22 julho 2017

Guiné - Acção dos Fuzileiros na Guerra do Ultramar


Os Fuzileiros na Guiné

(Post reformulado a partir de outro já publicado em 20 de Fevereiro de 2010)





Em 6 de Junho de 1962 chega a Bissau o primeiro Destacamento de Fuzileiros Especiais, o DFE 2, comandado pelo 2TEN Pedro Manuel Vasconcelos Caeiro.

Numa acção, em Dezembro desse mesmo ano, aquele oficial foi o primeiro a sofrer ferimentos em combate durante a guerra do ultramar, obrigando à sua evacuação e rendição.

Até ao fim da guerra, passaram pela Guiné 24 Destacamentos de Fuzileiros Especiais aos quais devem ser acrescentados ainda três Destacamentos de Fuzileiros Africanos, os DFE 21, DFE 22 e DFE 23. Este último não chegou a ser activado.

Durante o mesmo período, integraram ainda o dispositivo militar naquele território, 11 Companhias de Fuzileiros e 3 Pelotões de Reforço.




O Destacamento de Fuzileiros Especiais n.º 2 de partida para a Guiné.

Do total de 74 fuzileiros mortos em combate, durante a guerra, 50 tombaram na Guiné. Assim se compreende bem o significado que este teatro teve e ainda tem para os fuzileiros.

Este pequeno filme, realizado na Guiné, pretende ser uma homenagem a todos os fuzileiros que combateram em África e, muito especialmente, aos que combateram naquele território.

Locução: Júlio Isidro


Fontes:
Filme editado e montado pelo autor do blogue a partir de original cedido pela Escola de Fuzileiros, originalmente filmado com a colaboração da Marinha; foto de "Fuzileiros - Guiné", factos e Feitos na Guerra de África, Luís Sanches de Baêna;


mls

1 comentário:

Carlos Alberto disse...

Meu caro Lema Santos
Acabei de ver " Os Fuzileiros na Guiné " e , como sempre que se fala na Guiné , sinto a tremenda injustiça que todos nós , que lá estivemos , continuamos a cometer em relação às guarnições das LDM's . Muitos de nós , militares e civis , lhes devemos muito quer no apoio em combate , quer no apoio logístico tanto a militares como a civis . Só que andou embarcado nas LDM ´s , e os oficiais RN foram desses , é que podem reconhecer as dificuldades , carências e sacrifícios com que aqueles homens se debatiam sem que se lhes ouvisse qualquer lamento nem mesmo quando , ao reembarcar tropa , em especial fuzileiros , lhes deixavamos " a casa " completamente cheia de lodo .Quantos membros do Exército tinham nas LDM ´s o único meio de apoio ? E , no entanto , nunca . ou quase nunca , se fala nestes homens , na sua grande maioria miudos de menos de 21 anos comandados por cabos da classe de manobra que , por vezes , pouco mais idade tinham .Desafio - te para que no teu blogue se comece a fazer justiça a estes verdadeiros heróis . Um abraço do E. Gomes