O Encontro Nacional de Combatentes: "Talvez nesta cerimónia devessemos ouvir apenas os clarins"
O Monumento aos Combatentes do Ultramar é um monumento localizado junto ao Forte do Bom Sucesso, em Belém, Lisboa. Foi criado criado am 1991 para homenagear todos os militares que combateram ao serviço de Portugal na Guerra do Ultramar/Guerra Colonial que se estendeu de 1961-1974.
Obra do escultor João Antero de Almeida e de um conjunto de arquitectos, Francisco José Ferreira Guedes de Carvalho, Helena Albuquerque e Sidónio Costa Cabral, este memorial «Aos Combatentes do Ultramar», viu lançada a sua primeira pedra em 12 de maio de 1993.
Segundo a autarquia, "Realizar um ato de justiça aos Combatentes que serviram a Pátria no Ultramar", "exercer uma ação cultural, patriótica e pedagógica na defesa de Portugal", "favorecer uma função nacional, de prestação de honras solenes à memória dos Combatentes, em datas históricas consagradas ou na ocasião de visitas de Estado ao nosso País" são os objectivos patentes na sua memória descritiva e que presidiram à construção deste elemento.
Bem integrado no Forte do Bom Sucesso, a sua concepção abstracta, de grande sobriedade e fortemente geométrica, baseada numa ideia de grande pureza formal e simbólica, é traduzida através de um pórtico monumental, cuja forma triangular de linhas simples, exibe uma verticalidade acentuada. Trata-se de uma escultura de pedra, incluindo metal e uma zona espelhada, inserida num lago, cuja água simboliza o afastamento ou a distância a que os combatentes se encontravam, exibindo no centro do monumento a "Chama da Pátria".
Com a presença do Presidente da República, então o Dr. Jorge Sampao, foi inaugurado a 15 de janeiro de 1994 pelo Professor Doutor Adriano Moreira e pelo General Altino de Magalhães, este último que na altura desempanhava as funções de Presidente da Liga dos Combatentes. Desde esse ano, no dia 10 de Junho de cada ano, é ali realizada o Encontro Nacional de Combatentes.
No dia da cerimónia de inauguração do Monumento aos Combatentes do Ultramar, as primeiras palavras do discurso proferido por Adriano Moreira foram: “Sr. Presidente da República, Combatentes. Talvez nesta cerimónia cívica destinada a honrar os combatentes da Guerra do Ultramar português fosse apropriado fazer ouvir apenas os clarins num dos toques que misturam os sons da agonia com os sons da glória”.
Desde essa data, anualmente, no dia 10 de junho, realiza-se o Encontro Nacional de Combatentes junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar. Todos os anos, esse encontro, que presta homenagem aos homens que morreram por combaterem em nome de Portugal, é composto por uma cerimónia inter-religiosa, discursos, desfiles, demonstrações militares, um cortejo e a deposição de flores junto ao Monumento e ao longo das lápides nominativas que cobrem o Forte do Bom Sucesso.
No ano 2000, ao longo do Forte do Bom Sucesso, foram afixadas lápides onde figuram os nomes dos caídos no cumprimento do dever.
Fontes:
Texto e imagens de arquivo do autor do blogue com extractos de texto compilados a partir de:
https://informacoeseservicos.lisboa.pt/contactos/diretorio-da-cidade/monumento-aos-combatentes-do-ultramar e de https://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_aos_Combatentes_do_Ultramar
Texto e imagens de arquivo do autor do blogue com extractos de texto compilados a partir de:
https://informacoeseservicos.lisboa.pt/contactos/diretorio-da-cidade/monumento-aos-combatentes-do-ultramar e de https://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_aos_Combatentes_do_Ultramar
mls
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