29 janeiro 2017

Comando Naval de Moçambique (2)


A Reserva Naval em Unidades Navais de 1957 a 1975

(final)

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 15 de Abril de 2009)


Tratada numa primeira parte a referenciação de oficiais da Reserva Naval que em Moçambique desempenharam funções em infra-estruturas navais em terra, nas Unidades e Serviços da Marinha, idêntico procedimento seguiremos relativamente a Unidades Navais.

Consideraremos apenas os navios de maior porte em que se incluem avisos, fragatas, corvetas e navios hidrográficos que ali desempenharam comissões temporárias, após o que eram rendidas por unidades equivalentes.

As LFG «Argos» e LFG «Dragão», as LFP «Castor», LFP «Régulus», LFP «Antares», LFP «Sirius», LFP «Vega», LFP «Marte», LFP «Mercúrio», LFP «Saturno», LFP «Urano», LFP «Sabre», LFP «Tete», e ainda a LDG «Cimitarra», Destacamentos de Fuzileiros Especiais e Companhias de Fuzileiros Navais que operaram em Moçambique, não serão agora referenciadas por terem sido, ou virem a ser, objecto de tratamento específico em posts individualizados.

Para cada unidade naval, refere-se o período de comissão, os oficiais da Reserva Naval que nelas estiveram embarcados e o ano em que lá estiveram, não tendo sido possível confirmar as datas de início e final do período de embarque ou mesmo, se for esse o caso, a permanência a bordo na totalidade do tempo de comissão do navio.

NH «Almirante Lacerda»
Data de Comissão: 01JAN61/28MAI75




2TEN RN João Manuel Pereira Brito, 6.º CEORN, 1964
2TEN RN Jochia Lipszyc, 7.º CEORN, 1966/67
2TEN RN Jorge Manuel de Sousa Duarte Pedro, 8.º CEORN, 1966


FF «Vasco da Gama»
Data de Comissão: 03JAN64/30AGO64




2TEN RN Luís Lourenço Soares Albergaria Âmbar, 5.º CEORN, 1964


FF «Pacheco Pereira»
Data de Comissão: 19FEV64/01AGO66




2TEN RN Ângelo Fonseca Ribeiro, 5.º CEORN, 1964
2TEN RN António Luís Gato, 7.º CEORN, 1965


FF «Pacheco Pereira»
Data de Comissão: 18DEZ67/24NOV69




2TEN RN José Manuel Braga Abecassis, 10.º CFORN, 1967


«FF Álvares Cabral»
Data de Comissão: 10NOV69/05ABR71




2TEN RN Elísio Gonçalves da Rocha, 12.º CFORN, 1969/70
2TEN RN Carlos Augusto Escoval Bom, 16.º CFORN, 1970/71


«FF Comandante Hermenegildo Capelo»
Data de Comissão: 25MAR75/24JUN75




2TEN RN Carlos Fernando Baptista Ferreira de Castro, 24.º CFORN, 1975


«PC João Coutinho»
Data de Comissão: 08SET70/10JUN75




2TEN TE RN Lídio Marques Fernandes, 24.º CFORN, 1974/75


«NA Sam Brás»
Data de Comissão: 25MAR70/23JUN75




2TEN RN Rui Moura da Silva, 12.º CFORN, 1970/72
2TEN AN RN António de Paiva e Silva, 13.º CFORN, 1970/72
2TEN RN José Miguel Bourbon de Sequeira Braga, 16.º CFORN, 1970/72
2TEN AN RN Jorge Manuel Vieira Jordão, 23.º CFORN, 1974/75




No final deste “arriscado” périplo por um desconhecido Moçambique, pode ser afirmado sem receio de grandes desvios que, concedida alguma tolerância para um ou outro erro cometido em alguma repetição indevida ou na avaliação final, difíceis de garantir com exactidão, estiveram presentes naquele teatro, ao longo de uma dúzia de anos, próximo de 230 oficiais da Reserva Naval.

Distribuídos por Unidades e Serviços em terra (cerca de 52), por Unidades Navais operacionais diversas como FF, PC, NH, LFG, LDG, LFP (cerca de 73) ou ainda DFE e CF (cerca de 105) representaram um importante contributo para o esforço de guerra da Marinha então levado a cabo pelo País.


Fontes:
Arquivo de Marinha; Anuário da Reserva Naval, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Lista da Armada; Fotos de arquivo do autor do blogue;



Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

26 janeiro 2017

Comando Naval de Moçambique (1)


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 11 de Abril de 2009)





Fontes:
Arquivo de Marinha; Anuário da Reserva Naval, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Lista da Armada; Fotos de arquivo do autor do blogue;




Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

22 janeiro 2017

Comando Naval de Moçambique - LFP «Tete»


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 31 de Março de 2009)




Moçambique - A LFP "Tete" em Bampona


A LFP «Tete»- P 371 foi construída em Inglaterra pela Casa Yarrow e montada em Quelimane pela Companhia da Zambézia cujos trabalhos tinham sido concluídos em Maio de 1920. Classificada como Lancha de Fiscalização Pequena em 9 de Outubro de 1959, manteve o nome que já tinha anteriormente.

Características, máquinas propulsoras, equipamento, armamento e lotação de acordo com o seguinte quadro:



Ficou afecta a missões de soberania, patrulha e fiscalização, transporte de material e pessoal militar e civil ao longo dos vários postos dos rios Zambeze e Chire, prestando apoio às populações principalmente em tempos de cheias efectuando ao longo daqueles percursos frequentes escalas e abastecimentos de lenha.

A variação anual do nível das águas durante a época seca não permitia a navegação para montante da foz do rio Chire. Além de outros locais, escalou os portos do Chinde, Luabo, Marromeu, Chemba, Chiramba, Anquaze, Tambara e Tete.

A partir de Maio de 1971 não há quaisquer registos do navio, sabendo-se que permaneceu atracado no Chinde todo o resto do ano e no decurso de todo o ano de 1972. Foi substituída nas missões de soberania do rio Zambeze pela LFP «Sabre».




Moçambique - A LFP "Tete" atracada no rio Chire

Em 1973 foi assinalada como encalhada na praia do Chinde, abandonada e muito danificada. Ainda foi iniciado um projecto que envolvia o transporte para Lisboa com destino ao Museu de Marinha mas foi abandonado com o processo de descolonização.

Não foi encontrada a data de abate ao efectivo dos navios da Armada.

Comandaram a LFP «Tete» os seguintes oficiais dos Quadros Permanentes:

1TEN António Luciano Estácio dos Reis, 09Out59 a 11Ago60;
1TEN Augusto Miranda Filipe da Silva, 11Ago60 a 08Ago64;
1TEN Rui Lobato Pires dos Santos, 08Ago64 a25Set67;
1TEN Ruy Vital Pinto Molarinho do Carmo, 25Set67 a 21Dez68;
1TEN Fernando Manuel Loureiro de Sousa, 21Dez68 a 26Mar71;
1TEN Francisco José Cabedo e Vasconcelos, 26Mar71 a 19Mai71;


Fontes:
"Dicionário de Navios & Relação de Efemérides", Adelino Rodrigues da Costa, Edições Culturais da Marinha – 2006; "Setenta e Cinco Anos no Mar", Lanchas de Fiscalização Pequenas (LFP), 16º VOL, Comissão Cultural de Marinha, 2005: fotos de arquivo do autor do blogue, Arquivo de Marinha;


mls

20 janeiro 2017

Moçambique - Reserva Naval na LFP «Sabre»


Os Oficiais da Reserva Naval na LFP «Sabre»-P 1139

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 28 de Março de 2009)


A LFP «Sabre»- P 1139 era a antiga lancha «Chinde», adquirida à Sena Sugar Estates e modificada e adaptada nas oficinas navais do Comando Naval de Moçambique, em Lourenço Marques.

Características, máquinas propulsoras, equipamento, armamento e lotação de acordo com o seguinte quadro:



Era do mesmo tipo das lanchas de transporte quer de carga quer de passageiros que navegavam no rio Zambeze há largos anos. Foi no entanto percursora de um novo sistema de propulsão que consistia num par de colunas com hélices rotativas, accionadas por dois motores Mercedes diesel. Não dispunha de leme.

Apesar dos melhoramentos a que foi sujeita, a estabilidade não era famosa devido a possuir super-estruturas muito altas e em madeira, o que a obrigava a navegar de braço dado com duas lanchas auxiliares.

Foi aumentada ao efectivo dos navios da Armada em 31 de Outubro de 1972 mas ainda numa fase muito atrasada de aprontamento, nomeadamente as cobertas da guarnição, beliches, cacifos, equipamento de cozinha, esgotos, equipamento de comunicações e a monitorização da lancha de apoio a estibordo.




Moçambique - A LFP «Sabre» navegando ao largo de Chinde.


Em Março iniciou a subida do rio Zambeze para a sua futura base, em Tete, passando a efectuar missões de patrulha e fiscalização à navegação mercante, bem como o apoio logístico no transporte de pessoal e material das Forças Armadas naquele rio.

As missões efectuavam-se com grandes dificuldades devido à pouca profundidade das águas. Além disso, as mudanças frequentes do leito do rio tornavam difícil encontrar o canal navegável o que originou vários encalhes, sempre resolvidos.

A variação anual do nível das águas durante a época seca não permitia a navegação para montante da foz do rio Chire. Escalou os portos do Chinde, Luabo, Marromeu, Chemba, Chiramba, Anquaze, Tambara e Tete.

Em 16 de Janeiro de 1975 foi abatida ao efectivo dos navios da Armada.

Comandaram a LFP «Sabre» os seguintes oficiais da Reserva Naval:

2TEN RN Jorge Manuel da Silva e Noronha Falcão, 19.º CFORN, 06Nov72 a 15Dez72;
2TEN RN Pedro Castro Vaz Pinto, 19.º CFORN, 15Dez72 a 05Jun74;
2TEN RN Vicente Manuel de Castro Apolinário, 22.º CFORN, 05Jun74 a 16Jan75;


Fontes:
«Dicionário de Navios & Relação de Efemérides», Adelino Rodrigues da Costa, Edições Culturais da Marinha – 2006; «Setenta e Cinco Anos no Mar», Lanchas de Fiscalização Pequenas (LFP), 16º VOL, Comissão Cultural de Marinha, 2005: fotos de arquivo do autor do blogue, Arquivo de Marinha;

mls

17 janeiro 2017

4.º CEORN - Curso Especial de Oficiais da Reserva Naval, 1961






Fontes: Arquivo de Marinha; Anuário da Reserva Naval 1958-1975, Lisboa, 1992, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado; Dicionário de Navios, Adelino Rodrigues da Costa, 2006; Texto do autor do blogue compilado e corrigido a partir do publicado na Revista n.º 8 da AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval, Outubro/Dezembro 1998; Fotos de Arquivo do autor do blogue;

mls

08 janeiro 2017

Reserva Naval, 1998 - 40 anos depois da sua criação


Reserva Naval, 1998 - 40 anos depois da sua criação

(Post reformulado a partir de um já anteriormente publicado em 27 de Maio de 2008)

A Fundação da AORN – Associação dos Oficiais da Reserva Naval, como já referido em anterior publicação, teve lugar em 14 de Julho de 1995, na Sala do Risco - Casa da Balança, como exemplo único em todos os ramos das Forças Armadas.

Decorridos três anos sobre a fundação da Associação dos Oficiais da Reserva Naval e 40 anos depois da criação da Reserva Naval, em 1958, teve lugar a Assembleia Geral para eleição de novos corpos directivos na conhecida Casa da Balança.

Decorreu dentro dos tão habituais quanto sãos parâmetros de análise, crítica e camaradagem. Também convívio e humor bastantes.

Ao tempo, não resisti a esboçar uma humorística força naval em que, à testa, sulcava as águas um porta-aviões da AORN, com céu limpo, sol brilhante e mar chão, prenúncio de largas milhas a navegar ao serviço da cultura e dos valores de Portugal, da Marinha e do Mar.

Símbolo vivo representativo do que terá sido a Reserva Naval ao serviço do País e da Marinha, entre 1958 e 1992.




Uniformizados a rigor, embarcavam e dirigiam a força os Almirantes da Reserva Naval Ernâni Rodrigues Lopes, do 7.º CEORN nas funções de Presidente da Assembleia Geral, Alípio Barroso Pereira Dias, do 9.º CFORN como Presidente do Conselho Fiscal e António Rodrigues Maximiano, do 20.º CFORN no lugar Presidente da Direcção da Associação.

Dando continuidade à satírica caricatura, entendi dever atribuir à Direcção uma outra unidade naval de mais vetusta construção, na forma de uma nau quinhentista, relembrando as tormentas que não teriam sido levadas a cabo durante o mandato.




Para o leme tinha sido destacado, com a indispensável guia de marcha, o responsável pela Direcção, António Rodrigues Maximiano, coadjuvado nas vigorosas remadas pelos restantes membros da guarnição, todos Oficiais da Reserva Naval a saber: Alfredo Lemos Damião - 15.º CFORN, António Luis Marinho de Castro - 8.º CEORN e Manuel Sousa Torres - 8.º CEORN.

As personalizadas gravatas do Max, como na família Reserva Naval era conhecido António Rodrigues Maximiano, também aqui encontraram uma personalizada forma de expressão e visibilidade.

Para todos, com quem tive a honra de partilhar colaboração durante anos, aqui deixo registado o meu testemunho de apreço com um renovado e saudoso «até sempre!...», aos que já não se encontram entre nós.


Manuel Lema Santos
8º CEORN




Fontes:

Texto e fotos de arquivo do autor;

mls

03 janeiro 2017

3.º CEORN - Curso Especial de Oficiais da Reserva Naval, 1960





Fontes: Arquivo de Marinha; Anuário da Reserva Naval 1958-1975, Lisboa, 1992, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado; Dicionário de Navios, Adelino Rodrigues da Costa, 2006; Texto do autor do blogue compilado e corrigido a partir do publicado na Revista n.º 7 da AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval, Abril/Setembro 1998; Fotos de Arquivo do autor do blogue;

mls