22 fevereiro 2018

Reserva Naval na classe "Cacine"- Parte III


Os navios-patrulha classe «Cacine»-Parte III

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 27 de Junho de 2010)

«Geba», «Zaire», «Zambeze», «Limpopo» e «Save»








Navio-patrulha «Geba» - P 1145


Construído nos Estaleiros Navais do Mondego na Figueira da Foz, foi aumentado ao efectivo dos navios da Armada em 20 de Novembro de 1970. Em 15 de Dezembro largou para experiência de máquinas e calibração do radiogoniómetro ao largo de Cascais, tendo regressado à Base Naval de Lisboa, depois de ter navegado cerca de 8 horas.

Depois de efectuar o treino da guarnição, manteve-se em missões ao serviço de fiscalização da pesca, especialmente na Zona Norte com várias estadias nos portos de Viana do Castelo, Leixões e Figueira da Foz.

Nos anos seguintes de vida operacional, foram-lhe atribuídas diversas comissões de serviço SAR, quer nos Açores quer na Madeira, com escalas em diversos portos.

Manteve sempre grande actividade intercalando alguns fabricos com missões SAR e outras missões no Continente, marcadamente na fiscalização da pesca, colaboração em salvamentos e exercícios diversos.

Em Outubro de 1985 mantinha-se no efectivo dos navios da Armada.

Oficiais da Reserva Naval que ali desempenharam missões, até 1975, como oficiais da guarnição:

2TEN RN José Barrera Matos Lima, 16.º CFORN, desde 20.11.1970;
2TEN RN José de Araújo Guedes, 16.º CFORN, desde 18.11.1971;
2TEN RN Décio Mário Baganha Fernandes, 20.º CFORN, desde 14.10.1972;
2TEN RN Vicente Manuel de Castro Apolinário, 22.º CFORN, desde 02.10.1973;
2TEN TE RN António Jorge Flores Vasques, 24.º CFORN, desde 02.10.1974;
2TEN TE RN José Celso Queiroz Tavares Mascarenhas, 25.º CFORN, desde 04.11.1975;





Navio-patrulha «Zaire» - P 1146

Construído nos Estaleiros Navais do Mondego na Figueira da Foz, foi aumentado ao efectivo dos navios da Armada em 22 de Dezembro de 1971. Em 29 de Janeiro largou para experiência de máquinas e embarque de munições, tendo regressado posteriormente à Base Naval de Lisboa, depois de 11 horas de navegação.

Depois de efectuar o treino da guarnição, manteve-se em missões ao serviço de fiscalização da pesca, especialmente na Zona Norte com várias estadias nos portos de Viana do Castelo, Leixões e Figueira da Foz.

Nos anos seguintes de vida operacional, foram-lhe atribuídas diversas comissões de serviço SAR, quer nos Açores quer na Madeira, com escalas em diversos portos.

Manteve sempre grande actividade intercalando alguns fabricos com missões SAR e outras missões no Continente, marcadamente na fiscalização da pesca, colaboração em salvamentos e exercícios diversos.

Em Outubro de 1985 mantinha-se no efectivo dos navios da Armada.

Oficiais da Reserva Naval que ali desempenharam missões, até 1975, como oficiais da guarnição:

2TEN RN Eugénio Costa Ferreira Marques, 20.º CFORN, desde 14.10.1972;
2TEN RN José Manuel Proença Cameira, 20.º CFORN, desde 14.10.1972;
2TEN RN José Miguel de Azambuja Cardoso Ayres, 22.º CFORN, desde 02.10.1973;
2TEN RN Manuel Carlos de Azevedo e Melo, 24.º CFORN, desde 01.10.1974;
2TEN TE RN Artur de Jesus Barros Nobre, 24.º CFORN, desde 02.10.1974;
2TEN TE RN Joaquim Pereira de Oliveira, 25.º CFORN, desde 27.09.1975;





Navio-patrulha «Zambeze» - P 1147

Construído nos Estaleiros Navais do Mondego na Figueira da Foz, foi aumentado ao efectivo dos navios da Armada em 20 de Julho de 1972.

Depois de efectuar o treino da guarnição, no decorrer do ano de 1973, manteve-se em missões ao serviço de fiscalização da pesca, quer na Zona Norte quer na Zona Sul, com várias estadias em diversos portos do Continente e com algumas reparações efectuadas no Arsenal do Alfeite.

Em 14 de Novembro largou com destino a Cabo Verde no cumprimento de uma comissão de serviço no Ultramar, fazendo escala na Madeira. Depois de várias avarias e escalar as Canárias com destino a Bissau regressou novamente àquelas ilhas por efeito do mau tempo e de avarias.

Manteve-se em Cabo Verde, desempenhando várias missões inter-ilhas, quer de transporte quer de fiscalização e apoio logístico. Em 24 de Abril de 1974 largou de Palmeira para Bissau, tendo aportado a Caió cerca de 36 horas depois e no dia seguinte a Bissau.

Realizou na Guiné uma curta comissão desempenhando várias missões no rio Cacine entre 27 de Abril e 10 de Maio, incluindo o patrulhamento da costa e fiscalização da pesca. Regressou depois a Cabo Verde - Porto Grande onde chegou no dia 12 de Maio. Passou à situação de inoperacional e manteve-se em reparações até ao final do ano.

No início de 1975, depois do adestramento da guarnição e de vários exercícios, deixou Cabo Verde e regressou ao Continente, com escala pelas Canárias e Funchal, atracando na Base Naval de Lisboa no dia 25.

Nos anos seguintes de vida operacional, foram-lhe atribuídas diversas comissões de serviço SAR, quer nos Açores quer na Madeira, com escalas em diversos portos.

Em Outubro de 1985 mantinha-se no efectivo dos navios da Armada na situação de desarmamento e guarnição especial.

Oficiais da Reserva Naval que ali desempenharam missões, até 1975, como oficiais da guarnição:

2TEN RN Januário Armando Neves Correia, 17.º CFORN, desde 01.08.1972;
2TEN RN Joaquim José Tição Teixeira Sampaio, 20.º CFORN, desde 14.10.1972;
2TEN RN José Manuel de Lemos Gonçalves da Costa, 22.º CFORN, desde 02.10.1973;
2TEN TE RN Domingos José Nunes da Rocha, 25.º CFORN, desde 03.07.1975;
2TEN TE RN José Lúcio Amaral de Almeida, 24.º CFORN, desde 23.09.1975;





Navio-patrulha «Limpopo» - P 1160

Construído no Arsenal do Alfeite, foi aumentado ao efectivo dos navios da Armada em 9 de Abril de 1973.

Depois de efectuar o treino da guarnição, manteve-se em missões ao serviço de fiscalização da pesca, quer na Zona Norte quer na Zona Sul, com várias estadias em diversos portos do Continente e com algumas reparações efectuadas no Arsenal do Alfeite.

Nos anos seguintes de vida operacional, foram-lhe atribuídas diversas comissões de serviço SAR, quer nos Açores quer na Madeira, com escalas em diversos portos.

Em Outubro de 1985 mantinha-se no efectivo dos navios da Armada.

Oficiais da Reserva Naval que ali desempenharam missões, até 1975, como oficiais da guarnição:

2TEN RN Vasco Torres Graça dos Santos, 19.º CFORN, desde 09.04.1973;
2TEN RN Francisco Ramos da Silva Gomes, 23.º CFORN, desde 25.06.1974;





Navio-patrulha «Save» - P 1161

Construído no Arsenal do Alfeite, foi aumentado ao efectivo dos navios da Armada em 31 de Outubro de 1973.

Depois de efectuar o treino da guarnição, manteve-se em missões ao serviço de fiscalização da pesca, quer na Zona Norte quer na Zona Sul, com várias estadias em diversos portos do Continente e com algumas reparações efectuadas no Arsenal do Alfeite.

No princípio de Abril de 1976, em serviço normal de fiscalização foi abalroado por um navio não identificado a cerca de 2 milhas da Ponta de Sagres, sofrendo um importante rombo. A lamentar a morte de um elemento da guarnição e ferimentos ligeiros em mais dois. O navio-patrulha «Limpopo» que entretanto tinha acorrido ao local, juntamente com várias outras embarcações na zona, rebocou o «Save» para Portimão.

Ao longo dos anos de vida operacional, foram-lhe atribuídas diversas comissões de serviço SAR, quer nos Açores quer na Madeira, com escalas em diversos portos.

Em Outubro de 1985 mantinha-se no efectivo dos navios da Armada.

Oficiais da Reserva Naval que ali desempenharam missões, até 1975, como oficiais da guarnição:

2TEN RN Abílio Simões de Oliveira Pinheiro, 22.º CFORN, desde 31.10.1973;
2TEN RN David Caldeira Ferreira, 20.º CFORN, desde 13.12.1973;
2TEN TE RN Paulo Augusto Amaral Gomes, 24.º CFORN, desde 16.10.1974;
2TEN RN João de Almeida Moreira Queiroz, 24.º CFORN, desde 12.11.1975;


Fontes:
Texto compilado pelo autor do blogue com imagens da Revista da Armada; Anuário da Reserva Naval 1958-1975, Adelino Rodrigues da Costa e Manuel Pinto Machado, Lisboa, 1992; Setenta e Cinco Anos no Mar, Comissão Cultural da Marinha 10.º e 15.º Vols, 1999/2004; Ordem da Armada;


mls

2 comentários:

José Lúcio Amaral de Almeida disse...

Pois lá está o "meu" N.R.P. ZAMBEZE, salvo erro o P 1144 ou P 1147, comigo, Sub. Tenente do 24º CFORN, como Oficial Imediato, e o Aspirante Domingos Rocha, do 25º CFORN, que era o 3º Oficial, e foi quem, por engano, traçou um rumo na carta para Las Palmas, e mandou governar a outro rumo, muito mais para S-SW do que o que estava na carta, o que nos ia fazer passar entre a Gran Canaria e Tenerife, a caminho de Cabo Verde. Mas, em enganos, todos incorremos. O que é preciso é aprender com eles. Ass: José Lúcio Amaral de Almeida, 2º Tenente RN, na situação de disponibilidade desde Outubro de 1976. Agora, já nem na situação de disponibilidade estou...........

José Lúcio Amaral de Almeida disse...

Agradecia emendar o numero do Navio de "P 1144 ou P1147" para só "P 1147". Obrigado.