28 abril 2021

Guiné, 1970 - Operação Mar Verde, a maior e mais complexa acção na Guerra do Ultramar





Já de regresso à ilha de Soga, na proa da LFG "Dragão", em franco convívio, prisioneiros recém-libertados e elementos da guarnição daquele navio




Fontes:
Texto adaptado e já anteriormente publicado na revista n.º 18 da AORN-Associação dos Oficiais da Reserva Naval, Outubro de 2010; fotos agora cedidas cedidas ao autor do blogue por cortesia do CMG Luis Costa Correia, então 1.º Tenente e comandante da LDG «Montante» e do 2TEN RN João Manuel Nuno Vaz, então oficial imediato da LFG «Dragão», 13.º CFORN;




Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

24 abril 2021

Guiné 1974 - DFE 23, Destacamentos de Fuzileiros Especiais Africanos e Reserva Naval


DFE 23 - O terceiro Destacamento de Fuzileiros Especiais Africano da «Série 20»

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 28 de Abril de 2012/27 de Março de 2019)


Abaixo publicamos a constituição completa do DFE 23, o terceiro e último Destacamento de Fuzileiros Especiais Africano, incluindo Oficiais, Sargentos e Praças. Tal como anteriormente, admitimos a existência de gralhas já que, a ausência de documentação além da fonte utilizada que nos permitisse a verificação dos nomes, um a um, impossibilitou esta confirmação.

Foi activado em 1 de Julho e desactivado a 25 de Agosto de 1974, tal como as restantes Unidades de Fuzileiros Africanos instalados em Bolama. Foi nomeado seu comandante o 1TEN FZE António José Carreiro e Silva

No seu curto tempo de existência, os 4 Oficiais que o integraram, pertenceram todos à Reserva Naval incluindo o comandante, já depois de ter ingressado nos Quadros Permanentes. De notar que não consta a integração de Sargentos e Praças metropolitanos. Não chegou a intervir operacionalmente.








Ver também:





Fontes:

Fotos do arquivo pessoal do autor do blogue, cedência do Arquivo de Marinha; Fuzileiros - Factos e Feitos na Guerra de África - Guiné de Luis Sanches Baêna, 2006;

mls

23 abril 2021

Guiné 1971/1974 - DFE 22, Destacamento de Fuzileiros Especiais Africanos e Reserva Naval


DFE 22 - O segundo Destacamento de Fuzileiros Especiais da «Série 20»

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 26 de Abril de 2012/25 de Março de 2019)


Abaixo publicamos a constituição completa do DFE 22, o segundo Destacamento de Fuzileiros Especiais Africano, incluindo Oficiais, Sargentos e Praças.

Tal como anteriormente, admitimos a existência de gralhas já que, a ausência de documentação além da fonte utilizada que nos permitisse a verificação dos nomes, um a um, impossibilitou esta confirmação.

Foi activado em Novembro de 1971, depois de os militares que o integraram terem efectuado o Juramento de Bandeira, em 5 de Outubro, no Centro de Preparação de Bolama.

Foi nomeado seu comandante o 1TEN FZE Alberto Rebordão de Brito e a Unidade foi inicialmente dividida em dois Grupos de Assalto, tendo um ficado sedeado no aquartelamento de Buba e o outro em Bolama, com a missão de fiscalizar e patrulhar o rio Grande de Buba, canal de Bolama e seus afluentes, dispondo de uma faixa ribeirinha de intervenção.

Ficou atribuído, a título experimental ao Comando de Defesa Marítima da Guiné.

Ao longo dos seus quase três anos de existência, dos 12 Oficiais que o integraram, 11 pertenceram à Reserva Naval/Reserva Marítima incluindo dois dos três comandantes, já depois de terem ingressado nos Quadros Permanentes onde, mais tarde, vieram a inscrever-se mais três oficiais da Reserva Naval.

O único oficial originariamente dos Quadros Permanentes, da classe de Administração Naval, foi também um dos comandantes do Destacamento.









Ver também:




Fontes:

Fotos do arquivo pessoal do autor do blogue, cedência do Arquivo de Marinha; Fuzileiros - Factos e Feitos na Guerra de África - Guiné de Luis Sanches Baêna, 2006;

mls

22 abril 2021

Guiné 1970, DFE 21 - Destacamentos de Fuzileiros Especiais Africanos e Reserva Naval


DFE 21 - O primeiro Destacamento de Fuzileiros Especiais da «Série 20»

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 25 de Abril de 2012/23 de Março de 2019)

Abaixo publicamos a constituição completa do DFE 21, o primeiro Destacamento de Fuzileiros Especiais Africano, incluindo Oficiais, Sargentos e Praças. Admitimos a existência de gralhas e a ausência de documentação, além da fonte utilizada, que nos permitisse a verificação dos nomes, um a um, impossibilitou esta confirmação.

Activado em 21 de Abril de 1970, foi desactivado em 25 de Agosto de 1974. Ao longo dos seus mais de quatro anos de existência, dos 14 Oficiais que o integraram, 12 pertenceram à Reserva Naval incluindo os Comandantes, já depois de terem ingressado nos Quadros Permanentes.

Os restantes dois, igualmente do mesmo Quadro, desempenharam as funções de Oficiais Imediatos sendo que, os outros dois oficiais da Reserva Naval que desempenharam funções idênticas vieram, mais tarde, a pertencer também aos Quadros Permanentes.

Nas próximas publicações seguiremos a mesma filosofia relativamente aos outros dois DFE Africanos, os DFE 22 e DFE 23, após o que efectuaremos um curto resumo possível da acção destas unidades no teatro da Guiné com a inserção de alguns registos fotográficos.








Fontes:

Fotos do arquivo pessoal do autor do blogue, cedência do Arquivo de Marinha; Fuzileiros - Factos e Feitos na Guerra de África - Guiné de Luis Sanches Baêna, 2006;

mls

18 abril 2021

Estatuto do Antigo Combatente - Boletim Informativo


Emitido pelo Gabinete da Secretária de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes
Avenida Ilha da Madeira, 1 • 1404-204 Lisboa, Portugal

Tel: +351 21 303 45 00 • email: gabinete.senha@mdn.gov.pt.www.portugal.gov.pt



Nota pessoal: Existem apenas «Antigos Combatentes» tal como legislado pela Lei 46/2020, 2020-08-20 - DRE que aprova o Estatuto de Antigo Combatente e nunca a expressão depreciativa e subalternizante de "ex-combatentes" indevidamente utilizada em muitos textos publicados, incluindo alguns da comunicação social.

Fontes:
Circular n.º 12 de 20210415 da Liga dos Combatentes em https://www.ligacombatentes.org.pt/


mls

12 abril 2021

1967, SCUT's na Guiné?....nem por isso!


Guiné, 1967 - Humor puro, sem custos para o utilizador!

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 4 de Setembro de 2011/30 de Agosto de 2018)





Com a LFP «Deneb» amarrada ao tarrafo, no sul da Guiné, Mestre e outro elemento da guarnição da lancha parecem conferenciar sobre que caminho seguirem para aportarem a Lisboa.

Afinal, 3.200 quilómetros ou dois anos de distância do final da comissão, nada representavam na época e a eficaz sinalização, em galho apropriado, ajudava muito na manutenção de um bom humor criativo.

Já ao tempo, durante o percurso efectuado na demanda de barras das autoestradas da Marinha, rios ou bacias hidrográfivas diga-se, as portagens não eram tão virtuais quanto isso.

Frequentemente, em cabinas bem posicionadas nos rios Cacheu, Mansoa, Geba, Grande de Buba, Tombali, Cobade, Cumbijã ou Cacine, esperavam-nos os portageiros do PAIGC.

Todos estas vias rápidas da Marinha, teriam agora de ser historicamente requalificadas de A’s ou IC’s da Guiné. Seriam a A_Cacine, a A_ Cacheu, o IC_Cobade ou o IC_Armada e por aí fora.

Havia que pagar um preço, muitas vezes elevado para o estado de conservação das vias e a forma como os utentes habituais eram tratados. O pouco simpático comportamento dos colaboradores da empresa concessionária, o PAIGC, aliado à ausência de diálogo redundava sempre em fuga ao pagamento com altercações violentas.

Na sequência das perseguições policiais de resultados imprevisíveis o pagamento era efectuado em unidades de 20 mm, 40 mm ou outras moedas correntes na época, dependendo das viaturas.

Quase sempre com troco de volta.

Ao tempo em por lá vagueei, não me recordo da existência de qualquer fac simile de SCUT na Guiné.

Nenhum dos três Ramos estava isento e, em terra, o tratamento das vias era mesmo especialmente esmerado para causar estragos aos utilizadores.




Fontes:
Texto do autor do blogue com foto amavelmente cedida por Victor Silva, pertencente à guarnição da LFP «Deneb»;


mls

08 abril 2021

Fragata «Dom Fernando II e Glória» - Entrevista ao Director do Museu de Marinha


Lisboa, Cais de Alcântara, 13 Setembro 2004
Entrevista ao CMG Adriano Beça Gil, Director do Museu de Marinha
Jornalista Raquel Santos de "Entre Nós"
(RTP Arquivos)


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 9 de Dezembro de 2019)

Numa visita conduzida pelo CMG Guerreiro Brou, Comandante da Fragata, é relatada a história daquele navio-museu, então atracada em Alcântara, com explicações simples do interior e exterior da «Dom Fernando II e Glória».

A visita é intercalada com planos diversos do convés, cobertas, escaler, lancha, cabrestante e agulha magnética. Destaque para as suas peças, diversos equipamentos e também uma breve explicação das funções desempenhadas pelo pessoal.

Utilidade museológica do navio que consiste essencialmenten na exposição ao turismo.



Fontes: Foto de arquivo do autor do blogue por especial cortesia do Museu de Marinha; texto e filme partilhados a partir de «RTP Arquivos» em https://arquivos.rtp.pt/conteudos/fragata-d-fernando-ii-e-gloria/

mls

05 abril 2021

Guiné, 1967 – LFP «Deneb», P 365


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 9 de Dezembro de 2011/7 de Dezembro de 2018)


Retalhos fotográficos da vida na LFP «Deneb», P 365




Em cima, a LFP «Deneb» amarrada ao tarrafo e, em baixo, foto de família à proa, junto do conjunto da peça Oerlikon 20 mmm e do lança-foguetes de 37 mm




No decorrer da vida operacional das Lanchas de Fiscalização Pequenas – LFP, tal como na das outras unidades navais, competia-lhes o cumprimento de missões pré-estabelecidas que incluiam, no início dos anos 60', operações ou cruzeiros de vários dias, mais marcadamente no sul do território.

Alternavam entre momentos de pacífica fiscalização e patrulha, sem grandes sobressaltos e com tempos de laser ou convívio possíveis, com momentos de grande tensão em que, rapidamente, se tinha de trocar a cana de pesca pela MG 42, a guitarra pelo lança-foguetes de 37 mm e a descontracção pelo eficaz desempenho no posto que a cada um competia.




Na LFP «Deneb», tempo de laser com crocodilos e tubarões com recurso ao turco de uma
LFG - Lancha de Fiscalização Grande, a que está atracada, para suspender o "peixe".



Dependia muito dos locais onde estavam destinadas as missões e a disposição peculiar de um inimigo que procurava sempre a surpresa como grande auxiliar nos ataques ou emboscadas, muitas vezes ardilosamente montados.

Ainda que em alguns locais dos rios Cacheu, Cobade, Cumbijã e Cacine as condições proporcionassem situações de vantagem aparentes para este tipo de acções de emboscada, as unidades navais reagiam quase sempre de imediato, com a experiência adquirida e no estado de prontidão aconselhado para cada situação.




Tempo musical, mascotes, caixas de batata portuguesa e mais tarrafo



Ao longo dos 12 anos de conflito naquele território, a LFP «Deneb» foi apenas uma das oito lanchas da classe «Bellatrix» atribuídas ao Comando de Defesa Marítima da Guiné.

Neste caso específico, foi sempre comandada por oficiais da Reserva Naval em todo o tempo de vida em que se manteve ao serviço da Marinha. Todas estas unidades navais já aqui foram descritas pormenorizadamente ao longo do tempo.

Sem qualquer preocupação de encadeamento de factos ou acontecimentos e na ausência de enquadramento adequado aqui se inserem interessantes registos fotográficos supostamente referentes ao ano de 1967, cedidos amavelmente por um dos elementos da guarnição da lancha cuja atenção aqui agradecemos.





Em cima, atracadas na asa esquerda da ponte-cais de Bissau: LFP «Deneb» - P 365,
LFP «Canopus» - P 364, LFG «Sagitário» - P 1131, LFG «Cassiopeia» - P373 e uma outra LFG.
Em baixo, o NM «Uíge» fundeado ao largo de Bissau






Fontes:
Texto do autor do blogue; imagens cedidas gentilmente por Victor Silva, elemento da guarnição da LFP «Deneb» em 1967;


mls