30 abril 2017

Galeria Reserva Naval - Mestre Henrique Anjos


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 26 de Outubro de 2009)

Henrique Maria Ulrich Anjos, 23.º CFORN
(1952-1993)






Dele disse a jornalista Inês Dentinho: «Um aristocrata que escolheu ser pescador, um campeão de vela que quis ser bombeiro, um homem do Mar que uniu os grandes e os pequenos da baía de Cascais».

Mas foi mais. Campeão de vela, olímpico nos Jogos de Munique de 1972, nos de Los Angeles de 1984 e nos da Korea do Sul em 1988, foi também Oficial Fuzileiro da Reserva Naval, incorporado no 23.º CFORN, ingressando na Armada em 30 de Agosto de 1973. Prestou serviço em 1975, em Angola, integrado na Companhia de Fuzileiros nº5.

Nos seus tempos de menino frequentou a Escola Técnica dos Salesianos, do Estoril, e o Colégio de João de Deus, no Monte Estoril, neste último de 1963 a 1967, entre o 2.º e o 5.º ano do liceu.

A sua vida é uma história de entrega aos outros, de desapego ao material, de exemplo contagiante pelo entusiasmo que a tudo dedicava, sem sacrifício aparente, apenas pelo gosto de viver para a natureza.

A sua morte prematura antes de completar 40 anos de idade, deixou vazio um lugar único que era só dele.

Quatro anos depois desse dia fatal, o texto que Inês Dentinho escreveu na data, merece ser recordado. Nele se revê a figura de Henrique Anjos na sua dimensão maior. Com a devida vénia, aqui o recordamos em frases elucidativas:



“Era um homem do mar. Calado como a noite. Generoso como as marés. Forte como um porto de abrigo. Fez da sua vida uma história de água salgada. Na vela, nos fuzileiros e na pesca. Tinha com o Mar uma conversa íntima. De respeito e à-vontade. A mesma que o fez perder. No dia em que o respeito não vingou.

Henrique Anjos morreu na baía de Cascais onde corria os seus dias. Entre a Lota e o Clube Naval. Reunia em si os dois mundos da vila antiga. Era aristocrata e pescador. Desportista e profissional. Civilizado porque simples.

Nunca deixou de ser quem era, por passar a ser quem foi.

A “alta” achava-o excêntrico. Demorou a entender aquele viver solitário, de um dos seus entre os homens do mar. Foi também com o tempo, que os pescadores aprenderam a tê-lo como igual. Ou quase. Porque quando a crise apertava e a discussão fazia divisões, lá acorriam ao Mestre Henrique Anjos na certeza de uma solução para o enguiço.

Podiam contar com ele. Tão silencioso como popular, ele ouvia os aflitos, estudava os assuntos e tratava de achar a exacta resposta para a “tempestade”. Assim, lançou os Estatutos para a Associação de Armadores e Pescadores de Cascais, pediu regras justas para a Lota, quis de volta a Casa dos Pescadores, requereu licença de arrasto para Cascais e pensou a futura Marina a contento da pesca e do recreio.

No outro extremo da baía, com igual empenho, animava as escolas de vela. Lançou sementes que hoje dão fruto.

Em nome do Mestre, a Câmara criou o Dia do Pescador de Cascais, comemorado anualmente a 8 de Março. E colocou, no Largo da Lota, a nova placa de Henrique Maria Ulrich Anjos. Um homem que sozinho traçou o caminho. Hoje percorrido por todos.

Nascido em Lisboa a 4 de Junho de 1952, com casa na Linha, era junto dos ganhões alentejanos, durante as férias, que o rapaz se sentia melhor. Saía de madrugada para a monda nas herdades das tias de Estremoz. Almoçava na cozinha do rancho e recebia os seus tostões ao Sábado, como mais um trabalhador rural. Tomava-se a sério e ganhava gosto pela vida daquela gente. De tal maneira, que quando entrou para a primária, não queria aprender a ler – “quero ser ganhão. E os ganhões não sabem ler”.

A sábia professora arranjou-lhe então uma gazeta agrícola que Henrique devorou em letras. Ali se descreviam culturas e calendários rurais. Aplicou os conhecimentos no fim do jardim grande da casa de Santo Amaro. Plantava as suas hortas, colhendo frescos para a casa.

Mas seria o mar que o chamaria com apego. Filho e neto de velejadores consagrados, cedo se habituou a acompanhar o pai no barco, aos fins-de-semana. Lá estava também o velho arrais Augusto, com tempo e encanto para ensinar o seu pequeno marinheiro.

Velejador desde os cinco anos de idade, aos oito entra para a primeira escola de vela, em Algés. Foi campeão nacional júnior, em 1971 na classe Finn. No ano seguinte conquista o 6.º lugar nas Olimpíadas de Munique, na classe Star.






Vivia agora no Estoril e passava os dias na Baía de Cascais. “Tinha a mania da pesca. Nas pedras havia mais peixe e era para lá que ele ia desde os 14 ou 15 anos. Mexia-se dentro de um barco como se estivesse em terra” diz dele o seu amigo e também oficial fuzileiro da Reserva Naval, José Maria Bustorff Silva, do 23º CFORN.

Igual a si próprio oferecera-se, entretanto, como voluntário para os bombeiros, ganhando méritos e louvores por actos de bravura. Recebia as honras sem publicidade.

Tal era o empenho do bombeiro que no dia da admissão à faculdade preferiu responder à sirene em vez de fazer exame. Apagou esse fogo e entrou, no ano seguinte.

Vai trabalhar para a Lisnave, onde um tio, na Administração, lhe pergunta: “Queres aprender ou queres ganhar dinheiro?”. Quis aprender a ser soldador mecânico. E foi. Mas tinha 19 anos e uma vontade certeira de ligar a sua vida ao mar. Em 1973 oferece-se como voluntário para os fuzileiros navais. Vai para Angola.

De volta a Lisboa não se demora na vida militar. Passa a trabalhar em limpezas químicas das tubagens dos navios.

Apesar da violência dos empregos, Henrique Anjos nunca larga a vela. Esgota as energias do fim-de-semana no clube Naval de Cascais. Será campeão nacional, na classe Star, desde 1979 a 1984, repetindo a proeza em 1988.

Casara durante o serviço militar, mas não procura casa. Igual a si próprio, queria viver num barco. Em 1975 consegue comprar uma traineira devoluta. Mas acaba por manter os pé em terra. Vive em Sintra, contrariado pela serra que o separa da baía. Tem quatro filhos, todos eles amigos do vento e do mar.

A partir de 1978 dedica-se à pesca. Recupera o barco. Faz redes na perfeição. Tem engenho. Apura o sentido prático de quem vive da natureza. Aprende depressa. Conhece o mar como qualquer velho pescador profissional. Todos os dias saía para o mar às três da tarde e voltava na manhã seguinte, por volta das dez. Despachava o peixe na lota e passava pelo Clube Naval, por vezes ainda equipado. Na praia batia-se pelo espírito de corpo dos pescadores de Cascais. Corria o país, de Peniche a Olhão, na demanda da melhor estrutura para uma associação dos “seus” homens.

Fazia quilómetros ao fim-de-semana, à procura de estatutos ideais para o caso da sua terra. O turismo e a natureza individualista da gente do mar “proibiam” o espírito de corpo dos pescadores.
Henrique batia-se sozinho pela mudança da corrente. As injustas regras da lota, beneficiando as especulações de intermediários, assim o impunha. Queria as licenças de arrasto de vara e arrasto de portas, fixas em Cascais. Viria a garanti-las depois de morrer.

Entrava nos cursos de formação profissional só para mostrar aos outros pescadores que também deveriam estudar. E punha o seu barco, gratuitamente, à disposição para o ensino dos novos profissionais.

Tudo fazia sem alarde. Indiferente às resistências. Com uma estranha confiança no futuro que não conheceu.

Morreu com 40 anos, tentando salvar os barcos do Clube Naval, num dia de mar picado. Ninguém lhe pedira ajuda. Mas era preciso evitar o estrago pior.

Que não evitou".


A trágica morte no mar, à vista do “seu” Clube Naval, no meio das embarcações da Baía dos “seus” pescadores, depois de anos de luta pela segurança da profissão, foi castigo para quem o devia ter ajudado e com ele deveria ter lutado. Para Henrique Anjos, a glória do seu nome perpetuado, sem as honrarias que sempre rejeitou em vida, mas cuja memória, aqui e ali, vai continuar a ser lembrada.
Morreu o Homem.

Fica a Memória. Salvou-se a obra.

Fontes:
Revista n.º 18 da AORN-Associação dos Oficiais da Reserva Naval, Ano XV, Outubro 2010;

mls

29 abril 2017

«Galeria Reserva Naval» vs «In Memoriam»


(Post reformulado a partir de outro já publicado em 25 de Outubro de 2009)




A «Galeria Reserva Naval» foi temática já anteriormente iniciada a que regressaremos sempre que entendermos oportuno.

Ainda que utilizando nova formatação, englobaremos neste conceito publicações que poderiam ser inseridas quer sob o título “In Memoriam” quer sob o de “Galeria Reserva Naval” ou, simplesmente, com outra referência. São menções de critério pessoal, aleatórias, nunca definidoras de um universo Reserva Naval/Marinha de consenso geral.

Serão apenas algumas das possíveis escolhas face às dificuldades de pesquisa e compilação de memórias decorrentes de um período temporal com mais de meio século e muito esbatido no tempo.

Pretende representar simultaneamente um acto de justiça e consequente destaque de figuras que, pela sua personalidade e de forma relevante, tenham contribuído para a valorização e elevação da Reserva Naval da Marinha de Guerra Portuguesa, na preservação da sua Memória e História.

Assim foi desde a data da criação deste blogue, no ano de 2009 e até hoje, ainda que, por iniciativa própria, tenha sido suspenso pelo autor durante um largo período. Procuraremos prosseguir este projecto desta forma, sem qualquer preocupação de ordenamento cronológico ou critério de valorimetria hierárquica na publicação, quer tenham pertencido ou não à Reserva Naval e sem restrições quanto a caracterização civil, militar ou de qualquer outra ordem.

Quer tenham prematuramente concluído a rota da vida quer sejam ainda presenças de convívios, iremos lembrando personalidades que marcaram, directa ou indirectamente, a vida da Reserva Naval no seu todo ou parcialmente.

Certamente com a preocupação única de manter viva a sua lembrança, quer num simbolismo simples de retribuição da consideração e amizade que sempre nos dedicaram, quer ainda de gratidão pelas referências ou exemplos que para nós representaram.

Nesse sentido, ao simples correr da pena e em rascunhos simples, sem a pretensão de exaustivos, iremos inserindo páginas já anteriormente publicadas ou outras que, de ora avante, nos parecer deverem ser incluídas.

Afinal, abrindo caminho a outra oportunidade de tão simplesmente relembrar!


mls

26 abril 2017

DFE 2, Angola 1968/69 - Reserva Naval e «Moisés Salomão»


«Moisés Salomão» - Angola 1968/69

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 19 de Outubro de 2009)


Desde criança, não conhecia outra vida e outros mundos para além do quimbo, da lavra onde plantava e colhia a mandioca e da pesca no rio, cujo caudal sereno, prateado e calmo, na estação seca, lhe permitia andar dentro dele, com água pela cintura, deixando flutuar o cesto de canas que, ao afundá-lo, lhe mostrava, quantas vezes e com quanta generosidade, um saltitante peixe estrebuchando desesperadamente numa tentativa de fuga sem êxito.

O final anunciado, bem como o de muitos outros companheiros do mesmo mundo aquático, era, depois de abertos e retiradas as tripas, a secagem em rudimentares estruturas de paus e ramos de árvores, preparando, assim, as “despensas” da população para períodos de menos abastança.

A estação das chuvas fazia o rio perder as margens e as suas águas castanhas, barrentas espraiavam-se por quilómetros invadindo a chana, cobrindo os campos de mandioca, caminhos e picadas, isolando povoações, deixando-as resignadas e esperando serenamente que o retorno ao seu leito normal os pudesse levar de novo às tarefas agrícolas e piscatórias.

Cresceu, fez-se homem e, como todos os seus companheiros e pelos costumes do sobado, casou cedo, com a filha do soba. O quimbo ficava na região de Serpa Pinto onde se lembrava de ter ido, uma vez a pé, pela picada e de ter ficado admirado por ter visto, pela primeira vez, casas sem ser de adobe, capim e troncos de árvores.




Chilombo-1968
À esquerda: O 1.º aquartelamento do DFE2 em antigas casas de civis, abandonadas aquando do início da guerrilha em Angola; à direita: 1.º içar da Bandeira Nacional no aquartelamento do Chilombo


Brancos, já os tinha visto, pois, a tropa, de vez em quando, passava pelas suas terras e, também, “uns senhores que não eram tropa mas andavam armados como os “tropa” e faziam perguntas, entravam nas cubatas à procura de armas ou “combatentes” e, algumas vezes, davam porrada para saberem coisas…”

Uma vida sem horizontes, de pobreza e miséria, dividida entre os “tropa” brancos e os “combatentes” pretos, foi-lhe alimentando o desejo de mudar, de procurar uma nova vida. Outros, já tinham partido e já tinham voltado. Haviam contado que, para Sul, havia outras terras, outras gentes, outros trabalhos que não a mandioca e a pesca e onde se podia ganhar muito dinheiro nas minas de ouro.

Encorajado e decidido, rumou a Sul, a pé, por caminhos, picadas, mata, atravessou o sudoeste africano (Namíbia), foi perguntando onde ficavam as minas de ouro e ao fim de dois meses chegou à África do Sul onde não teve dificuldade em ser recrutado por uns senhores brancos. Por lá esteve dois longos e sofridos anos, tendo juntado os “randes” que julgava suficientes para iniciar uma nova vida.

E regressou, pelos mesmos caminhos até à fronteira com Angola. Aqui chegado, depois de atravessar o Cunene, é surpreendido por um grupo de “combatentes” do MPLA que o despojam do que havia ganho e amealhado nas minas de ouro e o conduzem a uma base de guerrilheiros para passar a integrar aquele Movimento.

Estes acontecimentos e os que lhe seguiram, iriam mudar completamente a vida que projectara! Passados meses em treinos de movimentações na mata, uso de armas de guerra e acções de guerrilha, rapidamente lhe reconheceram qualidades e aptidões para além das exigidas aos “simples” combatentes.

Os dois anos de África do Sul, nas minas de ouro, haviam-lhe aberto novos horizontes, novos conhecimentos e saberes, outras competências e uma dimensão mais alargada do mundo, da sociedade e do homem.

Os chefes não tiveram dúvidas em o mandar “estagiar” para a União Soviética, primeiro, e para a Argélia, depois. Por lá andou mais quatro anos! Aprendeu quase tudo sobre guerrilha, guerra psicológica, controlo de populações, comando e condução de homens em situação de combate na mata. Regressou a Angola “doutorado” na matéria!

As saudades da família levaram-no a visitá-la no quimbo, onde a sua ausência/desaparecimento era, de há muito, conhecida. E não só pela família e população. Os senhores que não eram “tropa” mas andavam armados como eles e que apareciam, de vez em quando, lá pelo quimbo, também já sabiam da sua longa e estranha ausência.

A sua notada chegada e curta estadia, antes de se apresentar aos chefes do MPLA, rapidamente chegou ao conhecimento da PIDE, em Serpa Pinto que, num ápice, o foi apanhar com “a boca na botija”, na companhia da mulher.

Os métodos e técnicas de interrogatório, onde a violência física era dominante, deixaram-lhe marcas visíveis para toda a vida! Conhecidas as sua actividades de ligação ao MPLA e o seu percurso desde que regressara a Angola, vindo das minas de ouro da África do Sul, foi entregue ao Comando da Zona Militar Leste que, juntamente com o Comando das Forças de Marinha de Leste (Comformarleste, Comte. Sousa Campos) logo preparou uma operação, tendo como base as informações colhidas nos inúmeros interrogatórios.

É, assim, que é recebida no Destacamento n.º 2 de Fuzileiros Especiais (DFE 2), no Chilombo, uma mensagem informando da chegada de um guia para acompanhar o Destacamento numa próxima operação. Dias depois, vindo numa coluna militar do Exército, chega ao Chilombo o esperado guia. Conduzido ao comando do Destacamento, na altura, o Imediato Dias Miguel, por ausência do Comandante Medeiros Ferreira, no Luso, logo são feitas as apresentações:

Pergunta: “Como te chamas?”.

Resposta: “Moisés Salomão”.

Era um homem baixo e robusto, feições correctas, ausência de cabelo, com sinais evidentes de cicatrizes na cabeça, fruto de espancamento que lhe destruiu parte do crânio, aparentando à volta de 35 anos. Envergava um camuflado que ajustava ao seu corpo, arregaçando as mangas e dobrando as calças em baixo, pois o tamanho seria 2 números acima do seu!

De “posse” do homem que me iria conduzir e orientar durante a operação, com ele travei diversas conversas ao longo do dia, tentando conhecer esta personagem que me iria marcar profundamente para o resto da minha vida, a tal ponto que, passados 37 anos, ainda o recordo e, por isso, aqui quero deixar este meu testemunho que não é mais do que uma sentida homenagem a um homem, um angolano, que de forma tão sentida e perene enriqueceu as minhas memórias de um período inesquecível da minha passagem pelos Fuzileiros e pela Marinha de Guerra Portuguesa.



Foto da esquerda: Da esq. para a dir. o 2TEN FZ RN Taco Calado-11.º CFORN, 2TEN FZ RN Carreiro e Silva-9.º CFORN, 2TEN MN RN Edward Limbert-11.º CFORN, Capelão da Armada Azevedo, 1TEN Medeiros Ferreira, 2TEN Dias Miguel dos QP e 2TEN FZ RN Fernando Freitas-11.º CFORN;
Foto da direita: O Grupo de Combate que realizou a operação "Campino" abaixo descrita.


A operação “Campino” integrada na “Victória II” teve início a 10 de Novembro de 1968 e tinha como objectivo montar uma emboscada junto a Cassupa (fronteira com a Zâmbia) para interceptar guerrilheiros do MPLA fugidos de uma outra operação feita pelo Exército e que teriam consigo um missionário raptado no Lumege.

A operação saldou-se por “um êxito total e resultados apreciáveis” (terminologia usual da época), tendo merecido as seguintes mensagens de felicitações:

Almirante Comandante Naval (Contra-Almirante Eugénio Ferreira de Almeida) – “COMARANGOLA felicita vivamente esse comando resultados obtidos acção Campino fazendo votos novos sucessos para prestígio vossa unidade e contribuição aniquilação do IN.”;
Comandante Sousa Campos (COMFORMARLESTE) – “Meu nome pessoal, quer como Comformarleste, desejo transmitir oficial, sargentos e praças maiores felicitações votos novos êxitos cada vez mais expressivos.”;
Comandante do DFE2 (1TEN Medeiros Ferreira) – “Particularmente grato, como comandante deste DFE, enviar valorosas felicitações êxito obtido transmitindo oficial, sargentos e praças tomaram parte acção.”




2TEN FZ RN Fernando Freitas do 11.º CFORN, comandante do Grupo de Combate,
com o Sargento Piedade, o Cabo "Puskas" e o material apreendido ao inimigo.


Para além dos acontecimentos atrás, muito resumidamente, descritos e que, naturalmente, constituem hoje parte de um património pessoal de um tempo riquíssimo que marcou e transformou a minha personalidade e o modo de estar na vida, ficou-me para sempre a recordação de um contacto humano extremamente enriquecedor com essa figura singular de seu nome Moisés Salomão.

Ainda hoje, não posso deixar de recordar as suas palavras serenas, tristes e sofridas, quando, após o fim da operação e perante os resultados obtidos (diga-se baixas causadas ao IN), se me lamentava: “ Sinhor Tinente, tudo isto não faz sentido! Andamos a matar-nos uns aos outros, quando somos todos irmãos!”.

O regresso foi festejado e todos fomos saudados pelos companheiros que nos aguardavam no Chilombo. Merecemos louvores, tiramos fotografias. Lamentavelmente, o Moisés Salomão não ficou em nenhuma!

Partiu como chegou, humilde, respeitador, muito educado.

Para nós tinha cumprido o seu dever. Será que nós o cumprimos para com ele? Não consegui evitar o deixar escapar uma lágrima de despedida. Não fiquei com uma fotografia dele e que tanto desejaria tê-la.

Deixei-lhe como homenagem e reconhecimento aquela lágrima que ele compreendeu e retribuiu.

Até sempre, meu amigo, estejas onde estiveres.


Fernando Freitas
2TEN FZE RN-11.º CFORN


Fontes:
Arquivo de Marinha; Anuário da Reserva Naval, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; texto redigido a partir de texto e imagens cedidos pelo 2TEN FZE Fernando Dias de Freitas, 11.º CFORN, Dezembro 2000;

mls

24 abril 2017

CCav 3404, Guiné, 1971/1973 - Marinha e Reserva Naval


Guiné, 1971/1973-CCav 3404, 36 anos depois do regresso

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 18 de Outubro de 2009)




Guarda de honra por pelotão e terno de clarins do RAAC de Queluz.




Um pouco por todos os municípios do país, em praças ou largos criteriosamente escolhidos, estão espalhados símbolos de um passado próximo que marcaram pelo sacrifício e sofrimento uma geração inteira de mães, mulheres e familiares, privados do convívio de filhos, pais, maridos, irmãos ou simples amigos.

São sempre carregadas de significado e emoção as cerimónias de evocação e homenagem àqueles que, numa guerra que se prolongou por uma dúzia de anos, caíram, regressaram diminuídos ou combateram ao serviço de Portugal, na Guiné, em Angola ou Moçambique.

A efeméride de um já ido Sábado, 17 de Outubro de 2009, em Cascais, levada a cabo por elementos da antiga CCav 3404, junto ao quartel da Cidadela, no antigo CIAAC já desactivado, foi mais um exemplo dessa determinação, reunindo acima de uma centena de pessoas entre elementos da referida Companhia, Familiares, Amigos ou como meros transeuntes.

A CCav 3404, comandada pelo Cap Cav Luis Fernando Andrade de Moura juntamente com as CCav 3405/3406/CCS fez parte do BCav 3854 que embarcou para a Guiné em 4 de Julho de 1971 no NM «Angra do Heroísmo», arvorado em Transporte de Tropas. Atracou em Bissau em 9 de Julho desse mês, depois de ter efectuado uma escala no Funchal para desembarcar um militar acometido de apendicite aguda.




O NM/TT «Angra do Heroísmo».

Foi capitão de bandeira do navio o CTEN Engrácio Lopes Cavalheiro personalidade da Marinha já conhecida dos cursos da Reserva Naval por ter sido, anteriormente, um dos instrutores do 8.º CEORN na Escola Naval.

Como nota complementar curiosa, no mesmo navio e também para a Guiné, seguiu a CCav 3420 comandada pelo então Capitão de Cavalaria Fernando José Salgueiro Maia.

Nos dias 10, 11 e 13 seguintes, a LDG «Alfange», comandada pelo 1TEN João Manuel Lopes Pires Neves e tendo como oficial imediato o 2TEN RN Duarte José de Melo Borges Coutinho do 16.º CFORN - Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval, transportou para o Xime, na margem esquerda no rio Geba e um pouco acima da confluência com o Corubal, pessoal e material daquele batalhão.




O rio Geba, de Bissau até ao Xime, na margem esquerda, a montante da foz do rio Corubal.

A CCav 3405, mais tarde, efectuou o percurso por Bambadinca, Bafatá e Nova Lamego, inflectindo para sudeste para Cabuca, junto ao rio Corubal e à fronteira leste, onde permaneceu durante dois anos desempenhando as diversas missões que lhe foram atribuídas.




A sudeste de Nova Lamego, a povoação de Cabuca.



No dia 12 o mesmo NM/TT «Angra do Heroísmo» regressou a Lisboa, trazendo de volta, por ter terminado a comissão, o Destacamento de Fuzileiros Especiais n.º 3, comandado pelo 1TEN José Manuel Velho da Silva Dias que desempenhou igualmente as funções de Comandante das forças embarcadas.

Eram seus oficiais os 2TEN João Joaquim Teles Ribeiro (Oficial Imediato), 2TEN FZ RN José Pedro Pimentel Mesquita e Carmo do 14.º CFORN, 2TEN FZ RN Miguel Duarte Ferreira Castro Soares do 14.º CFORN e ainda o 2TEN FZ RN Francisco Ruy Pato de Góis Oliveira do 15.º CFORN. O navio atracou ao cais da Rocha Conde de Óbidos, no dia 17.

Mais de dois anos depois, em 11 de Setembro de 1973 a LDG «Montante» comandada pelo 1TEN Pedro Manuel Couceiro de Sousa Santos e tendo como oficial imediato o 2TEN RN José António Barbot Veiga de Faria do 21.º CFORN, trouxe de volta, do Xime para Bissau, a mesma unidade, a CCav 3404.

A 4 de Outubro seguinte, aquela unidade do Exército juntamente com outras, embarcaram de regresso a Lisboa no NM/TT «Niassa» que, já tendo sido escoltado na ida pela corveta «Honório Barreto» foi-o, no regresso e até á bóia de espera do Caió, pelo navio-patrulha «Quanza», estacionado na Guiné. Integrava a guarnição desta unidade naval o 2TEN RN Vitor Correia Guimarães do 18º CFORN.




O navio TT «Niassa».

Foi capitão de bandeira o CFR Joaquim Armando Cabeçadas da Silva Reis e a viagem decorreu sem incidentes com o apoio longínquo da fragata «Comandante João Belo», estacionada em Cabo Verde, fazendo parte da sua guarnição o STEN RN Cândido José Dominguez dos Santos do 21º CFORN. O navio foi ainda sobrevoado por um avião P2V5 Neptune daquela zona aérea.

A viagem de retorno completou-se sem incidentes e, em 11 de Outubro, depois de ter ficado a pairar em S. José de Ribamar por ter encontrado intenso nevoeiro na entrada da barra do rio Tejo, o navio atracou mais tarde ao cais de Alcântara.

A reconstrução simplificada deste pequeno “puzzle” de memória histórica, ilustra bem o notável trabalho logístico levado a cabo pela Marinha dos anos '60 no transporte e apoio às unidades militares que, como aquelas, ali estiveram estacionadas.

Simultaneamente, pode fazer-se uma pálida ideia do que representará a reconstituição detalhada do gigantesco rendilhado da memória histórica dos diferentes teatros de guerra, articulando os acontecimentos havidos pelos três ramos das Forças Armadas durante uma dúzia de anos de conflito.




Os modelos expostos por Mário Cavalleri, militar da Companhia e organizador do evento.

36 anos depois, em ambiente de agradável e são convívio, reviveram-se acontecimentos passados em que também estiveram representados alguns modelos das unidades e armamento então utilizados pelos três Ramos das Forças Armadas em serviço na Guiné, sendo visíveis um modelo da LFP «Bellatrix», outro da LDM 304, e ainda um avião Dornier DO 27.


Foi uma honra ter estado presente como convidado!

Fontes:
Arquivo de Marinha; Anuário da Reserva Naval, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; texto do autor do blogue compilado a partir de documentação cedida por Mário Cavalleri, militar da CCav 3404; fotos de arquivo do autor do blogue;



Manuel Lema Santos
1TEN RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto

22 abril 2017

9.º CFORN - Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval, 1966



(Post reformulado a partir de outro já publicado em 26 de Março de 2010)

Listagem completa do 9.º CFORN.


Em 1966 a Marinha incorporou mais um curso de Oficiais da Reserva Naval, entrado na Escola Naval em 3 de Setembro desse ano.



Na ilha da Madeira, durante a viagem de instrução, em Fevereiro de 1967,
Alípio Dias, Luís Aguillar, Pinto Barbosa, Garcia Marques, Vítor Constâncio e Fernando Maia (todos da classe de Administração Naval).


Foi o 9º CFORN (de Formação), nova designação que passou a substituir a anterior de CEORN (de Especial), com base na Directiva publicada em 7 de Julho de 1966, criando também a nova classe de Técnicos Especialistas.

Comandava a Escola Naval o então Comodoro Manuel Carlos Sanches, que na cerimónia de Juramento de Bandeira em 15 de Março de 1967 afirmava que a «Armada prossegue com perseverança, o preenchimento do Quadro de Oficiais da Reserva Naval”.




O Contra-Almirante Manuel Carlos Sanches, Comandante da Escola Naval.

A viagem de instrução fez-­se ao longo de um mês, nas Fragatas «Diogo Cão» e «Corte Real», comandadas respectivamente pelos Capitães de Fragata José Baptista Pinheiro de Azevedo e Eurico Serradas Duarte, tendo por destino a Madeira, os Açores e Cabo Verde.




No Machico (Madeira), na viagem de instrução, em Fevereiro de 1967: José Garcia Marques, Luís Aguillar, Mário Bernardo, Vítor Constâncio e Fernando Maia (o terceiro da classe de Saúde Naval).

Concluído em 15 de Março de 1967, este curso incluiu 69 cadetes, assim distribuídos pelas várias classes: 26 cadetes da classe de Marinha, 1 cadete da classe de Engenheiros Construtores Navais, 4 cadetes da classe de Médicos Navais, 5 cadetes da classe de Engenheiros Maquinistas Navais, 9 cadetes da classe de Administração Naval, 16 cadetes da classe de Fuzileiros e 8 cadetes da classe de Técnicos Especialistas.

Foi seu Director de Instrução, o CTEN Carlos Manuel Salema Stattmiller de Saldanha e Albuquerque.




O CTEN Carlos Manuel Salema Stattmiller de Saldanha e Albuquerque.

De assinalar que naquela data, para além dos cadetes do 9º CFORN presentes e prontos a iniciarem a sua vida de Oficial, existiam no activo, no Ultramar, 72 oficiais da Reserva Naval (29 em navios e 43 em unidades em terra) e 31 no Continente (16 nos navios e 15 em terra).

A Marinha tinha então, em nove anos e desde a incorporação do 1.º CEORN em 1958, formado para os seus quadros um total de 411 Oficiais da Reserva Naval, encontrando-­se 220 na situação de licenciados.

No decorrer de 1967, foram aumentados ao efectivo dos Navios da Armada as fragatas «Almirante Gago Coutinho» e «Comandante João Belo» e as lanchas de fiscalização «Albufeira», «Dom Aleixo» e «Dom Jeremias».

Ainda durante aquele ano, foram abatidos ao efectivo o aviso «Afonso de Albuquerque», o destroyer «Vouga», o submersível «Neptuno», o navio oceanográfico «Salvador Correia», o caça-minas «Faial» e o navio-patrulha «Santiago».

O Prémio Reserva Naval, para o aluno melhor classificado de entre todos os elementos do curso, foi curiosamente atribuído a dois integrantes da classe de Administração Naval, com a particularidade de serem irmãos gémeos – os cadetes António e Manuel Soares Pinto Barbosa.




António Soares Pinto Barbosa e Manuel Soares Pinto Barbosa .

Tal como acontecera em anos anteriores, não tardou o início das nomeações dos aspirantes do 9.º CFORN para comissões de serviço em África e em poucos meses, foram mobilizados a maioria dos oficiais que integraram este curso.

Realce para o número de nomeados para exercerem funções em unidades navais, sendo treze os que assumiram o comando de navios nas LFP-Lanchas de Fiscalização Pequenas, oito como imediatos das LFG-Lanchas de Fiscalização Grandes ou das LDG-Lanchas de Desembarque Grandes.

Destacam­-se as mobilizações dos primeiros Engenheiros Maquinistas Navais, na História da Reserva Naval para o desempenho de missões em África bem como o facto de todos os Médicos Navais que integrarem este curso terem seguido o mesmo destino.




Uma equipa de futebol de Fuzileiros do 9º CFORN:
Em baixo: Raúl da Mata Reis, Tomé Baía de Sousa, Fernando Pinho Guimarães, José Luís Abrantes e Pedro Teixeira da Cruz.
Em cima: Tomás Taveira da Costa, Aristídes Nascimento Teixeira, António Lobo Varela, Eduardo Miguez Araújo, Fernando Costa Matos e Quintino Cerveira Varandas.


Foram designados para prestar serviço em África ou no Continente e Ilhas os seguintes oficiais:

Guiné (10 Oficiais):

2TEN RN Arnaldo Régio Lopo Antunes, LDG «Alfange;
2TEN RN José Horácio Gomes de Miranda, LFG «Sagitário»;
2TEN RN Vitor Fernando Conde Pereira, CDMGuiné;
2TEN EMQ RN Álvaro José de Morais, CDMGuiné;
2TEN RN Paulo Romualdo Gouveia e Silva, CDMGuiné;
2TEN MN RN João Manuel Barbosa da Silva Nunes; CF 3;
2TEN FZ RN António Carlos da Costa Paiva, CF 3;
2TEN FZ RN Manuel Artur Cantarino de Carvalho, CF 3;
2TEN FZ RN Quintino Cerveira Varandas, CF 3;
2TEN FZ RN Fernando José Pinho Guimarães, CF 9;

Cabo Verde (1+1 Oficial):

2TEN TE RN João Lopes Porto, Comando Naval de Cabo Verde;
2TEN FZ RN Pedro Teixeira da Cruz, PEL IND FZ n.º 1 (em 1968);

Angola (15 Oficiais):

2TEN RN Álvaro Augusto Baptista da Rocha, LDG «Ariete»;
2TEN RN Amadeu Nelson Contente Mota, LFP «Espiga»;
2TEN RN Gabriel Marcelino Barbosa de Almeida, LFG «Centauro;
2TEN RN João Carlos de Castro Fonseca, LFP «Marte;
2TEN RN António Roque Andrade Afonso, LFP »Saturno»;
2TEN RN José Manuel Rodrigues Caliço, LFP «Vénus»;
2TEN RN José Alberto Lima Félix, LFG «Pégaso»;
2TEN RN José Carlos Appleton Moreira Rato, LFP «Pollux»;
2TEN RN José Manuel Cálix Augusto, Comando Naval de Angola;
2TEN RN Manuel Eduardo Santos França e Silva, Comando Naval de Angola;
2TEN EMQ RN António Braga Dionísio, Comando Naval de Angola;
2TEN AN RN José Augusto Sacadura Garcia Marques, Comando Naval de Angola;
2TEN AN RN Luis Manuel Calado de Aguillar, Comando Naval de Angola;
2TEN RN Pedro Augusto Lynce de Faria, LFP «Altair»;
2TEN FZE RN António João Carreiro e Silva, DFE 2;

Moçambique (17 Oficiais):

2TEN RN António Carlos Ferrer Tavares Serra Campos, Comando Naval de Moçambique;
2TEN EMQ RN Silvério Abranches do Canto Moniz, Comando Naval de Moçambique;
2TEN RN Albano Manuel de Sousa Fernandes Dias, LFG «Argos»;
2TEN RN Fernando Rabaça Correia Cordeiro, LFG «Dragão»;
2TEN RN Francisco Ribeiro Nogueira Freire, LFP «Régulus»;
2TEN RN José Manuel Fernandes de Abreu, LFP «Júpiter»;
2TEN RN Júlio Henriques Ferreira Alexandre, LDG «Cimitarra»;
2TEN RN Manuel Alexandre de Sousa Pinto Agrelos, LFP »Mercúrio»;
2TEN RN Rogério Vieira de Sá, LFP «Urano»;
2TEN MN RN Fernando Jorge de Mendonça Lima, CDM de Porto Amélia;
2TEN AN RN Fernando Moreira Maia, CDM de Porto Amélia;
2TEN MN RN Joaquim Pires de Lima Tavares de Sousa, CDMP do Lago Niassa;
2TEN NA RN Luis António de Almeida Palma Féria, CDMP do Lago Niassa;
2TEN FZ RN António Martins Lobo Varela, CDMP do Lago Niassa;
2TEN MN RN Mário Orlando de Matos Bernardo, CF 4;
2TEN FZ RN Aristídes Alves do Nascimanto Teixeira, CF 4;
2TEN FZ RN José Luis Sequeira Abrantes, CF 8;

Continente, Ilhas e Outras Unidades (25 Oficiais):

2TEN RN Eduardo José da Silva Farinha, Comando Naval dos Açores;
2TEN RN Manuel Santos Mendes de Oliveira, LF «Bicuda»;
2TEN RN Mário Alberto Alves de Oliveira Salgueiro. navio-patrulha «Sal»;
2TEN RN Rui Santos do Serro, navio-patrulha «S. Tomé»;
2TEN EMQ RN Carlos Alberto Sousa Azevedo de Figueiredo, Estado-Maior da Armada;
2TEN FZ RN Raul Marcos da Mata Reis, Estado-Maior da Armada;
2TEN TE RN João Gualberto Coentro Saraiva Padrão, Estado-Maior da Armada;
2TEN EMQ RN Manuel Nogueira Souto, GR n.º 1 EA;
2TEN AN RN Alípio Barroso Pereira Dias, GR n.º 1 EA;
2TEN FZ RN Eduardo Jorge Miguez Araújo, GR n.º 1 EA;
2TEN TE RN Nuno Brás Barroca Gil, GR n.º 1 EA;
2TEN AN RN António Soares Pinto Barbosa, DSAN;
2TEN AN RN Manuel Soares Pinto Barbosa, Inspecção de Construção Naval;
2TEN AN RN Vitor Manuel Ribeiro Constâncio, DAS;
2TEN FZ RN Carlos Alberto Correia de Matos e Silva, GR n. 2 EA–EF;
2TEN FZ RN Fernando Manuel de Carvalho Costa Matos, GR n. 2 EA–EF;
2TEN FZ RN Pedro Teixeira da Cruz, GR n. 2 EA–EF;
2TEN FZ RN Tomás Taveira da Costa, GR n. 2 EA–EF;
2TEN FZ RN José da Luz Carvalho, Comando Naval do Continente;
2TEN FZ RN Tomé Baía de Sousa, BNL – CEFA;
2TEN TE RN Carlos da Conceição Duarte, DSMGTN;
2TEN TE RN José Esteves de Matos, Instituto Hidrográfico;
2TEN TE RN Manuel Aníbal Varejão Ribeiro da Silva, Instituto Hidrográfico;
2TEN TE RN Luis Baltazar Brito da Silva Correia, Centro de Alistamento e Adidos;
2TEN TE RN Manuel Carlos Lopes Porto, DSP-4ª Rep;



Agosto de 1967 – Na barragem de Cambambe em Angola, José Garcia Marques, Luis Aguillar e sua mulher, José Fernandes de Abreu e Amadeu Contente Mota.

Ao longo de 1969, foram sendo licenciados os oficiais do 9º CFORN sendo que, António da Costa Paiva, António Carreiro e Silva e António Lobo Varela ingressaram no Quadro Permanente, respectivamente na Classe de Serviço Especial - Ramo de Electrotecnia, Ramo de Fuzileiros e Ramo de Educação Física.

A Revista da Associação dos Oficiais da Reserva Naval, ao publicar este resumo do 9º CFORN, trouxe à lembrança a passagem pela Marinha de Guerra dos oficiais da Reserva Naval que integraram este curso, prestando também uma sentida homenagem a todos quantos deixaram o nosso convívio e cuja memória sentidamente recordamos.




Galeria de Fotos:





Fontes:
Arquivo de Marinha; Anuário da Reserva Naval, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Dicionário de Navios e Efemérides, Adelino Rodrigues da Costa, 2006; Texto do autor do blogue compilado e corrigido a partir do publicado na Revista n.º 13 da AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval, Dezembro 2001; Fotos de Arquivo do autor do blogue.

mls