23 julho 2019

Amália Rodrigues na Base Naval de Metangula - Moçambique, 1969


Amália Rodrigues, 1969 - Base Naval de Metangula


Amália Rodrigues completaria hoje 99 anos. Nascida a 23 de julho de 1920 em Lisboa, faleceu a 6 de Outubro de 1999, igualmente em Lisboa.




Moçambique, 1969 - Amália Rodrigues acompanhada do Engenheiro Jorge Jardim recebida na Base Naval de Metangula e, em baixo, actuando para a Marinha na Base



Amália da Piedade Rebordão Rodrigues foi uma cantora portuguesa, também actriz e fadista, geralmente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX.

Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.




Fontes:
Fotos do autor do blogue, cedências do Arquivo de Marinha, já anteriormente publicadas em documentação sobre a Base Naval de Metangula, Lago Niassa, Moçambique;
extracto de texto de https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A1lia_Rodrigues




Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

21 julho 2019

Bissau, 1966 - Pensão da Dona Berta


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 14 Dezembro de 2012)




Bissau, 1966 - A Pensão da Dona Berta e a Sé Catedral iluminadas por altura do Natal.


Falecida em Dezembro de 2012, a Dona Berta foi incontornável personalidade da memória histórica de Bissau para quem ali aportou, civil ou militar, quer como obrigatório ponto de passagem para quem demandava a cidade quer em estadia mais prolongada.

Porto de abrigo de marinheiros e/ou também para todos os que o não eram. Foram muitos os que ali marcaram encontros, simplesmente passaram ou até ficaram.

Simpatia, carinho e sempre, timidamente, um sorriso. Trai-me a memória passados tantos anos, não me trairão os registos e o sentir.

Também nas minhas memórias históricas ficou para sempre registada tão notável figura histórica de antes e depois da Guerra do Ultramar.

Que descanse em Paz!




Fontes:
Foto da Pensão da Dona Berta em Bissau do autor do blogue (1966); foto da D.ª Berta e informação, com a devida vénia, em http://pensaodbertabissau.wordpress.com/2012/12/12/d-berta/


mls

20 julho 2019

Moçambique - Missão Metangula 1999, Parte III


Parte III - Missão Metangula 1999, Maputo e o regresso a Portugal



Ricardo Migães de Campos
11.º CEORN




Fontes:
Arranjo e edição do CD do autor do blogue com texto cedido pelo 2TEN MN RN Ricardo Migães de Campos, publicado na Revista n.º 12 da AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval de Outubro 1999




Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

19 julho 2019

Moçambique - Missão Metangula 1999, Parte II


Parte II - Missão Metangula 1999, Regresso à Base Naval no Lago Niassa



Ricardo Migães de Campos
11.º CEORN




Fontes:
Arranjo e edição do CD do autor do blogue com texto cedido pelo 2TEN MN RN Ricardo Migães de Campos, publicado na Revista n.º 11 da AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval de Outubro 1999




Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

17 julho 2019

Moçambique - Missão Metangula 1999, Parte I


Parte I - Missão Metangula 1999, Organização e Início da Viagem



Ricardo Migães de Campos
11.º CEORN




Fontes:
Arranjo e edição do CD do autor do blogue com texto cedido pelo 2TEN MN RN Ricardo Migães de Campos, publicado na Revista n.º 10 da AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval de Outubro 1999




Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

15 julho 2019

Navio-Hospital "Gil Eannes"


Post reformulado a partir de outro já publicado em 2012.11.03




Fontes: Texto a partir de http://pt.wikipedia.org/wiki/Navio-Hospital_Gil_Eannes;
http://www.museu.marinha.pt/;
Fotos de: http://jmgs.fotosblogue.com/; restantes fotos de arquivo do autor cedidas por Dr. Carlos Silva, Furriel Miliciano, CCaç 2548;

mls

13 julho 2019

Prof. Dr. Ricardo Manuel Migães de Campos, 11.º CFORN - Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval


Escola Naval, 1967


"In Memoriam"
1942 -2009




2TEN MN RN Ricardo Manuel Migães de Campos


O Prof. Dr. Ricardo Manuel Migães de Campos, a 17 de Maio de 2009 caiu no combate último da vida.

Curriculum de Ricardo Manuel Migães de Campos
(clicar para ver o texto completo)

Gostaria que as linhas que então rabisquei e agora republico não mascarassem o que me ia no espírito, acabrunhado e entristecido pela perda.

Competente profissional de saúde, médico-cirurgião, foi também um Camarada Reserva Naval e Amigo de mão cheia que sempre recusou aceitar para si próprio a doença ou diminuição física.

Nas preocupações pessoais dava primazia aos que o rodeavam e de quem cuidava num grande abraço fraterno, onde cabia sempre mais solidariedade para com o Paciente, o Camarada ou simplesmente o Amigo.




Ricardo Manuel Migães de Campos

Doença que, também ela, lenta mas progressivamente o foi minando de forma implacável, numa luta desigual em que força de vontade e determinação nunca permitiram ser vergado na adversidade.

Com sábia e permanente capacidade humana e social, determinadamente mantidas, congregava no seu círculo pessoal e familiar saudáveis hábitos de confraternização e convívio de forma destacada, personalizando nos pormenores cada convívio em que se envolvia ou nos eventos em que empenhadamente participava.

Moçambique, Niassa e Metangula foram outros tantos nomes, pretexto para a difusão, no tempo, do espírito Reserva Naval e Marinha, passado à prática social em cada convívio, quer no Clube Militar Naval quer em Azeitão na sua residência pessoal.




Em baixo, à esquerda - Num aniversário do 11.º CFORN, o curso da Reserva Naval a que pertenceu

Quem não tem na memória o omnipresente "Livro de Registo de Presenças" com as obrigatórias assinaturas de cada Camarada ou Amigo, onde o Ricardo marcava sempre presença como anfitrião?

Quem não recorda o seu empenhamento e participação pessoais na “Missão Metangula 1999 – Relato de Uma Viagem” evento que, de 11 a 20 de Maio de 1999 o Ricardo organizou no âmbito de eventos da AORN – Associação de Oficiais da Reserva Naval, já oportunamente divulgado e relatado, num projecto de Memória Reserva Naval, dignificante para a Associação, mas também para a Marinha de Guerra que tanto prestigiou?

Mais de uma dezena de anos após o desaparecimento de tão ilustre personagem do nosso convívio, este esquálido "In Memoriam" nada mais pretende do que lembrar um dos oficiais da Reserva Naval que bem serviram sem cuidar recompensa, num percurso de vida bem representativo do espírito de amizade e camaradagem, sempre em vida manifestados pela sua marcada personalidade.

Nas duas décadas que com ele tive a honra de conviver e colaborar, difícil será para mim conseguir dissociar, na memória, o antigo oficial da Reserva Naval, então Médico Naval, do Camarada, Amigo ou Clínico que nele reencontrei sempre.




Com um grupo alargado de camaradas e amigos em Azeitão

Naquele alargado percurso temporal poderia exemplificar, sem grande esforço, casos diversos pessoais e profissionais da envolvência que dos amigos fez em cada encontro havido, quase como um culto pessoal permanentemente manifestado, podendo ir do sábio conselho até ao empenhado apoio médico.

Sem nunca ter pisado terra de Metangula ou mesmo Moçambique, faço questão de aqui deixar a minha expressão de sentida Homenagem e Saudade ao Ricardo Campos pelo transbordante e alargado abraço com que fui acolhido no grupo, por sua iniciativa e sem reservas.

Grupo onde e com quem tanto aprendi, sem nunca ter estado próximo do Lago Niassa.

Não me é fácil redigir sobre este tema, mas bem pior seria relegar para o esquecimento memórias que se me tornaram bem caras. Apesar de algumas dificuldades que justificadamente sinto, pela ausência de conhecimento alargado, está fora do meu horizonte furtar-me a transmitir conhecimento adquirido, quanto mais não seja porque lhe devo isso também.

Ficou mais pobre o universo Familiar do Ricardo, mas também o dos Amigos, o dos Camaradas da Reserva Naval, o da Associação e, certamente, o da própria Marinha.

Que a esteira do rumo Reserva Naval que tomaste e da Memória que deixaste, Ricardo, sirva de modelo de inspiração aos Camaradas que ficaram, com a acrescida responsabilidade de te seguirem e complementarem no exemplo que legaste.




Base Naval de Metangula - Lago Niassa

Continuaremos um dia a relatar a extraordinária História da Marinha no Lago Niassa, da "Base Naval de Metangula", do "Cancioneiro do Niassa", da "Radio Metangula", da "Esquadrilha de Lanchas" dos "Asas da Reserva Naval", das "Operações com Fuzileiros e Exército", sem esquecer o "Monte Tchifuli".

Vamos ter muito tempo!

Manuel Lema Santos
8.º CEORN






Imagem da capa do CD produzido em Agosto de 2008


"In Memoriam"

Rosa Gallego Fraxenet Gonçalves da Cunha
1926-2008
Publicada por Charly Blog em 2.4.08 0 comentários
Quarta-feira, 2 de Abril de 2008


Um Anjo subiu ao Céu

"...
Pessoas há que, por muito negra que seja a situação, conseguem sempre ver o lado humorado das coisas: são como anjos da alegria, felizes na sua missão de nos dar ânimo, nem que seja fazendo uso da imaginação e da fantasia.

Minha Mãe era uma dessas pessoas. Confrontada com um cenário que poderia ser paradisíaco se não fosse de guerra, meteu as mãos à obra para "animar as hostes" e através da sua veia artística, deixou a sua marca na vida dos que defendiam as cores de Portugal (esse era o seu único móbil: cumprir o dever, defendendo a Pátria), na guerra de guerrilha contra a Frelimo, no norte de Moçambique, nas margens do Lago Niassa, em 1968.

Quem por lá passou desde esse ano até 1974, conhece por certo este poster...."




O seguinte texto foi publicado por baixo desta reprodução, na Revista da Armada nº 377 de Julho de 2004:

"Este belo cartaz elucida perfeitamente o engenho e a disposição dos muitos que, durante a guerra do Ultramar, serviram ou acompanharam a Marinha no Lago Niassa, em Moçambique.

Apesar das muitas amarguras decorrentes dos sacrifícios exigidos pelo isolamento das longas comissões e pela condição da guerra, também o bem humorado ambiente da família naval em Metangula, aqui e deste modo evidenciado, contribuía para a elevação do moral do pessoal, sempre apoiado na nossa tradicional amizade e camaradagem, requisitos indispensáveis para suportar dias tão difíceis.

Estas ironias e outras evasivas do género foram certamente importantes. Tudo servia para ajudar a minorar as inúmeras privações a que os marinheiros eram sujeitos, mas que, como militares, dedicadamente cumpriam o seu dever.

Em 1968, a Sra. Dona Rosa (Sra. Dona Rosita como ficou nas nossas memórias) esteve em Metangula em visita a seu marido, o saudoso Comandante Chuquere Gonçalves da Cunha e, para contribuir para o bom humor com que, nessa longínqua Base Naval, na margem do Lago Niassa, se procurava superar as dificuldades do dia a dia, pintou, e lá deixou, o quadro que ficou bem conhecido por todos os que por lá passaram.

Esse quadro que constitui uma espécie de ex-libris informal de Metangula, Comando da Defesa Marítima dos Portos do Lago Niassa, foi trazido para Portugal, quando da independência de Moçambique, pelo Dr João Malheiro, então 2TEN FZ RN, que o apresentou, com grande satisfação de todos os presentes, por ocasião de um almoço de “Gente de Metangula” em 25/5/2003.

Mais de 35 anos passados foi com o maior gosto que, em 22 de Março de 2004, o Dr. Migães de Campos (2TEN RN MN) e o Contra-Almirante Joaquim Espadinha Galo foram, com saudade, oferecer à Sra. Dona Rosita, uma reprodução reduzida desse quadro que, durante anos, acompanhou quem esteve em Metangula.

Que Deus dê paz à sua alma."


Notas do autor do blogue:

O cartaz alusivo a Metangula, acima publicado e já profusamente difundido, é da autoria da Exma Sra. Dª Rosa Gallego Fraxenet Gonçalves da Cunha. Foi pintado quando, em 1968, esteve em Metangula de férias com seu marido que ali estava a desempenhar as funções de Chefe do Estado-Maior do Comando de Defesa Marítima dos Portos do Lago Niassa.




Comandante Adriano da Cunha Chuquere (CMG)

O Comandante Adriano Gonçalves da Cunha Chuquere, marido da Sra. Dona Rosita, como ficou conhecida em Metangula, foi mais tarde Chefe do Serviço de Publicações do Estado-Maior da Armada. De 1970 a 1972 desempenhei funções no Estado-Maior da Armada, como seu oficial adjunto.


Fontes:
Pesquisa e compilação de textos do autor com a colaboração e cedência de elementos do Prof. Ricardo Migães de Campos e Contra-Almirante Joaquim Espadinha Galo; fotos de arquivo do autor; CD editado e produzido pelo autor do blogue em Agosto de 2008




Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

11 julho 2019

Anuário da Reserva Naval 1976-1992

(Post reformulado a partir de outros já publicados em 14 de Setembro de 2012)

"Anuário da Reserva Naval 1976/1992 - "Apresentação e Introdução





Dedicatória:

"A todos os Oficiais da Reserva Naval que, ao longo de mais de três décadas ao serviço da Marinha de Guerra Portuguesa, honraram e dignificaram a Pátria e a Instituição"


Prefácio:

Contra-Almirante José Luis Ferreira Leiria Pinto.

..."Introdução e Evolução dos Cursos

É decorrido mais de meio século sobre o nascimento da Reserva Naval da Marinha de Guerra, em 1958, formando 1.712 oficiais daquela classe, distribuída por 25 cursos até ao ano de 1975, com tão activa como significativa participação nos conflitos em África.

Ainda que “O Anuário da Reserva Naval, 1958–1975”, da autoria dos Comandantes Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, tenha assumido justamente a figura de bíblia da Reserva Naval, justificava-se um maior empenhamento individual e colectivo, incluindo o da Instituição, na preservação da memória histórica daquele período.

Não tem sido assim e pecam por escassas ou limitadas as abordagens pessoais e institucionais a um período histórico que parece desejar-se ignorado. Aquela primeira geração de oficiais da Reserva Naval, tornados homens pelo tão imprevisto quanto obrigatório chamamento à participação numa Guerra do Ultramar em que desempenharam um complexo e diversificado tipo de funções, mostrou estar à altura das missões de que foi incumbida, ao serviço do País em que nasceram, cresceram e acreditaram.

Com o final da Guerra do Ultramar e o reconhecimento da independência dos novos Estados, a retirada dos territórios de Moçambique, Angola, S. Tomé e Príncipe, Guiné e Cabo Verde, condicionou fortemente a retracção do dispositivo naval, obrigando a Marinha ao redimensionamento imposto por novo espaço geográfico, com redefinição das suas vocações próprias e atribuição de prioridades operacionais específicas.

Os CFORN – Cursos de Formação de Oficiais da Reserva Naval, interrompidos durante o ano de 1975 em que não teve lugar qualquer incorporação, foram retomados em 1976. Até ao final do primeiro trimestre de 1992 completaram a formação mais 1.885 oficiais de várias classes, o que expressa um significativo aumento do número de admissões relativamente ao anterior período de 1958 a 1974, para um idêntico número de 16 anos decorridos.

Contrariamente ao que seria de esperar, e para suprir necessidades de formação, a Marinha continuou a recorrer ao exterior, em crescendo, sobretudo em áreas de marcada especialidade, socorrendo-se de diversas Universidades. Assim, durante aquele espaço temporal, foram realizados 78 CFORN, repartidos pelas Escola Naval e Escola de Fuzileiros, correspondendo aos 1.885 oficiais da Reserva Naval acima referidos.

Considerada a separação por classes, foram admitidos 414 cadetes da classe de Marinha, 11 cadetes da classe de Engenheiros Construtores Navais, 249 cadetes da classe de Médicos Navais, 11 cadetes da classe de Farmacêuticos Navais, 484 cadetes da classe de Especialistas, 50 cadetes da classe de Técnicos e 666 cadetes da classe de Fuzileiros.

O final do primeiro trimestre de 1992, tido como o final da Reserva Naval - que o não terá sido ainda efectivamente - representou um marco decorrente da aplicação definitiva da nova Lei do Serviço Militar 30/87 com as alterações subsequentes que a tornaram aplicável a partir de final de 1991.

As novas classificações de RV – Regime de Voluntariado e RC – Regime de Contrato, mais não foram que “máscaras” de uma antiga Reserva Naval modernizada e adaptada às circunstâncias exigidas.

Parece justo questionar o esquecimento a que está votado o período em que decorreu esta extensa e rica parcela da História da Marinha da segunda metade do século passado, considerando como limite oficial de existência da Reserva Naval o ano de 1992. Reserva Naval que integra, além da memória histórica dos 3.597 oficiais RN, também as das guarnições de inúmeras Unidades Navais e Serviços que com eles privaram e conviveram.

Este modesto contributo pretende lembrar todos os Oficiais da Reserva Naval que, ao longo de mais de três décadas, dignificaram e honraram a Marinha de Guerra Portuguesa.

Manuel Lema Santos


Notas:

– O critério utilizado para o ordenamento dos cadetes em cada curso foi o estabelecido pela Ordem da Armada, 1ª Série, onde constam por antiguidade.
– Os números de identificação informática (NII) e datas de nascimento foram obtidos, parcialmente, da Lista da Armada.
– Em 1978, a Lista da Armada deixou de registar as Unidades e/ou Serviços para onde eram destacados os oficiais, tendo sido encontradas bastantes lacunas e imprecisões.
– A partir de 1990, deixou também de figurar a classe da Reserva Naval.
– Do 1.º CFORN FZ 1988/89 não foi possível obter a maioria dos NII nem as datas de nascimento dos cadetes.
– A partir do 1.º CFORN FZ 1990/91, os NII foram obtidos através de registos cedidos pela Escola de Fuzileiros ou pela Escola Naval, não sendo possível, contudo, obter os das respectivas datas de nascimento.

In "Anuário da Reserva Naval 1976-1992"




Ficha Técnica:

• Autor: Manuel Lema Santos
• Edição: AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval
• Propriedade: Manuel Lema Santos/AORN
• Local/Ano de Publicação: Lisboa, 2011
• Tiragem: 1.000 exs
• Depósito Legal: 323356/11
• ISBN 978-989-20-2321-2
• Preço: 10,00 € (acrescido de portes de correio se for o meio de entrega)

Índice

• Prefácio
• Introdução e Evolução dos Cursos
• Evolução dos Cursos 1976-1992
• Síntese Legislativa
• Listagem dos CFORN
– Relação dos CFORN 1976-1992, Escola Naval
– Relação dos CFORN 1976-1992, Escola de Fuzileiros
– Os 1885 Oficiais da Reserva Naval 1976-1992
• Informações Adicionais
– Comandantes da Escola Naval
– Comandantes da Escola de Fuzileiros
– Directores de Instrução dos CFORN
– Prémios Reserva Naval
– Dispositivo Naval 1976-1992
• Bibliografia


Contactos para:



AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval
Fábrica Nacional da Cordoaria - Rua da Junqueira, 1300 – 342 LISBOA
Telef: 21 3626840 – Horário das 15:00 às 20:00

Secretariado:
Mª Antonieta Fonseca
Telefone: 21 3626840, horário das 15:00 às 20:00
Fax: 21 3626839
maria.antonieta@reservanaval.pt
aorn95@reservanaval.pt



mls

01 julho 2019

O Anuário da Reserva Naval 1958-1975


(Post reformulado a partir de outros já publicados em 7 de Setembro de 2012)

"O Anuário da Reserva Naval 1958-1975" - Comandantes Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado"





Inicia-se com uma dedicatória à Marinha de Guerra Portuguesa. Um "Prefácio" pelo Almirante A. C. Fuzeta da Ponte, ao tempo Chefe do Estado-Maior da Armada, e uma pequena "Introdução", sucedem-se ao interessante texto:

..."A ABRIR


Desde 1958 que a Marinha Portuguesa tem regularmente admitido nas suas fileiras indivíduos que, frequentando ou tendo frequentado cursos superiores tecnicamente adequados aos serviços e especialidades da Armada, nela vieram a prestar serviço como Oficiais da Reserva Naval.

Essa regularidade apenas teve o ano de 1975 como excepção.

Esse ano separa, assim, dois períodos distintos no que respeita às condições de incorporação e à natureza da prestação de serviço dos Oficiais da Reserva Naval.

Até 1975, as missões da Marinha estendiam-se por um vasto espaço geográfico e o País confrontava-se com uma situação de guerra nos seus territórios ultramarinos da Guiné, Angola e Moçambique e de especial vigilância em Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe. Por isso, para além da habitual presença em Macau e Timor, a Marinha mantinha uma activa participação nas operações militares, designadamente nas suas componentes operacionais e logísticas, já que os referidos territórios tinham uma importante e extensa fronteira marítima.

A carência de Oficiais aumentara substancialmente e foi na Reserva Naval que a Marinha encontrou a solução que melhor se adequou às suas necessidades específicas em pessoal qualificado.

Os Oficiais da Reserva Naval ombrearam então com os do Quadro Permanente no desempenho de cargos e missões da mais alta responsabilidade militar, na maioria das vezes em situações desconfortáveis, complexas e de elevado risco.

Daí resultou um intenso convívio, um são companheirismo entre homens de formação muito diversa e um mútuo enriquecimento cultural, técnico-profissional e até político, que tantas vezes perdurou no tempo e que, no plano dos princípios, continua a inspirar referências e, inclusive, a ocupar um destacado lugar no imaginário de muitos Oficiais da Armada.

A partir de 1976, os Cursos de Formação de Oficiais da Reserva Naval foram naturalmente adaptados às novas necessidades e missões da Marinha. A situação do País e os contextos geopolítico e geoestratégico de actuação da Armada tinham-se alterado radicalmente. A Reserva Naval, num quadro militar-naval bem diverso daquele que vigorara até 1974, adquiriu características diferentes, tendo sido orientada para a satisfação de outras necessidades e para o cumprimento de outras tarefas.

Foram, portanto, dois períodos distintos aqueles que caracterizaram a Reserva Naval, desde a sua criação até a actualidade, de resto naturalmente coincidentes com dois períodos, igualmente distintos, da nossa história contemporânea.

Este Anuário da Reserva Naval foi coligido com base na experiência e na vivência pessoal dos seus autores, Oficiais do Quadros Permanentes, incidindo apenas sobre o primeiro dos referidos períodos, isto é, aquele que decorreu entre 1958 e 1975.

Este período corresponde ao da realização de 25 Cursos de Formação de Oficiais da Reserva Naval, levados a efeito na Escola Naval e completados noutras Escolas e Unidades da Armada, durante os quais foram preparados 1.712 Oficiais que serviram a Marinha numa conturbada fase da nossa vida colectiva.

Muitos desse Oficiais comandaram Navios da República Portuguesa nas águas do Atlântico e do Índico, navegaram no remoto Lago Niassa e na complexa teia fluvial que são os rios da Guiné, venceram as correntes do rio Zaire e suportaram as tormentosas monções do Canal de Moçambique, não tendo estado ausentes de importantes operações navais levadas a efeito noutras áreas.

Muitos, também, palmilharam grandes extensões das chanas, bolanhas e matas africanas com os seus Destacamentos e Companhias de Fuzileiros, actuando nas mais adversas condições e suportando constantes flagelações e terríveis emboscadas conduzidas por experientes e bem armados guerrilheiros.

No Mar ou em Terra, frequentemente afastados dos seus interesse mais directos e até isolados em longas comissões, os Oficiais da Reserva Naval integraram-se na melhor e mais viva das nossas tradições navais, dominado dificuldades, contingências e mesmo adversidades, nos teatros de guerra africanos.

Mas nem só a vertente operacional, designadamente nos cenários ultramarinos, ocupou e distinguiu estes Oficiais. A sua elevada preparação técnica e académica traduziu-se num enriquecimento global da Marinha, com especial destaque para as áreas do ensino, da investigação e da gestão, onde o seu contributo em termos de conhecimento e inovação foi relevante e justamente reconhecido.

A passagem dos Oficiais da Reserva Naval pela Marinha constituiu um significativo acréscimo técnico, cultural e humano para a instituição naval e para os seus membros, mas seguramente que constituiu também uma acrescentada valorização daqueles que, embora transitoriamente, vestiram a farda do botão de âncora.

Este "Anuário da Reserva Naval" pretende reavivar na memória de cada um dos 1.712 Oficiais que nele constam, a sua aventura marinheira e, evocar no seio da própria Marinha, a enriquecedora experiência do privilegiado convívio que com eles houve em tantos mares, rios, navios, quartéis, gabinetes e escolas.

Aos quantos, sempre muitos, que já não podem ler este modesto trabalho, prestamos a nossa sincera homenagem, relembrando particularmente um companheiro e amigo: Adelino Amaro da Costa, 2.º Tenente RN e antigo Ministro da Defesa Nacional.

Os Autores..."


In "Anuário da Reserva Naval 1958-1975"




Ficha Técnica:

• Autor/Edição: A. B. Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado
• Local/Ano de Publicação: Lisboa, 1992
• Tiragem: 2.000 exs
• Depósito Legal: 53275/92
• ISBN 972-759-0-8
• Preço (à época): 10,00 € (acrescido de portes de correio caso fosse o meio de entrega)

Índice

Parte I - A Reserva Naval
• Criação e Evolução Regulamentar
• Breve Análise dos CFORN
• Depoimentos
• 1958-1975

Parte II - Os 1.712 Oficiais da reserva Naval

Parte III - Informações Adicionais
• Síntese da principal legislação relativa à Reserva Naval
• Directiva para o funcionamento dos cursos de formação de oficiais da reserva naval de 1966 e para a prestação de serviço dos reservistas que frequentarem esses cursos
• Comandantes da Escola Naval entre 1958 e 1975
• Directores dos CFORN (de acordo com o art.º 6 da Portaria n.º 16.714 de 27.5.58
• Directores dos CFORN (de acordo com a Portaria n.º 64/73 de 1.2.73)
• Curriculum escolar-padrão dos CFORN
• O prémio "Reserva Naval"
• Navios da Armada Portuguesa em 31 de Dezembro de 1973
• Oficiais RN que ingressaram no QP dos Oficiais da Armada
• Oficiais RN licenciados por invalidez resultante de acções em campanha
• Oficiais RN falecidos durante a sua prestação de serviço
• Siglas e abreviaturas utilizadas




mls