Fuzileiros e Reserva Naval no rio Cuando - Angola, 1967
(Post reformulado a partir de outro já publicado em 4 de Setembro de 2009)
Em meados de 1967, pela agressividade crescente do terrorismo no leste de Angola, houve natural necessidade de reforçar o dispositivo naval naquele frente do território. Para tal, foram deslocados pelo Comando Naval de Angola para a Zona Militar Leste dois Destacamentos de Fuzileiros Especiais.
Ficou um sedeado no Chilombo, o DFE 2, na margem esquerda do rio Zambeze, com a LDP 208, armada, e outro, o DFE 11, na margem direita do rio Lungué-Bungo, junto à ponte da picada Lucusse-Luvuei, articulando-se um comando móvel e comunicações com a Zona Militar Leste, no Luzo.
Estacionada naquele teatro, a Companhia de Fuzileiros n.º 1 já tinha regressado a Luanda às INIC, deixando o rio Zaire, mantendo um pelotão destacado no rio Cuando, integrando o designado Destacmarcuando com a missão de patrulhar aquele rio e margens, disponibilizando pessoal para guarnecer a LDP 210 que, desde 29 de Junho, a Marinha manteve a navegar naquele rio.
Trajecto da LDP 210 de Luanda ao rio Cuando,
1800 Km por estrada - Maio de 1967
1800 Km por estrada - Maio de 1967
A LDP 210, foi uma das muitas lanchas que, num esforço hercúleo, a Marinha colocou no coração de África. Viajando a partir da costa ao longo de um percurso terrestre de 1800 km em cima de uma viatura-plataforma integrada numa coluna da Região Militar de Angola (RMA), saiu de Luanda e, passando por Salazar, Malanje, Nova Gaia, Quitapa, Xassegue, Cacolo, Lizo, Lutamba, Lucusse, Gago Coutinho, Ninda e Chiume, chegou ao rio Cuando.
Em cima o lançamento da LDP 210 e, em baixo, já a navegar.
Foi lançada em Chicove, a 9 km de Chiume, a montante de Neriquinha sofrendo o primeiro ataque logo no dia seguinte.
É da LDP 210 que se inclui o filme reportagem seguinte, provavelmente rodado em 1967 ou 1968. Apesar das dificuldades e ausência de informação é possível identificar o 2TEN RN Frederico da Luz Rebelo, oficial da Reserva Naval do 8.º CEORN e que comandava a força transportada na lancha.
O 2TEN FZ RN Frederico da Luz Rebelo
Aquele oficial foi para Angola integrado na Companhia de Fuzileiros n.º 11 (1966/1969), comandada pelo 1TEN Carlos José Saldanha Mota dos Santos, tendo como imediato o 2TEN José Alberto de Milharadas Pedro e o 2TEN Carlos Alberto Mano Simões Lopes.
Pertenceram ainda aquela unidade os 2TEN FZ RN Luis Domingos Costa Azevedo Vaquinhas, 2TEN FZ RN Manuel José Gomes dos Santos Pereira e o 2TEN MN RN João Carlos Cabral Nunes Correia todos do 8.º CEORN - Reserva Naval
Locução de Júlio Isidro.
(continua)
Fontes:
Cópia de filme gentilmente cedida pela Escola de Fuzileiros, a partir de película rodada, ao tempo, com a colaboração da Marinha; Fuzileiros-Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Angola, Luis Sanches de Baêna, Comissão Cultural de Marinha, 2006; Texto e fotos de arquivo do autor;
Cópia de filme gentilmente cedida pela Escola de Fuzileiros, a partir de película rodada, ao tempo, com a colaboração da Marinha; Fuzileiros-Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Angola, Luis Sanches de Baêna, Comissão Cultural de Marinha, 2006; Texto e fotos de arquivo do autor;
mls
3 comentários:
Na verdade e tanto quanto sei, a Marinha no Cuando, estava representada por dois destacamentos, cada um com uma LDP 210, transportadas por estrada, desmontadas, em cima de viaturas: uma delas, como refere, no Chicove, a norte de Neriquinha. A outra, a que não faz referência, a sul da Neriquinha, mais exactamente no Rivungo (Destacamento de Marinha do Rivungo) local onde existia um destacamento com um pelotão da companhia de caçadores estacionada na Neriquinha. Veja o nosso blog, especificamente o post: http://angola3441.blogspot.com/2010/01/o-ataque-ldp.html
E.C.
angola3441.blogspot.com
eu estava no NINDA quando a lancha por la passou era dos super ratos -CART 1701
procuro senhor Antonio Vieira pinto que era marinheiro estive em cabo verde no Navigo zambeze em 1967 deixou uma filha Maria Miranda filha de Joana Miranda
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