma aliança que perdura” e a propósito da sua ida para Moçambique, em 1966, como Imediato da LDG «Cimitarra», afirmava a dado passo:




Instalações oficinais do Comando de Defesa Marítima de Porto Amélia.

“...O nosso destino era o norte de Moçambique, que não fazia parte da nossa informação escolar. Era uma região paisagística e culturalmente muito rica, devido à beleza das suas águas azuis e das suas ilhas de coral – as Quirimbas – mas devido também às suas marcadas influências árabes e hindus, ao seu passado de grande protagonismo na “história trágico-marítima” e no tráfico da escravatura. A pequena cidade de Porto Amélia, a capital de Cabo Delgado, era a nossa base.
Entre a meia dúzia de oficiais da Marinha que se lá se encontravam em permanência, havia dois da Reserva Naval com quem muito convivi: um deles tratava-me da saúde e o outro pagava-me o salário.
Com esses amigos e hoje compadres, partilhei episódios que, desde há quase 40 anos, sabemos de cor e repetimos em cada encontro, mas que revivemos sempre com a mesma satisfação, como se fosse a primeira vez. Como residentes tínhamos um certo estatuto social na terra, o que não sucedia com muitos outros oficiais, sobretudo fuzileiros, que normalmente passavam apenas alguns meses em Porto Amélia, em rotação com os fuzileiros do Lago Niassa. Para esses homens a situação era ainda mais difícil, não apenas por maiores dificuldades de inserção social por estarem de passagem, mas também porque tinham as suas operações, frequentemente no temível planalto dos Macondes, na serra Mapé e na área de Mueda – nomes muito simbólicos das campanhas militares do norte de Moçambique...”





Porto Amélia, 1967 - O 2TEN MN RN Mendonça Lima e o 2TEN Rodrigues da Costa em equipamento dominical, provavelmente antecipando uma refeição no "café da terra".

Nessa sua linguagem metafórica, salvaguardando o estado de saúde, ao tempo “em excelente forma”, e o “pagamento de salário”, normalmente efectuado aqui na Metrópole pela via administrativa, o Comandante Adelino Rodrigues da Costa referia dois oficiais da Reserva Naval, o 2TEN MN RN Fernando Jorge de Mendonça Lima e o 2TEN AN RN Luis António de Almeida Palma Féria, ambos do 9.º CFORN, que desde 1967 desempenhavam as funçõs de Chefe dos Serviços de Saúde e Chefe dos Serviços de Abastecimento do Comando de Defesa Marítima de Porto Amélia, respectivamente.

Embora alguns oficiais fuzileiros tivessem passado antes por Porto Amélia, estes foram os primeiros oficiais RN que foram colocados naquele Comando da Defesa Marítima, cuja jurisdição se estendia por mais de duas centenas de milhas até à fronteira com a Tanzânia.





Apoiados na porta da LDG «Cimitarra», os 2TEN Rodrigues da Costa e 2TEN AN RN Luis Palma Féria saboreiam a limpidez e os 25 ou 26 graus de temperatura das águas do arquipélago das Quirimbas.

Muitos outros oficiais, dos Quadros Permanentes e da Reserva Naval prestaram serviço ou desempenharam missões naquele Comando de Defesa Marítima, assunto que abordaremos no post seguinte.



Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

16 março 2021

Guiné, 1963 - Alpoim Calvão e DFE 8


Post reformulado a partir de outro já publicado em 20121003/20190705





Fontes:
Pesquisa e compilação de texto do autor a partir do relatório de documentação do Arquivo da Marinha, Núcleo 236-A; Operação Mar Verde, António Luis Marinho, Temas e Debates, 2006; De Conakry ao MDLP, Alpoim Calvão, Intervenção, 1976; fotos de arquivo do autor, Arquivo da Marinha; LDM 306 de CMG Cervães Rodrigues; carta da Guiné-Bissau, barra dos rios Cacine/Cumbijã, Instituto Hidrográfico, 1959-1964; NM Índia: http://lh6.ggpht.com/_IYJi-lhses0/TB9M1SRl_GI/AAAAAAAABP4/bJN90E3rtXA/s1600-h/India%20%281950-1971%29%5B4%5D.jpg;


mls

14 março 2021

Guiné - A Marinha do PAIGC de 1963 a 1974


Post reformulado a partir de outro já publicado em 20100830/20171123)





Fontes:
Pesquisa e compilação de texto do autor a partir do relatório de documentação do Arquivo da Marinha, Núcleo 236-A; Operação Mar Verde, António Luis Marinho, Temas e Debates, 2006; De Conakry ao MDLP, Alpoim Calvão, Intervenção, 1976; fotos do Arquivo da Marinha digitalizadas e tratadas pelo autor;

mls
20210314_20171123_Guine-MarinhadoPAIGCde1963a1974