(Post reformulado a partir de outros já publicados em 14 de Setembro de 2012)
"Anuário da Reserva Naval 1976/1992 - "Apresentação e Introdução
Dedicatória:
"A todos os Oficiais da Reserva Naval que, ao longo de mais de três décadas ao serviço da Marinha de Guerra Portuguesa, honraram e dignificaram a Pátria e a Instituição"
Prefácio:
Contra-Almirante José Luis Ferreira Leiria Pinto.
..."Introdução e Evolução dos Cursos
É decorrido mais de meio século sobre o nascimento da Reserva Naval da Marinha de Guerra, em 1958, formando 1.712 oficiais daquela classe, distribuída por 25 cursos até ao ano de 1975, com tão activa como significativa participação nos conflitos em África.
Ainda que “O Anuário da Reserva Naval, 1958–1975”, da autoria dos Comandantes Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, tenha assumido justamente a figura de bíblia da Reserva Naval, justificava-se um maior empenhamento individual e colectivo, incluindo o da Instituição, na preservação da memória histórica daquele período.
Não tem sido assim e pecam por escassas ou limitadas as abordagens pessoais e institucionais a um período histórico que parece desejar-se ignorado. Aquela primeira geração de oficiais da Reserva Naval, tornados homens pelo tão imprevisto quanto obrigatório chamamento à participação numa Guerra do Ultramar em que desempenharam um complexo e diversificado tipo de funções, mostrou estar à altura das missões de que foi incumbida, ao serviço do País em que nasceram, cresceram e acreditaram.
Com o final da Guerra do Ultramar e o reconhecimento da independência dos novos Estados, a retirada dos territórios de Moçambique, Angola, S. Tomé e Príncipe, Guiné e Cabo Verde, condicionou fortemente a retracção do dispositivo naval, obrigando a Marinha ao redimensionamento imposto por novo espaço geográfico, com redefinição das suas vocações próprias e atribuição de prioridades operacionais específicas.
Os CFORN – Cursos de Formação de Oficiais da Reserva Naval, interrompidos durante o ano de 1975 em que não teve lugar qualquer incorporação, foram retomados em 1976. Até ao final do primeiro trimestre de 1992 completaram a formação mais 1.885 oficiais de várias classes, o que expressa um significativo aumento do número de admissões relativamente ao anterior período de 1958 a 1974, para um idêntico número de 16 anos decorridos.
Contrariamente ao que seria de esperar, e para suprir necessidades de formação, a Marinha continuou a recorrer ao exterior, em crescendo, sobretudo em áreas de marcada especialidade, socorrendo-se de diversas Universidades. Assim, durante aquele espaço temporal, foram realizados 78 CFORN, repartidos pelas Escola Naval e Escola de Fuzileiros, correspondendo aos 1.885 oficiais da Reserva Naval acima referidos.
Considerada a separação por classes, foram admitidos 414 cadetes da classe de Marinha, 11 cadetes da classe de Engenheiros Construtores Navais, 249 cadetes da classe de Médicos Navais, 11 cadetes da classe de Farmacêuticos Navais, 484 cadetes da classe de Especialistas, 50 cadetes da classe de Técnicos e 666 cadetes da classe de Fuzileiros.
O final do primeiro trimestre de 1992, tido como o final da Reserva Naval - que o não terá sido ainda efectivamente - representou um marco decorrente da aplicação definitiva da nova Lei do Serviço Militar 30/87 com as alterações subsequentes que a tornaram aplicável a partir de final de 1991.
As novas classificações de RV – Regime de Voluntariado e RC – Regime de Contrato, mais não foram que “máscaras” de uma antiga Reserva Naval modernizada e adaptada às circunstâncias exigidas.
Parece justo questionar o esquecimento a que está votado o período em que decorreu esta extensa e rica parcela da História da Marinha da segunda metade do século passado, considerando como limite oficial de existência da Reserva Naval o ano de 1992. Reserva Naval que integra, além da memória histórica dos 3.597 oficiais RN, também as das guarnições de inúmeras Unidades Navais e Serviços que com eles privaram e conviveram.
Este modesto contributo pretende lembrar todos os Oficiais da Reserva Naval que, ao longo de mais de três décadas, dignificaram e honraram a Marinha de Guerra Portuguesa.
Manuel Lema Santos
Notas:
– O critério utilizado para o ordenamento dos cadetes em cada curso foi o estabelecido pela Ordem da Armada, 1ª Série, onde constam por antiguidade.
– Os números de identificação informática (NII) e datas de nascimento foram obtidos, parcialmente, da Lista da Armada.
– Em 1978, a Lista da Armada deixou de registar as Unidades e/ou Serviços para onde eram destacados os oficiais, tendo sido encontradas bastantes lacunas e imprecisões.
– A partir de 1990, deixou também de figurar a classe da Reserva Naval.
– Do 1.º CFORN FZ 1988/89 não foi possível obter a maioria dos NII nem as datas de nascimento dos cadetes.
– A partir do 1.º CFORN FZ 1990/91, os NII foram obtidos através de registos cedidos pela Escola de Fuzileiros ou pela Escola Naval, não sendo possível, contudo, obter os das respectivas datas de nascimento.
In "Anuário da Reserva Naval 1976-1992"
Ficha Técnica:
• Autor: Manuel Lema Santos
• Edição: AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval
• Propriedade: Manuel Lema Santos/AORN
• Local/Ano de Publicação: Lisboa, 2011
• Tiragem: 1.000 exs
• Depósito Legal: 323356/11
• ISBN 978-989-20-2321-2
• Preço: 10,00 € (acrescido de portes de correio se for o meio de entrega)
Índice
• Prefácio
• Introdução e Evolução dos Cursos
• Evolução dos Cursos 1976-1992
• Síntese Legislativa
• Listagem dos CFORN
– Relação dos CFORN 1976-1992, Escola Naval
– Relação dos CFORN 1976-1992, Escola de Fuzileiros
– Os 1885 Oficiais da Reserva Naval 1976-1992
• Informações Adicionais
– Comandantes da Escola Naval
– Comandantes da Escola de Fuzileiros
– Directores de Instrução dos CFORN
– Prémios Reserva Naval
– Dispositivo Naval 1976-1992
• Bibliografia
"A todos os Oficiais da Reserva Naval que, ao longo de mais de três décadas ao serviço da Marinha de Guerra Portuguesa, honraram e dignificaram a Pátria e a Instituição"
Prefácio:
Contra-Almirante José Luis Ferreira Leiria Pinto.
..."Introdução e Evolução dos Cursos
É decorrido mais de meio século sobre o nascimento da Reserva Naval da Marinha de Guerra, em 1958, formando 1.712 oficiais daquela classe, distribuída por 25 cursos até ao ano de 1975, com tão activa como significativa participação nos conflitos em África.
Ainda que “O Anuário da Reserva Naval, 1958–1975”, da autoria dos Comandantes Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, tenha assumido justamente a figura de bíblia da Reserva Naval, justificava-se um maior empenhamento individual e colectivo, incluindo o da Instituição, na preservação da memória histórica daquele período.
Não tem sido assim e pecam por escassas ou limitadas as abordagens pessoais e institucionais a um período histórico que parece desejar-se ignorado. Aquela primeira geração de oficiais da Reserva Naval, tornados homens pelo tão imprevisto quanto obrigatório chamamento à participação numa Guerra do Ultramar em que desempenharam um complexo e diversificado tipo de funções, mostrou estar à altura das missões de que foi incumbida, ao serviço do País em que nasceram, cresceram e acreditaram.
Com o final da Guerra do Ultramar e o reconhecimento da independência dos novos Estados, a retirada dos territórios de Moçambique, Angola, S. Tomé e Príncipe, Guiné e Cabo Verde, condicionou fortemente a retracção do dispositivo naval, obrigando a Marinha ao redimensionamento imposto por novo espaço geográfico, com redefinição das suas vocações próprias e atribuição de prioridades operacionais específicas.
Os CFORN – Cursos de Formação de Oficiais da Reserva Naval, interrompidos durante o ano de 1975 em que não teve lugar qualquer incorporação, foram retomados em 1976. Até ao final do primeiro trimestre de 1992 completaram a formação mais 1.885 oficiais de várias classes, o que expressa um significativo aumento do número de admissões relativamente ao anterior período de 1958 a 1974, para um idêntico número de 16 anos decorridos.
Contrariamente ao que seria de esperar, e para suprir necessidades de formação, a Marinha continuou a recorrer ao exterior, em crescendo, sobretudo em áreas de marcada especialidade, socorrendo-se de diversas Universidades. Assim, durante aquele espaço temporal, foram realizados 78 CFORN, repartidos pelas Escola Naval e Escola de Fuzileiros, correspondendo aos 1.885 oficiais da Reserva Naval acima referidos.
Considerada a separação por classes, foram admitidos 414 cadetes da classe de Marinha, 11 cadetes da classe de Engenheiros Construtores Navais, 249 cadetes da classe de Médicos Navais, 11 cadetes da classe de Farmacêuticos Navais, 484 cadetes da classe de Especialistas, 50 cadetes da classe de Técnicos e 666 cadetes da classe de Fuzileiros.
O final do primeiro trimestre de 1992, tido como o final da Reserva Naval - que o não terá sido ainda efectivamente - representou um marco decorrente da aplicação definitiva da nova Lei do Serviço Militar 30/87 com as alterações subsequentes que a tornaram aplicável a partir de final de 1991.
As novas classificações de RV – Regime de Voluntariado e RC – Regime de Contrato, mais não foram que “máscaras” de uma antiga Reserva Naval modernizada e adaptada às circunstâncias exigidas.
Parece justo questionar o esquecimento a que está votado o período em que decorreu esta extensa e rica parcela da História da Marinha da segunda metade do século passado, considerando como limite oficial de existência da Reserva Naval o ano de 1992. Reserva Naval que integra, além da memória histórica dos 3.597 oficiais RN, também as das guarnições de inúmeras Unidades Navais e Serviços que com eles privaram e conviveram.
Este modesto contributo pretende lembrar todos os Oficiais da Reserva Naval que, ao longo de mais de três décadas, dignificaram e honraram a Marinha de Guerra Portuguesa.
Manuel Lema Santos
Notas:
– O critério utilizado para o ordenamento dos cadetes em cada curso foi o estabelecido pela Ordem da Armada, 1ª Série, onde constam por antiguidade.
– Os números de identificação informática (NII) e datas de nascimento foram obtidos, parcialmente, da Lista da Armada.
– Em 1978, a Lista da Armada deixou de registar as Unidades e/ou Serviços para onde eram destacados os oficiais, tendo sido encontradas bastantes lacunas e imprecisões.
– A partir de 1990, deixou também de figurar a classe da Reserva Naval.
– Do 1.º CFORN FZ 1988/89 não foi possível obter a maioria dos NII nem as datas de nascimento dos cadetes.
– A partir do 1.º CFORN FZ 1990/91, os NII foram obtidos através de registos cedidos pela Escola de Fuzileiros ou pela Escola Naval, não sendo possível, contudo, obter os das respectivas datas de nascimento.
In "Anuário da Reserva Naval 1976-1992"
Ficha Técnica:
• Autor: Manuel Lema Santos
• Edição: AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval
• Propriedade: Manuel Lema Santos/AORN
• Local/Ano de Publicação: Lisboa, 2011
• Tiragem: 1.000 exs
• Depósito Legal: 323356/11
• ISBN 978-989-20-2321-2
• Preço: 10,00 € (acrescido de portes de correio se for o meio de entrega)
Índice
• Prefácio
• Introdução e Evolução dos Cursos
• Evolução dos Cursos 1976-1992
• Síntese Legislativa
• Listagem dos CFORN
– Relação dos CFORN 1976-1992, Escola Naval
– Relação dos CFORN 1976-1992, Escola de Fuzileiros
– Os 1885 Oficiais da Reserva Naval 1976-1992
• Informações Adicionais
– Comandantes da Escola Naval
– Comandantes da Escola de Fuzileiros
– Directores de Instrução dos CFORN
– Prémios Reserva Naval
– Dispositivo Naval 1976-1992
• Bibliografia
Contactos para:
AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval
Fábrica Nacional da Cordoaria - Rua da Junqueira, 1300 – 342 LISBOA
Telef: 21 3626840 – Horário das 15:00 às 20:00
Secretariado:
Mª Antonieta Fonseca
Telefone: 21 3626840, horário das 15:00 às 20:00
Fax: 21 3626839
maria.antonieta@reservanaval.pt
aorn95@reservanaval.pt
AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval
Fábrica Nacional da Cordoaria - Rua da Junqueira, 1300 – 342 LISBOA
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Secretariado:
Mª Antonieta Fonseca
Telefone: 21 3626840, horário das 15:00 às 20:00
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