22 dezembro 2017

Angola, LFP «Algol» - P 1138


Os Oficiais da Reserva Naval na LFP «Algol» - P 1138

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 8 de Novembro de 2010)




A LFP «Algol» a navegar no rio Tejo, antes de ir para Angola


Características:

Deslocamento máximo: 24.2 t
Comprimento de fora a fora: 15.10 m
Boca: 4.00 m
Calado: 0.70 m
Velocidade máxima: 10 nós
Velocidade de cruzeiro: 8 nós

Armamento:

2 metralhadoras MG 42 de 7.62 mm

Lotação:

7 elementos (1 oficial, 1 sargento e 5 praças)

Construída nos estaleiros navais da Argibay, em Alverca, foi aumentada ao efectivo dos navios da Armada em 23 de Outubro de 1964. Seguiu para Angola em 14 de Novembro do mesmo ano a bordo do NM “Ganda” e desembarcou em Luanda em 3 de Dezembro.

Durante todo o período em que esteve operacional foram comandantes da LFP «Algol» os seguintes oficiais:

Reserva Naval:

2TEN RN António Manuel de Sousa de Almeida Mendes, 6.º CEORN, 23Out64/04Ago65;
2TEN RN José Manuel Neto Domingues, 8.º CEORN, 12Dez66/28Jan67;
2TEN RN António de Almeida Correia de Sá, 7.º CEORN, 28Jan67/12Mar68;
2TEN RN José António Silva Ramos, 10.º CFORN, 12Mar68/26Nov69;
2TEN RN Jaime Saraiva Canto Moreira, 14.º CFORN, 26Nov69/25Set71;

Quadros Permanentes:

2TEN Nelson dos Santos Ventura Trindade - 04AGO65/12DEZ66

Foi uma lancha com pouca intervenção de natureza operacional. Serviu essencialmente no rio Quanza e na costa angolana nas proximidades de Luanda. Entre 8 de Junho de 1967 e 15 de Março de 1971 esteve atribuída à Missão Hidrográfica de Angola.

Em 1 de Setembro de 1971 passou ao estado de desarmamento e em 28 de Setembro de 1972 foi abatida ao efectivo dos navios da Armada.

Foi navio único na classe a que deu o nome.


Fontes:
Texto compilado pelo autor a partir de "Dicionário de Navios", Adelino Rodrigues da Costa, Edições Culturais da Marinha – 2006; Setenta e Cinco Anos no Mar, Lanchas de Fiscalização Pequenas (LFP), 16º VOL, 2005; Anuário da Reserva Naval, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, 1992, Lisboa;


mls

14 dezembro 2017

Reserva Naval e Liceu Normal de Pedro Nunes, turma B, 5.º ano, 1952 - Comemoração aos 75 anos de idade da maioria dos alunos daquela turma


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 1 de Abril de 2012)


Ontem, ano de 2017, agora aos 75 anos de idade, a mesma turma...




Aos 75 anos de idade - a já mítica Turma B do 5.º Ano dp «Lyceu Central de Pedro Nunes», num almoço convívio de Natal onde, dos nove elementos referidos como tendo passado pela Marinha - Quadros Permanentes ou Reserva Naval, estiveram presentes seis deles



Em cima, 1928, o «Lyceu Central de Pedro Nunes» na Avenida Álvares Cabral
depois de transferido da Lapa e, em baixo, anos depois,
a escadaria com o painel de azulejos de Liceu Normal de Pedro Nunes





Por muito estranha que pareça esta correlação, tem todo o sentido para alguns oficiais da Reserva Naval que nasceram no ano da graça de 1942. E não só, porque extrapolando este raciocínio para cada ano anterior ou posterior serão muitos mais, até ao limite de 1.712, totalidade dos oficiais dos 25 cursos havidos na Escola Naval entre 1958 e 1975.

Como o oficial da Reserva Naval mais antigo na idade, do 1.º CEORN, nasceu em 1932 e o equivalente mais moderno, igualmente na idade, do 25.º CFORN, nasceu em 1952, desde 2002 que existem e irão continuar a ser mencionados, anualmente e até 2022, oficiais da Reserva Naval, agora com 75 anos.

Do total dos 1.712 garbosos cadetes, 135 nasceram naquele ano de 1942, distribuindo-se entre o 6.º CEORN com 5 elementos e o 20.º CFORN com 1 elemento. Especial incidência nos 8.º CEORN, 9.º CFORN e 11.º CFORN, respectivamente com 22, 25 e 28 elementos.

Fora desta lógica consertada encontra-se o 10.º CFORN que apenas teve 9 elementos com esse ano de nascimento, talvez por se tratar de um curso bastante mais reduzido com 38 cadetes alistados, contra os 68, 69 e 75 dos cursos mais acima referidos.

Compreensível concentração se atendermos a que nos idos anos 66, 67 e 68, a maioria desses Companheiros e Camaradas de jornada, completavam 24 a 26 anos e, portanto, encontrar-se-iam em fase de conclusão ou teriam mesmo concluído os seus estudos universitários.

O cumprimento do Serviço Militar Obrigatório era um horizonte inevitável e a Guerra do Ultramar aguardava a grande maioria. Sendo opção própria a escolha da Armada como Ramo das FAs para o desempenho de mais essa etapa, foi acima de tudo a própria Instituição que seleccionou entre todos os que a ela concorreram, contrariamente a boatos menos inocentes.

Tal como em muitas outras efemérides que comemoram este ano 75 anos, também aquela rapaziada completa os mesmos percorridos anos de idade, ao serviço da portuguesa cidadania. Com a acrescida mais-valia de terem servido na Marinha de Guerra Portuguesa - Quadros Permanentes ou Reserva Naval ou, apenas num caso específico, na Marinha Alemã.

Porquê a abordagem ao Liceu Normal de Pedro Nunes?

Depois de um percurso no ensino primário ou equivalente que a todos tocou surge, para parte deles, no percurso desse rumo de sete décadas e meia percorridas, o Liceu Normal de Pedro Nunes. Certamente terá sucedido idêntica situação para qualquer outro aluno com qualquer Liceu diferente. Para aquele fluiam, especificamente, estudantes de bairros tão heterogéneos como Campo de Ourique, Estrela, Lapa, Rato, S. Bento e de vários outros locais.

Naquele liceu, 1952 foi o primeiro ano de entrada de uma certa turma, comum até ao quinto ano, considerada agora pelos que a integraram o já carismático 5.º B do Liceu Normal Pedro Nunes. De forma permanente e sistemática, mantêm entre todos uma saudável relação de convívio num almoço mensal.

Reunem-se os que o entendem e podem estar presentes, recordando liceu, mestres, pessoal auxiliar e colegas. Comentam-se gagues humorísticos, tiques de professores, cenas de bairro, jogos de matraquilhos, cinema em sessões contínuas e tantos outros relatos mais possíveis.

Notável o espírito de todos os que mantêm viva esta chama de amizade e companheirismo que, de alguma forma, se estende também pelo Mar, uma vez que o registo fotográfico do conjunto dos elementos da turma que agora se exibe, integra nove Companheiros mas também Camaradas que passaram pela Marinha/Reserva Naval ou mesmo Marinha Alemã.




A Turma B, 5.º Ano, Liceu Normal de Pedro Nunes onde, além da maioria dos elementos da turma, figura também o Professor Pequito da disciplina de Inglês que, mais tarde, foi também Reitor do Liceu de Bissau.

Assinalados:

1 - Manuel França e Silva, 9.º CFORN;
2 - Mário Orlando Bernardo, 9.º CFORN;
3 - Manuel Serpa Leitão, QPs;
4 - Martinho Pereira Coutinho, 8.º CEORN;
5 - Rui Moura da Silva, 12.º CFORN;
6 - Luis Mota e Silva, QPs;
7 - Fernando Martins Varandas, 7.º CEORN;
8 - Manuel Lema Santos, 8.º CEORN;
9 - Heinz Bach, Marinha Alemã;

Imperioso que se transmita que as considerações feitas para o ano de 1942, desfasadas no calendário do tempo para montante ou para juzante, se aplicam a qualquer outro ano, turma, grupo ou estabelecimento de ensino, de forma mais ou menos marcada e equivalente.

Certamente, parte da herança de uma geração completa na qual, convenhamos, 75 anos sempre representam umas respeitáveis setenta experiências anuais vividas, agora acrescidas de outras 5. Afinal, foi também a minha turma do Liceu Normal de Pedro Nunes.

Neste já não muito curto trajecto de vida, quis o destino que alguns, sempre demasiados, fossem tolhidos precocemente pelo embarque último.

Lembrá-los-emos sempre.




Fontes:
Anuário da Reserva Naval, 1958-1975, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; texto e imagens do autor do blogue; imagem publicada de Martinho Pereira Coutinho;


mls

11 dezembro 2017

Guiné - Navegação de Cabotagem e Batelões


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 26 de Agosto de 2010)

Poucos militares que cumpriram missões na Guiné, especialmente da Marinha, terão esquecido totalmente um sem número de embarcações à vela, com motor ou simples batelões, que integravam a navegação de cabotagem na Guiné.

Numa passagem, em toda a extensão da avenida marginal entre a ponte-cais em T e as Instalações Navais de Bissau – INAB, fácil era visualizá-las com silhuetas variadas, atracadas ou amarradas à bóia, em faina de carga ou descarga entre o cais e o Pijiguiti.




Na sua maioria, salvo algumas excepções, eram propriedade de armadores que se identificavam com as principais casas comerciais que efectuavam os transportes de pessoas e bens entre portos daquele território numa complexa logística indispensável à vida económica daquele teatro.

António Silva Gouveia, Barbosas & Comandita, Fernando S. Correia, Sociedade Comercial Ultramarina são nomes que ficaram ligados não só ao comércio da Guiné em geral mas também às lojas de venda a retalho, em Bissau e noutras localidades, em que populações e militares se abasteciam regularmente.




Angola, Binta, Bigene, Cacheu, Cacine, Correia, Gouveia, Guadiana, Portugal, Rio Tua, Sta Comba, são alguns dos nomes entre muitos outros de embarcações que se inscreveram na história da guerra da Guiné, parte integrante da responsabilidade da Marinha no garante do apoio à logística global daquele território.

Os registos (oficiais) ressalvam, em escrita a encarnado, as embarcações que de que os “terroristas” se apoderaram assim como algumas fotografias em falta no registo.

Assim se publicam as fotos existentes da maioria das embarcações e daremos conta de algumas das acções da Marinha bem sucedidas. Evitaram a utilização continuada de algumas de que o inimigo de então se apoderou.




Em cima, «Angola», «Barreiros», «Bico» e «Bigene»; em baixo, «Bihé», «Binta»,
«Cabo São Vicente» e «Cacheu»





Cada imagem de embarcação ou batelão encerra, em si própria, uma história diferente de todas as outras. Um desfilar de factos diferenciados de cada um dos outros, personalizado em diferentes situações vividas, nas missões que lhes foram atribuídas pelos proprietários e armadores, ao serviço de uma logística dura e repetitiva.

Tarefa insubstituível numa economia pobre, maioritariamente dependente do abastecimento de produtos vindos do exterior e do retorno, pela exportação, dos excedentes de uma produção agrícola limitada ao arroz, mancarra (amendoim), óleo de palma e coconote.




Em cima, «Cacine», «Calequisse», «Canchungo» e «Chegado»; em baixo, «Corneille», «Correia I»,
«Correia II» e «Douro»




Alguns produtos agrícolas de subsistência como a mandioca, batata-doce, banana, feijão, milho, laranja e manga, outros de pecuária como gado bovino, caprino e suíno, e a exploração de alguns tipos de madeiras, completavam a actividade económica.




«Damasco» e «Monte Murtosa»

Toda a população do litoral, bem como a que se fixava na margem dos rios se dedicava à pesca. Os cursos de água e as bacias hidrográficas possuíam abundantes recursos piscatórios, com centros em Bissau, Bolama, Cacheu e nos Bijagós. Embora dispondo de uma frota pesqueira artesanal garantiam o regular abastecimento das populações.



Em cima, "Evangelista", "Farim", "Gaivota" e "Geba"; em baixo, "Guadiana", "Gouveia 15",
"Gouveia 16" e "Gouveia 17".



As licenças para a pesca artesanal, atribuídas com regulamentação própria e definindo áreas de permissão, foram sempre fiscalizadas pelas unidades navais da Marinha de Guerra conforme os locais por onde, aleatoriamente, navegavam e patrulhavam, repartidas pelas diferentes missões atribuídas naquela província.

A quase totalidade dos transportes marítimos logísticos de abastecimento e escoamento de produtos, entre portos, foi sempre organizado pelo Comando de Defesa Marítima da Guiné com o apoio da Esquadrilha de Lanchas que procedia ao seu enquadramento, numa planificação que tinha em conta necessidades, prioridades, locais, horários das marés e unidades a utilizar em função da avaliação dos riscos corridos quanto a emboscadas e ataques possíveis do inimigo.




Em cima, «Lisboa», «Mansoa», «Maria Augusta» e «Maria Gorete»; em baixo, «Minho», «Mondego»,
«Murtosa» e «Pardelhas»




Por norma, eram organizados combóios com uma ou várias embarcações e batelões, invariavelmente apoiadas por LDM reforçadas por Fuzileiros de Companhias ou Destacamentos.

Estes combóios eram normalmente comandados por oficiais subalternos dos Quadros Permanentes ou da Reserva Naval e, em zonas de risco considerado acrescido, a escolta era reforçada por uma LFP ou mesmo ainda por uma LFG. Quando julgado necessário era solicitado apoio aéreo em alguns troços do percurso a efectuar.




Em cima, «Pecixe», «Portuense», «Portugal» e «Rajá»; em baixo, «Regina Maria», «Rio Douro»,
«Rio Tua» e «Sado»




Os rios Cacheu e Cumbijã foram paradigmáticos em situações de combate desencadeadas por um PAIGC agressivo que, de forma sistemática, emboscava e flagelava embarcações comerciais e unidades navais sempre que possível, obrigando a mobilizar meios e criando a noção de insegurança permanente nas guarnições dos transportes efectuados.

Na memória de cada elemento das tripulações das embarcações listadas, elemento da população ou militar do exército transportado, militar da FAP que tenha efectuado apoios aéreos e das guarnições das unidades navais que as escoltaram ou ainda fuzileiros que tenham integrado essa escoltas, haverá episódios marcantes, outros bizarros e alguns dramáticos.




Em cima, «Sagres», «Sta Comba», «Sta Maria» e «Tagus»; em baixo, «Tejo», «Torreira»,
«Uracane» e «Vencedor»




Deslumbramento pelos percursos efectuados, convívios e vivências únicas havidas, mas também o sofrimento ou a morte que chegou das margens, sem destinatário definido mas sempre com o mesmo remetente.

Fácil será a cada um perder-se na repetida leitura da listagem das embarcações, recordando algumas das escoltadas em missões isoladas sem qualquer outra ligação e os nomes de outras desfilarem sem nenhum facto especialmente significativo lembrarem.




«Vouga» e «BZé Carlos»

Muitas delas, como para as unidades navais, foram igualmente vítimas das emboscadas das margens. Sem danos de maior na maioria das vezes, atingidas algumas e gravemente danificadas outras, com feridos e perdas de vidas.

Na sua maioria, também elas tiveram um quinhão na guerra da Guiné. Recordo especialmente o Guadiana.




Fontes:
Texto do autor do blogue com fotos originais do Arquivo da Marinha, digitalizadas e adaptadas pelo autor;


mls

05 dezembro 2017

Angola, LFP «Altair» - P 377


Os Oficiais da Reserva Naval na LFP "Altair" - P 377

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 30 de Outubro de 2010)




A LFP «Altair» atracada em Santo António do Zaire


Construída nos estaleiros alemães Bayerische Shiffbaugesellschaft mbH, em Erlenbach/Main foi aumentada ao efectivo dos navios da Armada no dia 13 de Janeiro de 1962, depois de ter seguido para Angola a bordo do NM »Alcobaça».

Foi depois atribuída ao Comando da Defesa Marítima de S. Tomé e Princípe. Nas águas daquele arquipélago interveio regularmente em acções de patrulha e fiscalização, tomando parte activa nas campanhas hidrográficas conduzidas pelo NH «Carvalho Araújo», nos anos de 1963 e 1964.

Em finais de 1965 foi decidido reforçar o dispositivo naval no rio Zaire, pelo que foi integrada na Esquadrilha de Lanchas do Zaire. A partir de então, as suas principais missões consistiram na fiscalização do troço fronteiriço do rio Zaire e o apoio aos postos guarnecidos por fuzileiros, nomeadamente a Quissanga, Pedra do Feitiço, Puelo, Makala, Tridente e Noqui e, por vezes, acções de patrulha costeira.

Ao logo de cerca de 14 anos permaneceu em S.Tomé e Princípe e Angola, ora baseada em Santo António do Zaire ora em Luanda.

Durante todo o período em que esteve operacional foram comandantes da LFP «Altair» os seguintes oficiais:

Quadros Permanentes:

2TEN António Cipião Bessa da Cruz, 20Fev62/02Ago63;
2TEN Nelson dos Santos Ventura Trindade, 02Ago63/26Set65;
2TEN João Pedro Rodrigues da Conceição, 26Set65/29SET67
CTEN Mário Augusto Faria de Carvalho, 10Mai69/16Mai69 (a)

Reserva Naval:

2TEN RN Pedro Augusto Lynce de Faria, 9.º CFORN, 29Set67/03Ago68;
2TEN RN José Manuel de Magalhães Vieira de Sá, 11.º CFORN, 03Ago68/05Ago68;
2TEN RN José Manuel Rodrigues Caliço(a), 9.º CFORN, 05Ago68/05Set68;
2TEN RN Pedro Augusto Lynce de Faria, 9.º CFORN, 05Set68/20Mar69
2TEN RN João Maria Lacerda de Lemos Mexia, 12.º CFORN – 20MAR69/10MAI69
(a) ......
2TEN RN João Maria Lacerda de Lemos Mexia, 12.º CFORN, 16Mai69/29Out70;
2TEN RN Emílio Infante Pedroso, 16.º CFORN, 29Out70/25Out72;
2TEN RN Vitor António Morgado Ferreira Mota, 19.º CFORN, 25Out72/12Mai73;
2TEN RN Jorge Manuel de Moura Vieira Teles, 20.º CFORN, 12Mai73/25Out74;
2TEN RN António Borges Santos Silva, 23.º CFORN, 25Out74/30Set75;

(a) Em acumulação com o cargo de Comandante da Comandante da Esquadrilha de Lanchas, no impedimento por doença do comandante da LFP «Altair»;




A LFP «Altair» a navegar, toda a força a vante e atracada em Luanda;

Pertenceu à classe «Bellatrix» com características, máquinas propulsoras, equipamentos, armamento e lotação idênticas, não tendo contudo o lançador de foguetes de 37 mm.

Em 30 de Setembro de 1975 foi abatida ao efectivo dos navios da Armada e cedida ao Governo da República Popular de Angola. Segundo edições do Jane's Fighting Ships posteriores a 1976 ainda terá navegado com a bandeira da República Popular de Angola durante alguns anos.


Fontes:
"Dicionário de Navios", Adelino Rodrigues da Costa, Edições Culturais da Marinha – 2006; Setenta e Cinco Anos no Mar, Lanchas de Fiscalização Pequenas (LFP), 16º VOL, 2005; "Anuário da Reserva Naval 1958-1975", Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Texto e fotos de arquivo do autor do blogue In Revista da Armada n.º 263, Fevereiro 94;


mls

03 dezembro 2017

Angola, LFP «Rigel» - P 378


Os Oficiais da Reserva Naval na LFP «Rigel» - P 378

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 26 de Outubro de 2010)




A LFP "Rigel" navegando no rio Zaire


Construída nos estaleiros alemães Bayerische Shiffbaugesellschaft mbH, em Erlenbach/Main foi aumentada ao efectivo dos navios da Armada no dia 13 de Janeiro de 1962, data em chegou a Luanda a bordo do NM «Alcobaça».

No dia 21 de Fevereiro seguinte, no porto de Luanda, decorreu a cerimónia do respectivo armamento, juntamente com as LFP «Altair» e LFP «Regulus», que passaram a integrar a Esquadrilha de Lanchas do Zaire.

A fiscalização do troço fronteiriço do rio Zaire e o apoio aos postos guarnecidos por fuzileiros, nomeadamente a Quissanga, Pedra do Feitiço, Puelo, Makala, Tridente e Noqui, foram as suas principais missões. Durante cerca de 14 anos permaneceu em Angola, ora baseada em Santo António do Zaire ora em Luanda.

Durante todo o período em que esteve operacional foram comandantes da LFP «Rigel» os seguintes oficiais:

Quadros Permanentes:

2TEN João Manuel Velhinho Pereira Nobre de Carvalho, 20Fev62/28Jan64;


a Reserva Naval:

2TEN RN Vitor Manuel Elias Baptista, 5.º CEORN, 28Jan64/30Jul65;
2TEN RN António Manuel Baptista de Melo, 7.º CEORN, 30Jul65/17Mai67;
2TEN RN Rui Santos do Serro, 9.º CFORN, 17Mai67/19Jun67;
2TEN RN José Manuel Cálix Augusto, 9.º CFORN, 19Jun67/18Abr68;
2TEN RN Mário Alberto Alves de Oliveira Salgueiro, 9.º CEORN, 18Abr68/10Mai69;
2TEN RN João Crisósto Matos Alves Antunes, 13.º CFORN, 10Mai69/05Mai71;
2TEN RN António Manuel Cordeiro Sevinate Pinto, 17.º CFORN, 05Mai71/15Mai73;
2TEN RN Francisco Neves Gomes, 20.º CFORN, 15Mai73/29Out74;
2TEN RN António José de Oliveira Brás, 23.º CFORN, 29Out74/30Set75;




A LFP «Rigel» atracada em Santo António do Zaire e a navegar, quer no rio Zaire quer nos infindáveis braços e canais

Pertenceu à classe «Bellatrix» com características, máquinas propulsoras, equipamentos, armamento e lotação idênticas, não tendo contudo o lançador de foguetes de 37 mm.

Em 30 de Setembro de 1975 foi abatida ao efectivo dos navios da Armada e cedida ao Governo da República Popular de Angola. Segundo edições do Jane's Fighting Ships posteriores a 1976 ainda terá navegado com a bandeira da República Popular de Angola durante alguns anos.


Fontes:
"Dicionário de Navios", Adelino Rodrigues da Costa, Edições Culturais da Marinha – 2006; Setenta e Cinco Anos no Mar, Lanchas de Fiscalização Pequenas (LFP), 16º VOL, 2005; "Anuário da Reserva Naval 1958-1975", Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Texto e fotos de arquivo do autor do blogue;Revista da Armada;


mls

26 novembro 2017

1970/71, A Marinha em Angola - Estação Radionaval Cabinda Zaire

Angola, de Luanda a Cabinda - Postos do rio Zaire

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 5 de Novembro de 2010)


No pequeno resumo filmado, no final desta publicação, o navio-patrulha «Mandovi» - P 1142, larga das Instalações Navais das Ilha do Cabo (INIC) em Luanda, rumo ao norte, a Cabinda.




É aproveitada a ocasião para efectuar uma visita virtual à Estação Radionaval de Luanda, salientando a importância daquela Estação na rede de comunicações do Comando Naval de Angola.

O rio Zaire, fronteira natural daquele território, com fortes correntes de 4 a 8 nós, foi sempre utilizado pelos terroristas para as infiltrações no território. Ao longo das 90 milhas de margem fronteiriça, coube à Marinha e aos Fuzileiros a fiscalização de margens e múltiplos canais com postos fixos na Quissanga, Pedra do Feitiço, Puelo, Makala, Tridente e Noqui.

Em Cabinda, uma outra unidade naval, de menor porte, a LFP «Rigel» – P 378, depois de embarcar uma força de fuzileiros e os respectivos botes de transporte, navega para montante daquele rio apoiando acções de fiscalização e patrulha dos fuzileiros nas “muilas”.

Mais tarde, no posto da Pedra do Feitiço, é efectuado o “rendez-vous” com outras unidades, as LDP 209 e LDP 213. Faz-se a habitual troca de correspondência, informações actualizadas e mensagens pessoais entre pessoal que é rendido por outros camaradas.

Depois visualiza-se o regresso do navio-patrulha «Mandovi» a Luanda, há um esclarecimento da importante missão de fiscalização e controlo da navegação mercante naquela zona, seguindo-se a faina de atracar ao cais das INIC – Instalações Navais da Ilha do Cabo.

São visíveis e identificáveis, entre outras unidades navais fundeadas ou acostadas, o navio-patrulha «Cunene» - P 1141 e a fragata «Comandante Roberto Ivens» - F 482.




A presença deste último navio permite balizar a realização desta peça filmada entre 07Dez70 e 29Out71, correspondente a uma, de três comissões, daquela unidade naval em Angola. A segunda comissão teve lugar de 12Jan74 a 02Mai74 e a terceira de 03Set75 a 10Nov75, parecendo fora de causa a credibilidade destes dois últimos espaços de tempo para a rodagem do filme.

Todas as outras unidades navais referidas e visualizadas, ali permaneciam no decorrer naquele período.

Foram muitos os oficiais da Reserva Naval que ali cumpriram as suas missões nessas e noutras Unidades Navais, Destacamentos ou Companhias de Fuzileiros de que a própria fragata «Comandante Roberto Ivens» poderia ser tomada como exemplo de presença naval. Era nessa altura comandada pelo CFR José Manuel Torres Grincho.

No decorrer do mesmo período, integrou a guarnição do navio-patrulha «Mandovi» comandado pelo 1TEN António Augusto Catarino Salgado, o 2TEN RN Álvaro Jaime Neves da Silva do 17.º CFORN.

Da mesma forma, pertenceram também à guarnição do navio-patrulha «Cunene» comandado pelos 1TEN Alexandre Daniel Cunha Reis Rodrigues, de 06Jun69/09Ago71 e 1TEN Francisco Isidoro Montes de Oliveira Monteiro, de 09Ago71/09Ago73, os 2TEN RN João Luis Gomes Durão do 14.º CFORN, 2TEN RN Rui Alberto Antunes Pais dos Santos do 17.º CFORN, e 2TEN RN José dos Remédios Dias Gonçalves do 18.º CFORN.

Comandaram a LFP «Rigel» de 10Mai69/05Mai71, o 2TEN RN João Crisóstomo Matos Alves Antunes do 13.º CFORN e, de 05Mai71/15Mai73, o 2TEN RN António Manuel Cordeiro Sevinate Pinto do 17.º CFORN.






Fontes:
Cópia de filme editado pelo autor ao blogue a partir de retalhos gentilmente cedidos pela Escola de Fuzileiros, a partir de película rodada, ao tempo, com a colaboração da Marinha; Fuzileiros-Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Angola, Luis Sanches de Baêna, Comissão Cultural de Marinha, 2006; Anuário da Reserva Naval, 1958-1975, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Setenta e Cinco Anos no Mar, Vols 10 e 16, Comissão Cultural de Marinha; Arquivo da Marinha; fotos de arquivo do autor cedidas pela Revista da Armada;


mls

03 novembro 2017

Guiné, 1966 - Exercícios de Fuzileiros II


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 28 de Julho de 2010, com imagens do filme legendadas)


O pequeno documentário filmado final ilustra um modelo de exercício de fuzileiros que quase se identifica com os de tantas operações efectuadas com os DFE-Destacamentos de Fuzileiros Especiais e LFG–Lanchas de Fiscalização Grandes.

Tinham lugar acções conjuntas em que à unidade naval cabia normalmente a missão de transporte até próximo do local da operação. Efectuado o transbordo para as LDM locais que procediam ao desembarque dos fuzileiros nos locais previstos, garantiam ainda escolta e apoio no local da operação quando e sempre que necessário.

Complementarmente, desempenhavam quase sempre as tarefas de centro de coordenação operacional ou mesmo de CTU (dependendo da antiguidade dos oficiais presentes). No final de cada operação, o regresso a Bissau à base naval fazia-se de modo idêntico, muitas vezes incluindo uma refeição quente ao pessoal envolvido na operação, confeccionada a bordo da LFG participante.






A preparação da operação no INAB – Instalações Navais de Bissau. A faina de carga dos botes de borracha e do equipamento no transporte que conduziria o Destacamento ao cais de embarque.






Passagem pela Avenida Marginal e cais do Pijiguiti






Chegada à ponte-cais da “Scania” transportando pessoal e equipamento






Na ponte-cais em T, várias LDM-Lanchas de Desembarque Médias amarradas de proa para o cais






No cais principal está atracada a fragata «Nuno Tristão»






Depois do embarque efectuado, a LFG «Cassiopeia» realiza a manobra de desacostagem do cais lateral, passando pela frente do cais principal






O Comandante da LFG “Cassiopeia”, 1TEN Pedro Manuel Barreira Pessoa Lopes, cumprimenta regulamentarmente o navio mais antigo, a fragata «Nuno Tristão»






Na ponte, aos comandos da máquinas, o 2Sarg ACM Feliz Santos Serra executa as instruções recebidas do comando






O 2Sarg A Vitor Clemente da Silva, também fiel de bordo, efectua uma rotina de verificação das peças Bofors de 40 mm com o pessoal artilheiro






Preparando os cunhetes de munições de 40 mm






Os helicópteros da FAP que participam da operação, em voo de apoio próximo






A LDM efectua a manobra de atracação à LFG para ser efectuado o transbordo






O Destacamento de Fuzileiros Especiais efectua o transbordo de pessoal, armamento e equipamento para a LDM





A LFG «Cassiopeia» mantém-se a pairar na zona onde decorre a operação






Início do desembarque






Depois do desembarque a acção dos fuzileiros já em terra





Fontes:
Filme editado e montado pelo autor do blogue a partir de cópia de filme gentilmente cedida pela Escola de Fuzileiros, originalmente filmada com a colaboração da Marinha; texto do autor;


mls

27 outubro 2017

Angola, 1967 - Marinha no rio Cuando, Parte II


Fuzileiros e Reserva Naval no rio Cuando - Angola, 1967

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 12 de Setembro de 2010)


Brindado com uma comissão de dois anos na Guiné nunca pisei solo angolano, nem como oficial da Marinha de Guerra, ao tempo da Reserva Naval, nem tão pouco como cidadão português, seja na perspectiva anterior seja na posterior ao final da Guerra do Ultramar, após a independência daquele território.

Por mera analogia com Moçambique, partilho pacificamente e dialogo abertamente sobre estes temas, ouvindo opiniões multifacetadas de camaradas, amigos e até familiares que ali se radicaram temporária ou definitivamente, quer como militares no cumprimento de missões quer como simples cidadãos.




Missão Católica de Santa Cruz do Cuando – Da esquerda para a direita:
CFR Raul Sousa Machado, 2TEN FZ RN Frederico da Luz Rebelo
e CMG Fernando da Silva Soares Branco (Segundo-Comandante Naval de Angola).


Não consigo rabiscar letras e muito menos escrever páginas, sobre temas que, nas memórias gravadas no meu espírito, escapam ao meu sentir e conhecimento. Representará sempre uma fasquia de honestidade limite que nunca estarei disposto a transpor, caindo no outro lado.




Missão Católica de Santa Cruz do Cuando – Da esquerda para a direita, o CFR Armando António Pimentel Saraiva - CEM do Comando Naval de Angola, o 2TEN FZ RN Frederico da Luz Rebelo e o CFR Raul Sousa Machado.

Contudo, considero estar em condições de afirmar que escrever ou relatar com verdade pesquisada e documentada, optando pelo rigor histórico em detrimento de algum rápido sucesso literário, é tarefa penosa com custos pessoais pesados, no tempo e meios empenhados.

Em alguns dos temas que abordo, procuro compensar a ausência de episódios e vivências havidas com conhecimento adquirido, lendo alguma coisa e pesquisando muito, tentando chegar a algum valor acrescentado nos episódios e relatos dispersos que submeto à paciência dos leitores que me acompanham.




Duas imagens do transporte da LDP 105 para o Chicove.



Angola e o rio Cuando, no sudeste, não obrigam ninguém a dissertar sobre Bosquímanos, Bantos ou qualquer outra etnia. Para mim, a memória resvalaria inevitavelmente para “Os Deuses Devem Estar Loucos”, 1980, de Jamie Uys e a história do “Xi atrás da coisa – a garrafa de Coca-Cola”.

Tive vários camaradas da Reserva Naval que foram chamados a desempenhar missões naqueles locais remotos, por muitos apelidados de “cus de judas” e quase, se não mesmo, exclusivamente da classe de Fuzileiros.

Não sei de forma exaustiva quem por lá passou, nem para isso vou ter tempo. Tão pouco vou ter sequer a pretensão de fazer disso um objectivo pendente. Há um ror de camaradas, felizmente muitos deles ainda entre nós, dos vários Ramos das Forças Armadas que ali permaneceram ainda que pontualmente.

Mais do que ninguém, têm condições privilegiadas para registar memórias de acontecimentos havidos, parte de um legado histórico que se vai perdendo nos testemunhos desaparecidos pela mão da inexorável gadanha que a todos vai tolhendo a prazo.

Não significa também que aqui não deixe relatos ou testemunhos parciais, simples retalhos, para que alguém ou outros possam encontrar algumas pistas para o conhecimento acrescentado e dinâmico que se deseja na “História”.

Referindo apenas o meu curso, o 8.º CEORN – Curso Especial de Oficiais da Reserva Naval, foram para Angola integrados na Companhia de Fuzileiros n.º 1 (1966/1968), os 2TEN FZ RN Rui Camargo de Sousa Eiró (falecido), 2TEN MN RN Frederico Aníbal Saldanha da Silveira Machado, 2TEN FN RN António Luis Marinho de Castro (falecido) e o 2TEN FZ RN Joaquim José de Carvalho.

Integrados na Companhia de Fuzileiros n.º 11 (1966/1969), foram também os 2TEN FZ RN Luis Domingos Costa Azevedo Vaquinhas, 2TEN FZ RN Frederico da Luz Rebelo (falecido) – o oficial que aparece no filme do rio Cuando - , 2TEN FZ RN Manuel José Gomes dos Santos Pereira e o 2TEN MN RN João Carlos Cabral Nunes Correia.

O primeiro comando da LDP 210 naquela zona e respectiva guarnição, depois de um transporte de antologia efectuado sob a égide da RMA – Região Militar de Angola, foi do 2TEN RN António Luis Marinho de Castro, epopeia que lhe valeu um louvor e medalha.




O 2TEN FZ RN Luis Marinho de Castro e a LDP 210.

Naturalmente que as rendições se foram sucedendo ao longo do tempo. Muitas guarnições de lanchas e oficiais de outras Companhias terão ali desempenhado missões de 1966 a 1975, naquela ou noutra unidade naval, sempre LDP, que para aquela zona tenha sido transportada.



A LDP 208 em patrulha no rio Zambeze.

De meu conhecimento documental, estiveram também no leste de Angola a LDP 208, na margem esquerda do Zambeze (Chilombo) e a LDP 105, mais conhecida como o “Expresso do Chicove”, no Rivungo.




Em cima, outra imagem do transporte da LDP 105 e, em baixo, pessoal em serviço no Chicove.



A lancha terá sido transportada por navio até Moçâmedes, seguindo depois de comboio até Serpa Pinto. Daí, numa distância de cerca de 600 Km e por picadas arenosas, seguiu em coluna militar até ao seu destino, o Rivungo, no rio Cuando (fronteira com a Zâmbia).

Apenas com contributos dinâmicos, consubstanciados em testemunhos e relatos de quem lá tenha estado ou investigadores interessados, se poderá ir dando corpo a uma história incompreensivelmente esquecida em baús de recordações ou arquivos de acesso muito limitado.




A LDP 105 (Expresso do Chicove) amarrada à LDP 210.



Abaixo se transcreve o comentário do leitor Egidio Cardoso - CCAÇ 3441 efectuado ao post anterior e lá publicado:


“Na verdade e tanto quanto sei, a Marinha no Cuando, estava representada por dois destacamentos, cada um com uma LDP (sendo uma a LDP 210), transportadas por estrada, desmontadas, em cima de viaturas: uma delas, como refere, no Chicove, a norte de Neriquinha. A outra, a que não faz referência, a sul da Neriquinha, mais exactamente no Rivungo (Destacamento de Marinha do Rivungo) local onde existia um destacamento com um pelotão da companhia de caçadores estacionada na Neriquinha.

Veja o nosso blog, especificamente o post:



E.C.”



Bem vindo na visita, tanto pelo comentário como pelo endereço do blogue que publico. Permite uma breve sortida ao passado recente da História Marinha em Angola - Rivungo mostrando que na LDP 210, nos confins do mundo, também se perdeu a vida em combate.

Depois de atenta leitura considero um dever pessoal honrar a memória de quem ali, ao serviço da Marinha de Guerra e do País, perdeu a vida em combate, identificando quem foi quem, e deixando pistas para ulteriores pesquisa do tema a quem pretenda.


“O 1GR FZ 2862/69 Celestino Mesquita de Carvalho, integrando a guarnição da LDM 210, em Angola, no dia 8 de Abril de 1972, morreu em combate quando aquela unidade naval se encontrava a patrulhar o rio Cuando e foi atacada pelo inimigo. A praça em questão foi atingida com várias rajadas de metralhadora que lhe provocaram a morte, tendo caído à água. O corpo nunca foi encontrado.”


Para que nunca sejam esquecidos!




Fontes:
Anuário da Reserva Naval 1958-1975, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Fuzileiros-Factos e Feitos na Guerra de África, 1961/1974, Angola, Luis Sanches de Baêna, Comissão Cultural de Marinha, 2006; Texto e fotos de arquivo do autor com amável cedência do 1TEN AN Ref Raul Sousa Machado; Arquivo da Marinha;


mls